Chasing SuA

Prologue: You need to kill her

Seul, Coreia do Sul. 07:41.

- Siyeon-ah! – Gahyeon chamava impacientemente sua irmã mais velha enquanto a sacudia, buscando acordar a mesma. A mulher havia despertado com seus chamados insistentes, no entanto, se recusava em abrir os olhos. Era sábado de manhã, e Siyeon estava exausta por conta da festa de aniversário de seu amigo e colega de trabalho Junmyeon, que havia ocorrido na noite passada. Ela havia retornado de madrugada para casa e tinha planejado em passar boa parte daquele dia dormindo, mas aparentemente, o universo não estava conspirando ao seu favor.

- Tem leite na dispensa... – Siyeon declarou com sua voz arrastada de sono, enquanto se ajeitava de bruços na cama e cobria sua própria cabeça com o travesseiro, buscando despistar Gahyeon, o que não aconteceu.

- Yah! Não é isso! Handong me ligou já que você não atende o celular. Precisa ir para a agência! – A mais nova falou claramente de saco cheio com toda aquela situação. Se havia algo que as duas irmãs tinham em comum, era odiar ter que acordar cedo no fim de semana. No entanto, o trabalho de Siyeon era repleto de imprevistos, e como a mesma declarava: "Assassinos são babacas e não se importam se temos que trabalhar nos fins de semana".

- Ai que inferno... – Siyeon reclamou enquanto tinha sua voz abafada pelo travesseiro em seu rosto. – Obrigada Gah, já estou indo.

- Pelo amor de Deus, tira essa droga de celular do silencioso. Se você me fizer acordar cedo mais uma vez, eu não me responsabilizo pelos meus atos. – A mais nova falou antes de se retirar do quarto de sua irmã e fechar a porta atrás de si. Siyeon finalmente tirou o travesseiro de sua cabeça e se virou, encarando o teto branco sobre ela. Respirou fundo e esticou seus braços se espreguiçando, sentindo seus ossos e músculos finalmente começando a acordar com sua ação.

Encaminhou sua mão até a cômoda do lado de sua cama e pegou seu celular. Suspirou frustrada após observar o horário... tinha tido apenas quatro horas de sono. Encarou as diversas chamadas perdidas de Handong e algumas mensagens que a chinesa havia enviado xingando sua amiga. Deu uma leve risada lendo as mesmas e bloqueou o aparelho em seguida. Finalmente se deu por vencida e se levantou, caminhando lentamente até o banheiro ao lado de seu quarto e ligando o chuveiro. Se despiu de seu pijama que consistia em uma calça fina de moletom e uma camiseta larga surrada, e logo adentrou no box, deixando com que a água morna caísse sobre seu corpo.

Não demorou muito no banho, logo já retornando ao seu quarto e vestindo uma camisa azul escura de botões juntamente de uma calça social preta com sapatos da mesma cor. Optou por deixar seu cabelo loiro solto e penteou o mesmo, passando uma maquiagem leve em seguida.

Era por volta das nove da manhã quando Siyeon finalmente havia chegado em seu local de trabalho: a principal sede da inteligência sul-coreana em Seul. Havia demorado mais do que o normal por conta de um congestionamento inesperado enquanto vinha de ônibus, mas esperava que não estivesse tão atrasada para a reunião que estava marcada.

Com passos apressados, se dirigiu até seu departamento, ocasionalmente cumprimentando brevemente alguns conhecidos no caminho. Tomou o elevador para o andar onde era seu destino e após chegar, se deparou com Handong encostada em uma das paredes do corredor, com uma cara obviamente entediada. Siyeon acabou rindo de leve com a cena enquanto se aproximava da mulher, que logo notou sua aproximação.

- Vai rindo, imbecil. – Handong falou em um tom irritado enquanto entregava o café que Siyeon havia pedido para ela comprar, afinal não tinha tido tempo de fazer seu desjejum naquela manhã. – A próxima vez que você não atender minhas ligações, juro que vou até sua casa só pra te acordar na porrada.

- Bom dia pra você também. E em minha defesa, fui dormir quase às quatro da manhã. Não tenho culpa se você é uma vovó e foi embora antes da meia noite. – Siyeon declarou, tomando um breve gole de seu café logo em seguida. Handong apenas revirou os olhos enquanto andava lado a lado da mais velha. – Então, qual o caso?