CAPÍTULO 1 - A JORNADA DO JOVEM REI.

34 1 0
                                    

A GUERRA SANTÍSSIMA

À quatrocentos anos ocorreu a primeira guerra Santíssima, onde o senhor do Abismo, Aknoss, um deus caído e repleto de ódio foi invocado por uma seita de Magos Escarlates que o adoravam, e a partir daquele momento, Embersrealm entrou em guerra contra as trevas. Trevor, mais conhecido como o Rei dos Reis, empunhou sua Armadura Divina abençoada pelos sete deuses dos sete reinos e empunhou solares, a espada mais poderosa dos reinos, e reuniu um exército poderoso em aliança com os anões e os elfos, fazendo assim um exército poderoso contra as trevas.

Os poderes de Aknoss também avançaram, e seu exército infernal trazido do Vazio emergiu, com o propósito de tomar os sete reinos. Aknoss o senhor do vazio, planejava tomar as essências divinas dos sete deuses, e assim, ele se tornaria o Único, uma única divindade que iria moldar todo o universo resetando toda a vida e fazendo as trevas emergirem. Trevor, vendo o grande campo de sangue que Embersrealm havia se tornado, conjurou o poder dos sete deuses e o canalizou em sua espada, abrindo uma fenda que selou Aknoss e seus demônios, porém, neste feito colossal, a vida de Trevor foi sacrificada, e em seu ultimo suspiro ele pediu para que os Magos de Platina guardassem seus escritos e suas profecias em um único livro, conhecido como A Palavra das Brasas. 

Todo o povo aguardava com grande expectativa uma única profecia, que dizia: "Ouçam com atenção as palavras que vos direi agora. Os deuses entraram em repouso após a guerra santa, e será inevitável que agora, cultos das trevas surgiram em todos os lugares e o mal tirará proveito de minha ausência, mas, no tempo determinado, de minha linhagem, surgirá aquele que será digno do trono dos sete reinos, e vestirá minha armadura e empunhara minha espada. Quando as trevas emergirem mais uma vez com força total, a luz então surgirá, e a ultima batalha será travada, e todo o reino será restaurado. Até lá, suportem os grandes desafios que virão, mas não se preocupem, pois quando o tempo vier, lhes deixarei sinais..." Com essas palavras Trevor entregou seu folego de vida e foi enterrado em seu sepulcro real, junto com sua espada.

Quando as trevas surgirem, a luz se acenderá ainda mais forte, e a restauração de todas as coisas surgirá, e o as brasas irão acender mais uma vez, juntamente com os deuses, que aguardam pelo décimo terceiro, aquele que se sentará no trono dos sete reinos...

PRÓLOGO

"Aos Sete que dormem, eu clamo, aos Sete que regem os reinos eu rogo, afastem a escuridão, e preparem meu caminho...Aos sete eu suplico..." Lembro-me de minhas lágrimas caindo no piso de madeira frio nas madrugadas solitárias em meu quarto. A insegurança de um caminho perigoso e violento, onde guerras e batalhas eram inevitáveis. E naquele dia, exatamente naquele quarto rústico de uma taverna, a fadiga e o medo me alcançavam de forma voraz, devorando minha paz e bebendo minhas lágrimas. Um quarto que não era meu, pois eu não tinha nada, um Rei sem lugar, um jovem sem lar. Qualquer lugar ou quarto de uma taverna se tornava meu lar-doce-lar. Mas, nesta caminhada, antes de qualquer coisa, aprendi sobre família. 

Mesmo quando não se tem um lar, os braços de sua família o cobrem de qualquer temor. O que seria de um Rei sem entender qual o significado de família? Naquela noite, eu não sentia os deuses, eu não sentia que estava pronto para enfrentar o que viria e o peso do mundo veio sobre mim, eu via meus companheiros ao meu lado, mas pegava sempre me imaginando sozinho, e seguindo um caminho que mesmo eles, os Escolhidos não poderiam trilhar. Mas, a palavra família ainda ecoava nos meus pensamentos. Os laços que criei durante toda a minha tragédia até os vinte e três anos vividos até aqueles dias, me faziam repensar sobre questões perturbadoras, questões que não se calavam: "Quem de fato eu sou? O que devo fazer? Para onde irei?"

Era exatamente isso que eu precisava entender, antes mesmo de rogar aos deuses por suas bênçãos. Entender que, mesmo sem uma família de sangue, seus amigos e companheiros podem exercer o papel familiar tão poderoso quanto uma família de carne e sangue. E este livro que eu, Nichollas Castella, o Rei dos Reis vos escreve é sobre os tempos antigos, de minha meninice, de quando as trevas reinavam e os sete reinos não tinham um Rei. Eis aqui a descrição de como me tornei o senhor dos sete reinos. O verdadeiro despertar das trevas aconteceu, porém, a luz nasceu imediatamente.

AS CRÔNICAS DE EMBERSREALM: A JORNADA DO REIOnde histórias criam vida. Descubra agora