✙Capítulo 2

1.9K 69 1
                                    

Por Lucca:

O coroa deixou eu ir na missão.
Ainda bem.
Mas pra eu ir,minha mãe não precisa ficar sabendo.
Eu vou e volto inteiro,ela não vai ficar sabendo.

Hoje tem baile,não sei quem organizou em pleno meio de semana.
Já marquei presença.
Me divertir com as gatinhas do morro.

- Oh seu viado vai ir no baile?-pergunt a Arthur.

- Já disse que vou porra,vai perguntar toda hora é?-digo.

-Ih ala,a bixa tá irritada.-começa a dá risada.-Quer rola pra fica feliz?

- Vai da o cu oh Arthur tô indo pra casa.-digo indo em direção à minha moto estacionada perto da calçada.

-Vamo dá junto.-ele já começou com as viadagem.-Bora lá moço.

-Vai tomar no seu cu arrombado do caralho.-monto na minha moto.

-Vai lá boneca.-dá tchauzinho.

Brodrejagem da porra.
O povo do morro acha que nois troca.
Fica nas boiolagem,ele e o Pietro.

Pietro é enrolado com a Pérola.
Dois chifrudos.
Ele quer comer ela as escondidas,meu tio nem sonha com isso.

No caminho falo com alguns dos moradores.
Sou conhecido aqui,minha família toda é.
Eu e meu pai não gostamos de expor nem a minha mãe nem a insuportável da Sarah.
Elas são "indefesas".

De indefesas ali não tem nada.
Sarah é locona no tiro.Quase melhor que eu,mas só quase.
Minha mãe também sabe atirar bem.
A gente ensinou auto-defesa pras duas.Nunca se sabe quando vão precisar usar.

Sempre que elas saem do morro,tem alguém pra fazer a segurança das duas.
Mas elas não sabem,ou fingem que não sabem.
Porque se não era um fuzuê geral,ia ser a terceira guerra mundial.

Sarah não gosta de ser tachada "filha do dono do morro".Ela queria trabalhar no tráfico também.
Mas meu pai é contra,o que a deixa revoltada.

A indagação dela é sempre a mesma:"Por que o Lucca pode e eu não?".
Preferimos não responder.

Assim que chego em casa,escuto o som super alto.
Sarah tá em casa,fazendo a festa dela.

Quando abro a porta,vejo ela se requebrando, não sei o que.

-Me desculpa pai.Me desculpa mãe.Hoje eu vou sarrar pro chefe da cintura ignorante..-cantarola enquanto dança.

-Vai sarrar pra quem Sarah?-me encosto no batente da porta.

-Quer me matar sua desgraça?!-isso aí adora me xingar.-Vai tomar no cu oh Lucca.

-Olha as música que anda cantando aí em.-aviso.-Não gostei nada do que eu ouvi.

-Eu perguntei se você gostou ou não seu adotado do caralho.-tá braba hoje.-Some daqui seu insuportável.

-Tava rebolando não sei oque aí.-debocho.-Nem bunda tem.

Eu dou uma gargalhada alta.
Ela não gosta e me lança um olhar mais que mortal.
Se pudesse me matar,teria feito isso agora.

-Teus amigo não acham o mesmo que você.-ela debocha e manda uma rebolada.-Acham o contrário de você irmão.

-Quem foi o pau no cu que mexeu com você?-estou puto da vida agora.

-Tá bravinho mano?-a desgraçada começa a dançar de novo.-Pergunta pros teus amigos,eles vão te responder bunito.

-Se liga.

-Tô ligada mano.

Jogo as minhas chaves em cima do sofá e tiro a minha camisa,jogando em cima do meu ombro.

Não vi minha mãe ainda.

Vou procurar alguma coisa pra comer nessa casa.
Tô numa larica da porra.

Abro a geladeira e pego um Danone,agitando e depois bebendo.

-Seu imundo!-A voz enjoada de Sarah é ouvida.-Chega da rua com essas mãos podres,e pega as coisas pra comer assim.

-Quem tá comendo é quem?-pergunto dando um gole.-Se for pra morrer,vai ser eu não você.

-Podre!-faz cara de nojinho.

-Se não matar engorda.-me refiro aos micróbios.-Vai sair mais tarde.

-Credo.Não sei como você é meu irmão.-faz uma careta.

-Fez careta aí foi?-pergunto,ela não entende.-Não mudou nada da sua cara habitual.

-Mãe em qual lixeira você achou essa criança?-grita pra minha mãe,que até agora não apareceu.-Não acha que já tá na hora de devolver não?

-Devolver o que menina?-minha mãe brota do nada.-Tá louca?

-Devolver essa criatura desprezível pra lixeira onde a senhora encontrou.-aponta pra mim.-Ele é insuportável.

-É o que temos pra hoje.-cantarolo,dando risada da cara dela.-Vai ter que me engolir amada!

Dou um beijinho em cima do meu ombro.

-Deus...-olha pra cima.-Não tinha outro irmão disponível não?Tinha que ser logo essa coisa?

-Não se esqueça que eu vim primeiro.-le lembro.-Eu que deveria está falando isso agora,não você sua coisa feia.

-Parou os dois?-minha mãe interfere na nossa pequena discussão.-Estão parecendo duas crianças!Eu em...

-Ele que começou.-joga a culpa em cima de mim.

-Eu?-coloco a mão no peito.-Tem certeza querida.

-Me erra Lucca!-grita e sai da cozinha.

-Vocês são igual cão e gato.Deus tende misericórdia viu?-reclama minha mãe.-Ainda não sei como eu aguento vocês dois dentro dessa casa.Uma perturbação o dia inteiro?Quem aguenta?

-Somos uns anjinhos mãe.-faço cara de angel.

Eu e Sarah andamos brigando pela casa,mas é só implicância mesmo.
Nos damos bem,quando não estamos discutindo.

Não existe também irmãos que não brigam,é impossível existir.

Mas eu amo a minha irmã.
E ninguém é louco de tocar um dedo nela,que isso não passe pela cabeça de ninguém.
Se passar,já pode se considerar morto/morta.

Sarah é barraqueira.
Ninguém pode olhar torto pra ela,que já pergunta o que perdeu na cara dela.

E ninguém nem fale nada da minha mãe na frente dela.

Já deixou uma menina quase morta no meio da rua por causa disso.
Chamou ela de filha da puta.
Aí já sabe o barraco pronto.

Não vou mentir,também não gosto não.
Não venha falar da minha mãe na minha frente não.E mesmo que seja pelas minhas costas,não fala pra eu saber.

Porque se não...já sabe que vai pra vala.
E eu não tenho pena de matar ninguém,não mesmo.

Herdeiro Do Tráfico.(Degustação_ Concluído Na Dreame)Onde histórias criam vida. Descubra agora