Terceiro dia de verão na pacata cidade de Guilville, Chloe se preparava para se reunir com seus amigos Elliot e Alex, os três costumavam se encontrar para jogar RPG, e agora que as férias de verão haviam começado, eles poderia terminar a campanha que a tempos estavam desenvolvendo. Alex havia passado a noite na casa de Chloe para irem juntas para a casa do Elliot, pois bem, na manhã de sexta-feira às duas se encontraram com Elliot que as ofereceu um café da manhã bem servido antes de começarem a jogar:
- Que omelete gostoso! - Disse Alex, saboreando o omelete.
- Obrigado! Eu estava praticando minhas habilidades culinárias haha. - Respondeu Elliot, com um sorriso.
- Chole, você ficou apenas no café, não vai comer nada? - Perguntou Elliot.
- Não, obrigada, eu e a Alex comemos na minha casa, não sabia que faria café aqui. - Respondeu Chloe, com um sorriso tímido.
- Então parece que a Alex é uma faminta mesmo haha. - Comentou Elliot, rindo.
- Ei! - Disse Alex, que também ria com a piada.
Os três após conversarem e rirem enquanto tomavam café, finalmente foram para a mesa onde jogavam, Elliot e Chole escolheram seus personagens para jogar, Alex seria quem comandaria o jogo, ela seria a mestre. Eles passaram algumas horas jogando até que chagaram em um dos chefões.
- Esse foi um inimigo que eu mais desenvolvi, Avrorah é seu nome. - Disse Alex. - Vi algo sobre ele em um fórum sobrenatural e resolvi colocar na campanha.
- Eu ataco com bola de fogo. - Disse Elliot, que tinha um personagem mago.
- Jogue o dado! - Disse Alex, entusiasmada.
- Tirei 8.
- Você tenta um ataque com bola de fogo, porém Avrorah tem resistência ao elemento do fogo, você não causa mais que alguns machucados leves em sua pele, Avrorah grita fazendo vocês dois darem um passo para trás.
- Eu uso um feitiço para reduzir a resistência dele. - Disse Chloe.
- Jogue o dado.
- Tirei 6. - Respondeu Chloe, desapontada.
- Você consegue utilizar o feitiço, no entanto Avrorah tem uma camada de magia refletora sobreposta em sua pele, fazendo com que o feitiço volte para você.
- Mas que chefe forte você criou, né? - Comenta Elliot.
- Vocês que estão tendo azar com o dado haha. - Responde Alex, rindo levemente.
- Avrorah agora ataca vocês dois utilizando sua espada de cristal. - Diz Alex.
- Agora estamos ferrados. - Diz Elliot.
- Isso é o dado que vai nos dizer. - Responde Chloe. - Alex, faça a honras.
- Muito bem. - Diz Alex, enquanto joga o dado.
- 19!! - Os três exclamam, não acreditando.
- Avrorah gira sua espada tão rapidamente deixando um rastro para trás, ele avança para cima de vocês dois desferindo um golpe mortal causando um ataque crítico, os dois morrem. - Narra, Alex.
- Vou pesquisar mais sobre esse Avrorah e descobrir alguma fraqueza. - Diz Chloe. - Elliot, você me ajuda?
- Claro! Vamos achar uma forma de derrotá-lo. - Responde Elliot.
- Já que vocês vão aos estudos, eu os acompanho. - Disse Alex, animada.
Os três estão foram a uma biblioteca local, um prédio antigo e alto, eles sabiam que lá havia uma sessão de livros sobrenaturais, e talvez pudessem encontrar mais sobre a história de Avrorah. Ao entrarem na biblioteca perceberam algo estranho, ela estava vazia, apenas uma mulher na recepção se encontrava, apesar do estranhamento eles seguiram procurando por algum livro que tivesse algo sobre a tal criatura, e após a tarde inteira pesquisando, eis que quando já estava a ponto de desistir, Chloe encontra um livro antigo na última prateleira da biblioteca, tal que era conhecida como "o vácuo" pelos alunos que frequentavam, já que quase ninguém ia até lá para pegar livros, com a capa já caindo aos pedaços, empoeirado, o livro que Chloe encontrara estava entitulado "Os desejos de Avrorah", rapidamente ela correu para contar aos amigos e os três rapidamente se sentam numa mesa para lerem juntos.
- Vamos Chloe, diz pra gente, o que diz no livro?
Enquanto passava as páginas do livro, lendo o mais rápido que conseguia, Chole identificou uma parte onde estavam escritas palavras estranhas no livro, palavras essas que ela pensou serem de alguma mitologia antiga, era algo que não conseguia decifrar.
- Que cara é essa Chile? - Pergunta Alex. - O que você achou?
- Palavras estranhas... - Reponde Chloe. - Não consigo traduzi-lás.
- Bem, o que está esperando? Leia para nós. - Diz Elliot.
Chloe deu um suspiro profundo, com um pouco de receio, estava com algum pressentimento sobre aquilo, mas ignorou seu "sexto sentido", e assim disse ela, lendo as palavras do livro:
- Arkh o vahl no mul kahr...
Ao ler a frase escrita no livro, Chloe sentiu um calafrio passar pelo seu corpo, ela olhou ao redor e viu todos a sua volta paralisados, desesperada, a princípio pensou ser alguma pegadinha, mas deixou sua dúvida de lado ao ver que nem ao menos a recepcionista da biblioteca tampouco se movia. Chloe estava fazendo de tudo para encontrar algo que não estivesse paralisado, tentou usar o bebedouro, observou pelas janelas com a esperança de ver os pássaros que como de praxe sempre ficavam em uma árvore específica no jardim da biblioteca, mas não obteve sucesso, nem os pássaros apresentavam movimentos, e quando suas alternativas já estavam se esgotando, a visão dela estava se esvaindo, tudo estava ficando escuro, ou era o que ela pensava, naquele momento Chloe teve certeza de algo, de alguma forma, sem fazer a mínima ideia de como, ao ler aquelas palavras estranhas no livro ela acabou por parar o tempo, tão certa disso estava graças a "escuridão que a alcançava", na verdade era ausência de luz, com o tempo parado nem mesmo a luz chegava aos seus olhos. Chloe então se sentou e começou a chorar, ela não sabia mais o que poderia fazer para resolver aquela situação, no entanto, pouco tempo após a escuridão total alcançar seus olhos, Chloe ouve uma voz a sua frente.
- Sinceramente, depois de tantos anos, esperava que uma raça mais evoluída que os humanos me chamassem.
- Quem está aí? - Pergunta Chloe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dezenove Formas de Salvar o Mundo
AdventureQuando a jovem Chloe lê um antigo livro desconhecido a responsabilidade de salvar o mundo cai sobre ela, jamais poderia imaginar que os sentimentos seriam um obstáculo, mas só o percebe quando ameaçada por algo bem maior.