VictorVer aquela cambada de marmanjo tocando nela me causou um nojo fora do comum , quase pude sentir o gosto do vômito , precisei me controlar pra não esfolar o pau de cada um daqueles filhos da puta. Só não o fiz por que Diana já estava vivendo uma experiência traumática o suficiente, pude ver seu olhar de desespero com mistura de alívio ao me ver, nada parecido com os olhos desafiadores de costume.
Quando finalmente consegui colocar ela no elevador , depois de muita relutância , a morena parou de resistir e ficou quieta. Parecia ainda meio aérea e não falava nada, meu andar nunca me pareceu tão longe em meio aquele silêncio.
- Preciso fazer uma ligação. - Ela falou quase num sussurro.
- Pra quem? - Virou a cabeça me olhando como se dissesse que não é da minha conta.
- Uma amiga , Victor. - Lá estava a Diana audaciosa voltando à ativa com seu jeito.
- Sabe que não vou tentar te estuprar também , não é? Até por que não precisaria. - Ela revira os olhos.
- Só preciso avisa-la de que não morri.
- Beleza, morena. Chegamos. - Falei abrindo a porta depois de passarmos pelo corredor até chegar ao meu AP.
- Pode me emprestar seu celular? Eu realmente preciso ligar.
- Fique à vontade. - Entreguei o aparelho. - Vou ver se consigo alguma roupa pra você tomar um banho e se trocar enquanto o médico chega. - Ela pegou o celular e só assentiu enquanto discava rapidamente os números.A deixei na sala enquanto subia às escadas até o meu quarto em busca de algo que ela pudesse usar , nunca trouxe mulher aqui portanto obviamente não tem nada que uma mulher possa usar formalmente. Porém não tinha muito o que pensar, então peguei uma camisa preta que provavelmente ficaria como um vestido nela e uma cueca, vai ter que servir por enquanto. Quando desci me deparei com uma Diana pensativa em pé na sacada encolhida abraçando o próprio corpo olhando os pontos de luzes da cidade movimentada.
- Você está bem? - Se assustou um pouco quando toquei seu ombro. - Calma morena, não vou te machucar.
- Eu sei, só ainda tô meio assustada com o que aconteceu. Eu posso tomar um banho?
- Vamos lá , te levo até o banheiro. -Tenho que admitir que não conseguia parar de olhar pros peitos dela, porra são muito gostosos. Queria ter trago ela pra minha casa em uma situação mais interessante e aproveitar esse corpo gostoso, mas se controla Victor.
Entramos no meu quarto e ela não desviou o rosto para os lados , apenas me seguiu até a porta do banheiro e ficou me encarando enquanto eu apontava a porta.
- Que foi? Quer que eu entre com você ? - Perguntei com um sorriso ladino.
- Não , só te olhando e me perguntando se você mata pessoas com muita frequência. - Ela jogou as palavras ainda me encarando , agora estreitando os olhos.
Me encurvei para ficar na altura dos seus olhos.
- Não tente saber de coisas que não te convém gata, pode se arrepender.
- Tá me ameaçando? - Esse olhar desafiador, ela brinca com a porra do fogo direitinho, o que me fez sorrir.
- Só tô te avisando. Agora vai lá tomar seu banho antes que eu mesmo vá dar banho em você.Ela apenas continuou me encarando em silêncio, mas logo entrou no banheiro.
Diana me intriga demais , eu fico puto por não conseguir ler suas expressões. Já vi , conheci e comi todo tipo de mulher , mas essa diaba tá além de tudo que já experimentei. Ela simplesmente me enlouquece, me provoca e não tem medo das consequências.
- Por que mesmo que eu trouxe essa maldita pra minha casa? Desde quando eu salvo mocinhas indefesas? - Pensei alto ao me tocar que tô sendo muito bom moço. Mas logo vi qual era a porra do motivo quando ela saiu do banheiro vestida na minha camisa que batia um pouco acima do meio de suas coxas e seus longos cabelos molhados caídos sobre os ombros.
- Ai caralho. - Pensei alto de novo e ela me olhou confusa.
- O que ? - Quis entender
- Nada , tá gostosa pra caralho na minha camisa. - Sorri cafajeste e vi que ela gostou, mas claro que se deixaria levar por isso só revirou os olhos e deu de ombros.
- O que pretende agora? Tem algum quarto de hóspedes nesse apartamento enorme?
- Pra que ? O meu quarto não te agrada madame?
- Vou ter que dormir com você ?
- Só se você quiser , morena. Podemos fazer outras coisas além de dormir.
- Você não terá tanta sorte, chefinho. - Estica seus lábios carnudos num pequeno sorriso instigante.
- Veremos. - Bati na cama pra que ela se acomodasse.
- Você não chamou mesmo um médico, chamou? - Perguntou se sentando ao meu lado.
- Óbvio que sim, Diana.
- Pode cancelar , por favor ? Eu só preciso dormir.
- Se prefere assim. - Falei já pegando o celular pra cancelar com o médico da facção. Ela não precisava mesmo passar pelas mãos de mais um homem tocando-a e sinceramente nem eu queria ver isso de novo.
- Obrigada.
- Quer comer alguma coisa? Se estava na academia deve está com fome. - Ela sorri.
- Faz sentido.
- Antes de eu sair correndo pra salvar a donzela indefesa meu irmão estava pedindo algo pra comer. Vamos ver se sobrou alguma coisa.
- Não sabia que tinha irmão.
- Ele viaja muito.
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OBSTINADO
ChickLitA história de duas pessoas determinadas a tudo para alcançar seus objetivos. São totalmente opostos e ao mesmo tempo iguais. São quente e frio na mesma proporção. São dois corpos que se atraem e corações marcados por suas lutas. Victor Dutra: Um...