sete + andrea murray

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Eu posso corrigir todas aquelas mentiras mas baby, eu corro. Estou correndo para você. (Stereo Love – Edward Maya feat. Vika Jigulina)

Calum começa a despertar por volta das dez da manhã, enquanto eu me encontro sentada na poltrona que fica no canto de meu quarto, ainda pensando em tudo que aconteceu. Penso nos comentários de minha foto e no que Cecília disse mais cedo, e penso, principalmente, no que fez Calum omitir qualquer coisa que tenha acontecido antes.

Será...?

Não, ele não teria coragem. Ele me ama e nunca me magoaria.

Mas, querendo ou não, ele tentou mentir para mim sobre sua saída.

"Bom dia, babe." ouço sua voz rouca e quase sorrio ao ver o quão lindo ele é quando acorda. "O que faz acordada tão cedo? Vem cá, eu quero um beijo."

Respiro fundo e vou em sua direção. Não posso me deixar abalar sem ter provas, vou falar quando for a hora certa.

"Bom dia, dorminhoco. Pensei que não fosse mais acordar." brinco após encostar nossos lábios e ele sorri, acariciando minha bochecha. "Estava quase ligando para a emergência."

"Alguém me deixou acordado a noite inteira, sabe..." desce a mão para o meu pescoço, deixando seu olhar ali também, onde, provavelmente, tinha marcas. "Uma mulher muito gata me seduziu." voltou os olhos para os meus, ainda com um sorriso matador nós lábios. "Mas, por ser muito linda, eu a deixaria me seduzir quando quisesse."

Abro um sorriso e encosto meus lábios nos seus, e sou pega de surpresa quando Calum me deita na cama e segura minhas pernas na altura de seu quadril, me prendendo.

"Hey!" rio, sendo acompanhada por ele. "Golpe baixo." resmungo enquanto sinto seus lábios em meu pescoço e entrelaço meus dedos em seu cabelo.

"Baixo?" ele murmura em meu ouvido, descendo seus lábios até o meio dos meus seios, me fazendo suspirar. "Aqui está bom ou eu deveria descer mais?"

"Cal..." digo entre suspiros quando sinto seus lábios em meu seio.

Infelizmente o momento não dura, graças a seu celular que começa a tocar incessantemente. "Acho que você não precisa de um celular nesse momento, o que acha de jogar fora?" pergunto quando ele sai de cima de mim e Calum ri, indo atrás do aparelho.

"E como eu conversaria com você quando fosse embora?" Calum retruca, me fazendo revirar os olhos, e atende seu celular. "Ei Luke, me dê cinco motivos para não te bloquear agora."

Dou risada e me levanto, indo em direção a porta. Chego na cozinha e começo a preparar o café, sentindo a ansiedade se alastrar ao me lembrar do que preciso conversar com Calum.

Deus, por que isso tem que ser tão difícil?

Meu coração se acalma quando escuto o barulho do chuveiro, mas acelera ainda mais quando o silêncio volta. É agora ou nunca, Andrea.

"Amor, você fez o café?" ouço sua voz ao se aproximar da cozinha e sinto a ponta dos meus dedos frias. "Assim vou acabar me acostumando mal."

Sorrio fraco e levo a xícara até meus lábios. "Tenho que agradar, certo?"

Calum me olha atentamente. Sei que ele percebeu que estou estranha por me conhecer mais do que ninguém.

"O que aconteceu?" ele vai direto ao ponto e eu tento ganhar tempo enquanto tomo todo o líquido da xícara. "Você está querendo ganhar tempo, Andy. Apenas diga, estou ficando nervoso."

Respiro fundo e coloco a xícara no balcão, sentindo um frio na barriga. "Cal," brinco com meus dedos, ainda sem olhá-lo. "preciso que seja sincero comigo."

"Sempre, Andy." ele coloca sua mão por cima da minha e eu crio coragem para encará-lo, vendo seus lábios se curvarem em um sorriso. "Pode perguntar o que quiser."

"O que aconteceu na boate, Calum?" observo sua reação e percebo seu sorriso vacilar por um momento, o que faz meu coração parar por segundos. "Não minta."

"Andy..."

"Ai meu Deus." tiro minhas mãos das suas e as uso para tapar minha boca. "Calum..." sinto meus olhos marejarem e Calum se levanta imediatamente, negando com a cabeça.

"Não, Andy, não é nada do que está pensando!" ele justifica, me fazendo arregalar os olhos. "Não! Não, não!" nega rapidamente. "Ouça, eu estava na boate com os meninos – no minibar, para ser mais exato, quando essa mulher chegou e tentou dar em cima de mim. Ashton estava lá, ele viu tudo!" me olha atentamente, esperando uma reação. "Ela ficou me tocando, mesmo que eu tenha negado várias vezes, e até tentou me puxar para um beijo, não respeitando minha opinião. Ashton resolveu que era hora de me ajudar e se colocou no meio, chamando os guardas na hora."

Penso por um momento, ponderando sua versão da história. "Cal..."

"Por favor Andy, você tem que acreditar em mim. Sei que menti quando você perguntou, mas eu precisava te contar pessoalmente. Fiquei o vôo inteiro pensando em como poderia te falar isso e amarelei assim que te vi, me perdoe por isso." ele respira fundo e abaixa os olhos, voltando para mim em seguida. "Por favor, acredite em mim. Por favor." murmura.

Eu me afasto e respiro fundo, assentindo em seguida. "Eu acredito em você, Calum." digo por fim. "Acredito."

"Acredita?" pergunta ainda sem reação.

"Sim." assinto e desvio o olhar. "Preciso de um banho agora." minto e saio antes que possa ouvir sua voz.

Eu acredito em Calum e sei disso com todo meu coração. Só preciso de um tempo para mim.

Apenas isso.

Ele não teria motivos para mentir sobre isso. E ele nunca mentiu antes.

lover of mine • calum hood Onde histórias criam vida. Descubra agora