Chapter One

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Make a little conversation
(Conversando um pouco)
So long I've been waiting
(Durante muito tempo estive esperando)
To let go of myself and feel alive
(Para me libertar e me sentir vivo)
So many nights I thought it over
(Por muitas noites eu pensei sobre isso)
Told myself I kind of liked her
(Disse a mim mesmo que eu até que gostava dela)
But there was something missing in her eyes
(Mas havia algo faltando em seus olhos)

3.17 AM. Los Angeles, Califórnia

Harry adoraria dizer que estava bêbado ou que a noite havia sido incrível e ele havia se divertido. Quem dera estivesse mesmo alcoolizado. Álcool liberaria alguma substância prazerosa em seu corpo, de forma que tudo fosse menos doloroso do que tem sido. Fazia meses que Harry não sabia o que era uma genuína diversão. 2015 estava sendo um ano difícil. Harry estava com medo de que tivesse perdido a sua essência, em meio a tantas mentiras programadas. Todo este ano conturbado estava fazendo com que ele revesse todas as suas atitudes e se auto analisasse. Ele ainda possuía caráter? Ainda se reconhecia ao se olhar no espelho? Parecia ele, mas não era ele. Faltava algo em seu olhar. Talvez esperança.

Sextas feiras eram os dias oficiais para promover tanto o álbum de sua banda, One Direction, quanto seu relacionamento público com Kendall Jenner, uma das modelos mais famosas da atualidade. Famosa e problemática, ele deveria admitir. Era exaustivo de todas as formas, pois além de fingir que Harry era o cantor principal de uma boyband com mais três homens absurdamente talentosos, também era necessário atuar dentro de um personagem que estava apaixonado por uma mulher que ele não conseguia olhar de uma maneira que nao fosse fraternal. Harry sentia que estava praticando um dos maiores pecados. Não o leve a mal, Kendall era uma mulher linda. Educada, jovem, possuía corpo escultural, qualquer homem ou mulher desejaria te-la. Seu sorriso era encantador, possuía inteligência e, principalmente, lealdade. Era o que Harry precisava nesse momento. Sim, ela era uma mulher deslumbrante, mas, para Harry, não passava de uma boa amiga que aceitou fazer parte de todo esse circo e se tornar uma palhaça, tanto quanto ele. Styles seria eternamente grato. Se não fosse Kendall, seria qualquer outra modelo superficial, insensível e sensacionalista. Talvez Camile Rowe ou alguma das irmãs Hadid. Seria mais torturante do que já tem sido. Já havia ultrapassado seu limite.

- Vamos? Você já ficou aqui tempo o suficiente para querer matar todos nós. Nem está conseguindo sorrir e você está sempre sorrindo. - Kendall lançou um olhar tranquilizador e compreensivo enquanto entrelaçava os dedos na mão de Harry e sorria para os paparazzis que os deixavam quase cegos com os flashs enquanto tiravam fotos do casal mais querido da indústria atualmente.

Eles haviam deixado a balada mais cedo para transarem loucamente no quarto do hotel onde publicamente estavam hospedados. Pelo menos, isto era o que seria dito nas matérias do dia seguinte. Após quase seis meses de "namoro", ela segurava sua mão sempre que sentia que Harry chegava ao seu limite devido à toda aquela exposição pública e desnecessária.

- Você acha que está tudo bem? Demos a eles conteúdo o suficiente para que o TMZ e o The Sun possam nos fazer uma matéria sensacionalista? - Perguntou com desdém, mas inseguro de ir embora e Jeffrey o ligar perguntando porque Harry não cumpriu com o combinado.

- Harry, você ainda pergunta isso? - Kendall o olhou quase surpresa como se a pergunta dele houvesse sido absurdamente surreal. Provavelmente as matérias diriam que eles tiveram uma séria discussão em frente à balada. É o que sempre dizem. Eles têm prazer em inventar histórias.

3 horas antes.

Jeffrey Azoff, gestor de relações públicas do Harry não pensava duas vezes quando a questão era expor Harry e Kendall para gerar boas matérias. Embora tivesse um talento natural para publicidade e propaganda, isso nao compensava no quesito sensibilidade e empatia. Jeffrey não se importava se todo o espetáculo que Harry precisava fazer incomodava o garoto. Enquanto gerasse lucro e dinheiro, Jeff estava tranquilo.

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