Capítulo 3
Dava pra ver na cara de Sehun como ele estava bravo, eu nem me atrevia a dizer uma palavra, então apenas me afundei no banco e fiquei olhando pela janela. Não queria ficar nas coisas que haviam acontecido, sei exatamente o que Sehun vai me dizer quando chegarmos em casa, que o que fiz hoje foi burrice. Bom, eu não acho. Sei muito bem que não deveria, nunca quis ter esses poderes, mas tenho e não posso apenas ignorar as visões. Nem se eu quisesse conseguiria ignorar, isso é bem maior do que eu posso aguentar.
Decidi descansar um pouco antes de chegar em casa, então fechei meus olhos na esperança de pelo menos cochilar, mas um barulho não me deixou fazer isso. AQUELE barulho. Um que eu conhecia muito bem e odiava muito. Quando abri meus olhos não me sentia mais dentro carro e sim deitada no chão. Senti um arrepio percorrer por todo meu corpo,e sentei onde estava e vi o que menos queria ver. Havia corpos por toda parte, mas o que me assustou não foram eles e sim o lugar onde estava, sabia exatamente onde era.
Eu fiquei de pé, mas não consiga me mover. Aqueles eram os homens do meu pai e eu estava parada no escritório dele, eu desejava sair dali o mais rápido, mas a visão parecia ainda não ter acabado. Quando olhei para a porta vi meu pai passar com uma arma na mão e tentei correr até ele, mas antes de chegar a porta escutei um tiro e tudo começou a ficar preto.
-- Pai!
Eu gritei, mas quando abri os olhos estava no carro novamente e Sehun me olhava assustado por conta do meu grito.
-- Você precisa ir mais de pressa. Agora!
O encarei séria e ele nem questionou, apenas pisou fundo e fomos o mais rápido possível pra casa.
Quando chegamos, ainda parecia tudo normal. Eu desci do carro sem nem fechar a porta e corri até o escritório do meu pai. Abri a porta com tanta força e rapidez que o fiz pular na cadeira.
-- Sam, o que está fazendo?
Ele me olhou confuso e levemente irritado pelo jeito que entrei em seu escritório. Eu não disse nada, só corri até ele e o abracei bem forte, o que o deixou mais confuso ainda. Meu pai olhou para Sehun querendo obter alguma resposta do que estava acontecendo.
-- Não olhe pra mim, sei tanto quanto você.
Depois de um tempo, olhei para meu pai com os olhos cheios de lágrimas e disse a primeira coisa que estava em minha mente.
-- Eles estão vindo, pai. Vão nos atacar.
Meu pai franziu as sobrancelhas, me encarando confuso.
-- Como assim, querida? Eles quem? Quando você viu isso?
Eu não respondi de imediato, tentei me lembrar de detalhes da visão e olhei para o relógio, me assustando com o que vi.
-- Agora!
Antes que meu pai pudesse dizer alguma coisa, ouvimos um barulho muito alto e a casa toda tremeu, logo em seguida quando um dos seguranças abriu a porta uma explosão fez com que todos na sala fossem jogos no chão. Meu pai e eu fomos parar atrás da mesa dele, eu bati a cabeça no chão e fiquei meio desorientada só conseguia ouvir meu pai gritando com seus homens e depois falando alguma coisa pra mim, que eu não consegui entender, antes de apagar completamente.
Não sei sei quanto tempo fiquei apagada, quando acordei demorou um tempo até recuperar todos os meus sentidos, ainda estava muito confusa. Ouvia tiros e sentia cheiro que algo queimando, tentei me levantar tendo um pouco de dificuldade. Quando olhei para lado, vi a imagem que temia ver, os homens do meu pai, provavelmente mortos, havia coisas queimando na sala e ainda tinha os tiros. Meu pai e Sehun não estavam na sala mais. Quando fiquei de pé, vi meu pai passar na frente da porta e logo lembrei do tiro que ouvi na minha visão e corri até a porta, mas o tiro já tinha sido dado quando cheguei nela. Eu congelei um pouco antes de passar pela porta, com medo do que poderia ver, mas me obriguei a sair.
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Aprisionada - BTS
Misterio / SuspensoSentir que a sua vida não é sua, que algo está faltando, quem nunca se sentiu assim? Passei a minha vida sem saber, exatamente, quem sou, ou o que sou, mas tudo mudaria, completamente, nesse colégio. Que surpresas mais, essa história me daria?