Capítulo 9

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Mesmo longe dos meus possíveis assassinos, eu podia sentir suas auras sombrias e poderosas, talvez por estarem todos juntos em um único lugar. Raiva e ódio. Todos misturados, mas uma aura se sobressaia as demais. Essa era mais poderosa; sombria e triste, ao mesmo tempo em que era frágil, mas determinada. Eu já a havia sentido na escola e mesmo longe, seu poder não diminuiu.

Procurei me concentrar nas auras e procurar a de Elen, só assim poderia me garantir de que ela está viva. Tive que me concentrar muito para acha-la, as auras negras encobriam a já fraca luz da magia dela.

Ao avistar a minha casa me perguntei como a mãe de Lisanna sabia o meu endereço. Um item a mais na minha lista de coisas que eu não sei.

O carro mal havia parado e eu já estava do lado de fora, indo até a porta que estava destrancada, sinal de que minha mãe estava em casa como pensei estar.

Entrei em busca da minha mãe e a encontrei na sala para o meu alívio, não contive o impulso de abraça-la e já segura em seus braços não consegui segurar as lágrimas de emoção que pelo meu rosto desciam.

- Mãe!

- Bia! Graças a Deus você está bem! - ela diz me abraçando ainda mais apertado.

Eu não queria sair de seus braços calorosos, mas o fiz assim que Lisa e Mirajane adentraram o cômodo.

- O momento que eu mais temia chegou. - disse minha mãe que antes de ir pega uma caixa que eu nunca vira antes.

- Infelizmente a hora chegou Anna. Iremos até minha casa, lá teremos tempo de explicar a ela.- fala Mirajane indo até a porta sendo seguida por Lisa.

- O que ela quis dizer com " Infelizmente a hora chegou Anna" ? Vocês se conhecem? - pergunto a minha mãe, já impacente e com raiva de tanto mistério.

- Explico depois, agora temos que ir. - Diz ela já na porta.

Claro que ela disse isso. É o que todos vem me dizendo, enquanto eu fico que nem uma trouxa sem saber de nada. É melhor terem uma boa explicação para isso.

Já no carro fico repensando todos esses acontecimentos, pensando em como minha vida era e como será a partir de hoje. Normal é tudo o que ela não vai ser. Será que o meu pai já sabia de tudo isso? Não tenho como responder a essa pergunta agora.

Percebo que estamos de frente para a tão comentada mansão dos Yana, porque casa com certeza aquilo não é. Entramos com presa, mais ainda consigo observar um pouco a antiga estrutura da mansão construída na saída da cidade.

- Sejam muito bem vindas a minha humilde residência. - Mirajane fala enquanto eu procuro a humildade que ela falava.

- Mira!
- Mãe foco!
- Tá, tá, tá. Vamos à sala de feitiços, tem uma forte proteção. Me sigam.

Seguimos Mirajane até uma parede, inicialmente fiquei
confusa, foi quando ela parou em frente a parede cor vinho e passou os dedos em cima de uma linha em formando uma porta, linha que começou a brilhar com palavras que eu não sabia o significado de acordo com que passava por cima e falava em outra língua, que eu suponho ser latim.

Minha mãe não me pareceu surpresa quando uma porta de madeira maciça aparece no lugar a qual a parede estava. Ela com certeza já viu coisas assim, que provavelmente nunca saberei.

Ao passar da porta, observei que o cômodo era roxo, nem grande nem pequeno, com prateleiras brancas, uma bancada de mármore com vários tipos de frascos de vidro com cores diferenciadas, no centro uma mesa de vidro escuro e um sofá de dois lugares cinza em ambos os lados.

- Sentem - se e fiquem à vontade. - Mirajane diz educadamente.

Eu e Lisanna nos sentamos no sofá de dois lugares cinza, muito confortável por sinal, eu de frente para a minha mãe e Lisa de frente para Mira. O clima nada alegre não ajudou em nada e como não tínhamos tempo para ficar enrolando, fui direto ao assunto.

- Pode começar a explicar. - falo séria, tentando manter a calma.

- Não somos desse mundo. - minha mãe fala rapidamente.

 Bia e o Mundo MágicoOnde histórias criam vida. Descubra agora