A Garota Do All Star Rosa

A volta

Depois que eu havia contado as novidades a minha tia. Ela ficou mais empolgada do que eu, me deu algumas instruções.

__Tia Esmeralda, não se preocupe aqui só tem profissional - falo puxando o ar com o nariz e empinando o mesmo.

Ela abafa uma gargalhada de porquinho mais logo se recupera e fala

__Ta bom. Vamos comemorar com um jantar hoje a noite - sugere e é claro que eu aceito.

__Então eu te encontro a noite - dou lhe um beijo estrelado na bochecha e saiu da casa com um pedaço de bolo na boca.

(...)

Fiz o meu caminho pra casa a pé mesmo pois não queria gastar mais dinheiro com táxi. O caminho foi cansativo e tive uma bela surpresa quando cheguei em casa. Adivinha quem era? meus supostos pais. A casa estava aberta e tinha algumas pessoas andando por dentro dela, parecia até uma festa. Eu mal tinha saído de casa e já havia uma enorme placa de visitação para venda. Como assim a Venda?

__Ei, o que esta acontecendo?

__Ora, é uma venda de casa, minha cara - a moça fala o que um tanto óbvio.

Desgraça, essa era a palavra para aquele momento, uma gigantesca desgraça. Subo as escadas da entrada da casa passo pela porta que está escancarada empurro as pessoas que estão passando pela minha frente tranquilamente, procuro pelos responsáveis daquele alvoroço. Os acho no segundo andar guiando um casal que aparentemente gostou da casa. Empurro o casal e paro na frente deles

__Vocês se lembram de mim - pergunto seria colocando as mãos na cintura - Eu sou a filha de vocês que evidentemente foi esquecida por um mês.

O casal que estava resmungando atrás de mim sentem o clima pesado e sai de fininho.
Meus pais que ficaram constrangidos me puxa para um cômodo menos movimento da casa e tranca a porta

__Mocinha mal criada cadê a educação que te demos - minha mãe diz.

__Como se vocês ainda lembrassem pelo menos o meu nome - falo debochada - Quem dirá a educação que vocês me deram. Ops essa parte não existe.

__Como se atreve - ela estava pronta para me dar um tapa mais sua mão passa bem longe do meu rosto, visto que eu tinha desviado do seu ataque de cobra - Sua, sua. Querido - ela reclama com meu pai.

__Vocês não podem vender a casa eu ainda moro nela - falo ainda aborrecida - Eu não irei me mudar com vocês.

__Ja sabemos. Por isso, irá morar com sua tia Esmeralda - meu pai fala um tanto feliz- Já arrumamos suas coisa. Pode ir agora mesmo - ele abre a porta.

__Até parece - saio do cômodo batendo o pé.

Vou em direção ao meu quarto expulso todos com um empurrão forte, bato a porta na cara de todos os enxeridos que estavam na porta olhando, passo a chave. Algumas caixas estavam empilhadas em um canto e o resto das minhas coisas estavam no mesmo lugar.

__ Vai sobrando que vocês venderam minhas coisas - falo alto - Vai sonhando - a raiva começa a tomar conta de mim e eu começo a bate na parede com meu taco de beisebol.

Xingo a parede de diversas coisas sem ela ter culpa de nada. Quando a vontade de dar umas porradas em alguém passa eu pego meu telefone e ligo para minha tia que atende em poucos segundos.

__Oi, querida. Merda, tire a mão daí eu não terminei de fazer a comida - minha tia briga com o ser que esta arruinando as obras comestíveis dela, sorrio com isso - Desculpe, querida. O que estava dizendo mesmo?

__Não disse - eu falo - Será que vocês podem vir me buscar? Os dois, preciso que alguém leve minha moto. Venham de carro, por favor- falo meio rápido.

__O que aconteceu ? - titia pergunta preocupada .

__Vocês irão descobrir quando chegarem aqui, beijos tia.

__Estamos indo - ela desliga na minha cara, provavelmente muito preocupada.

Pego minha mala em cima da prateleira do closet, abro ela no chão e começo a enfiar as roupas que ainda estão penduradas. Coloco todas as roupas que cabem na mala, enfio o resto em umas caixas. Entro no banheiro e pego meus objetos de beleza e coloco em uma necessaire grande, taco ela em cima da cama e coloca mais algumas coisa que acho pelo quarto, já quase sem nada a vista puxo a mala para perto das caixas. Os móveis vão ficar por enquanto. Eu mesmo irei vendê-los depois. Tiro a televisão também do suporte e coloco em cima da cama - Até parece que irei deixar meu bebê - Meu telescópio já está remontado, ele é grande então deixarei ele no closet trancado. Saio do quarto e tranco a porta escuto alguém falar comigo e eu nem dou confiança. Vou em direção a garagem e pego a chave da moto, abro a porta da garagem e puxo a moto para o lado de fora. Destranco o carro que eu também não deixarei aqui por muito tempo. Vejo o que em dentro, pego a chave dele e tranco o carro novamente. A chave coloco em meu bolso. Vou para frente de casa e avisto o carro que eu queria ver, aceno e indico a garagem para eles pararem. Minha tia sai correndo do carro e me abraça, sinto seu cheiro acolhedor.

__A venda , é sério mesmo - meu tio fala desacreditado - Não acredito.

__Eles praticamente me expulsaram - cruzo os braços voltando a ficar irrita de de novo - Ficarei com o carro, nem que eu tenha que vender não deixarei pra eles.

__Pegue suas coisas, meu bem - titia diz suavemente.

__So tem algumas caixas e uma mala - falo começando a entrar na casa pela garagem.

Enquanto carrego minhas coisas com tio, minha tia discute com os meus pais no meio das pessoas que comprariam a casa, sorrio de orelha a orelha com o constrangimento dos meus pais. Por último pego os meus skates coloco no meu carro, as coisas não couberam no carro do meu tio então terei que levar o outro carro agora. Sorri ainda mais com essa noticia. Ouço minha tia dizer antes de vim em nossa direção.

__Vocês não são dignos de terem uma filha como ela, não voltem a procurá-la - tia fala irritada - Ela é minha menina.

Fico feliz que tenho eles comigo. Dou um tchauzinho para eles que estão vendo o seu carro que agora é meu ir embora. Subo na moto e vou seguindo os dois carros a minha frente, dou uma buzinada do lado do carro da minha tia, aviso a ela que iria voltar mais tarde e sigo meu caminho até o meu lugar favorito a placa da cidade que fica no morro, que se parece com Hollywood, quem me dera se fosse.