V de vinganca

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Dica do dia: Nunca optem pela vingança meninas ela envenena a alma, se lhe jogarem pedras devolvam com flores.

Você percebe que chega no auge da sua vida quando se encontra deitada atrás da porta espionando o apartamento da frente por uma pequena brecha, usando um binóculo do ben 10. Estou nessa mesma posição a duas horas e a única informação que consegui foi que sou um fracasso na arte da espionagem e não sei nem quem é meu vizinho. Mas isso não é um problema para mim, posso ficar aqui o dia inteiro, sou uma desempregada sem nada pra fazer da vida mesmo.

— Ata que eu vou ficar deitada aqui o dia todo.

Me levantei e abri aquela maldita porta saindo no corredor. Vou resolver esse problema como a mulher honrada e corajosa que sou, é só bater na porta e pedir a cueca, nada de roubos, nada de delegacia, só paz e alegria.

— Quando tudo isso acabar espero que Karin pegue esse homem e vá para o inferno que o parta com ele.

Bati na madeira com força umas três vezes para garantir. Espero que esse homem seja um desocupado igual eu e esteja em casa. Cruzei os braços batendo o pé pela demora, e só agora percebi que estava descalça. Dane-se o pé é meu e eu uso do jeito que eu quiser.

Quando a porta abriu olhei para o homem a minha frente e me senti naquelas cenas de filmes quando a mocinha descobre que o vilão da história era seu parente mais próximo.

Eu arregalei os olhos e ele franziu o cenho, eu fiquei branca e ele cruzou os braços, eu abri a boca tentando gritar e ele me olhou com raiva, eu dei tapas na minha cara e ele continuou me olhando até soltar um:

— Você?

— Não. — dei meia volta e me joguei em meu apartamento trancando a porta.

Empurrei o sofá contra ela e coloquei uma cadeira em cima por precaução. Meu coração queria sair pela boca e eu comecei a correr em circulos tentando me acalmar.

— Só pode ser brincadeira, é a lei do retorno batendo na minha cara.

Eu só posso ser rertadada de não perceber que meu antigo chefe morava no apartamento da frente. Sasuke Uchiha um ser desprezível e mal amado, eu fui sua assistente na empresa de sua família por dois anos e só ganhei esporro na cara, nem um bom dia o canalha me dava. Sempre me tratou com descaso e se achava superior aos outros, me demitiu só porque engoliu meus cilios postiços no meio de uma reunião e o meu café nem estava ruim, me esforcei para deixa-lo o mais doce possível.

Aquele canalha me disse coisas terríveis, e eu não pude fazer nada para me defender. Mas agora ele não é nada meu, e já que somos vizinhos vou fazer questão de atarzanar a vida dele. Aquele maldito me paga por tudo que me fez passar, espero que Karin faça uma ótima macumba com a cueca nojenta daquele homem feio.

Tirei minha tralha da frente da porta e sai de casa voltando a bater na porta do vagabundo.

— O que você quer? — apareceu todo irritadinho com sua pose de garanhão.

Só porque tinha um corpo atlético todo em cima e um rostinho de um puta Deus grego o cara se achava bonito, e ainda por cima era todo rabiscado de tatuagens feias. Eu particulamente o achava horrorozo, aqueles olhos escuros de sedutor barato era brega, mas infelizmente tinha mulher que fazia fila pra abrir as pernas pro abençoado.

— O que tá fazendo morando no meu prédio? — perguntei botando moral, eu morava nessa Bagaça e era meu sim.

O Uchiha me olhou dos pés a cabeça analisando-me como sempre fazia e deu um sorrizinho de canto nojento para o meu pijama.

— Me mudei a pouco tempo, meu pai acha que preciso aprender a viver sozinho. Pijama legal, roubou de uma criança?

O playboyzinho foi expulso de casa então? Aposto que está passando fome.

A culpa é da cuecaOnde histórias criam vida. Descubra agora