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Suguru Geto

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Suguru Geto. Era esse seu nome, unica coisa que realmente poderia dizer que era somente e exclusivamente seu.

Geto não gostava do sentimento de posse. Quando as pessoas partilhavam de tal sentimento, se tornavam egoístas. Geto não suportava o egoismo. Não quando seu pai, um homem viril, de boa pinta, rico e influente havia empunhado uma arma e atirado, varias e varias vezes em sua mãe, por puro egoismo.

O homem que nutria tal sentimento, que jogava aos céus o quanto amava a mulher com quem havia se casado, a mulher de sua vida e claro, ninguém poderia duvidar, pois o fio os ligava. O fio do amor verdadeiro, da alma gêmea, do amor pra vida. Geto sabia e conhecia aquilo, ele podia ver o longo e frágil fio vermelho que os ligava, o fio do amor. O fio que os prendia um ao outro, o fio que alimentava a mente doentia do seu pai, o incentivando a tratá-la como uma conquista, algo que seria apenas e exclusivamente dele, que viveria para servi-lo. E quando a simples menção de que não, a mulher poderia viver uma vida a par do universo que ele havia criado na mente, o homem não se importou com a merda do fio, assassinando-a, a sangue frio, sua outra metade, na frente do pequeno garoto de 7 anos, fruto daquele amor verdadeiro e doentio.

A partir de então, Suguro abominou a idea do fio vermelho, abominou que para onde olhasse, veria pessoas sendo ligadas por aquele fio do destino. O fio que poderia dizer quem morreria de amor ou pelo amor.

E durante sua infância, tudo se intensificou, justamente o ódio pelo fio...e pelas pessoas.

Suguro era excluído, ou melhor, se excluía da sociedade. Após a morte de sua mãe, passou a viver com sua tia Mei. Mei era solteira, tinha o fio vermelho ligado ao de sua vizinha, essa que era casada com um militar. A vizinha achava que o homem era sua alma gêmea e sua tia achava que estava longe de encontrar a sua.

Nem todos os humanos poderiam ver os fios do destino. Suguro era uma das excessões e isso lhe dava nos nervos. Odiava excessões. Pouco menos de 15% da população dispunha de tal habilidade e ele havia sido presenteado com a infeliz.

Se culpava constantemente pois havia sido ele a dar a notícia para seus pais. "Veja mamãe, o fio vermelho igual a maçã está no dedinho do papai também."  A memória era viva em sua cabecinha infantil. Seus pais não sabiam de fato se estavam destinados, mas sempre existira a certeza no fundo de seus corações, quando Suguro, aos quatro anos desenvolveu a habilidade, tiveram a notícia. Fora uma festa, tanto pelo fio estar interligado, quanto ao fato de ter uma criança abençoada com a visão dos deuses.

Seu pai, escondido de sua mãe, levava a criança para a praça, onde oferecia o dom do garoto a quem paga-se. Suguro Geto acabou com diversos relacionamentos apenas dizendo sim ou não e financiou todo o estoque de soju que seu pai armazenava e se embebedava.

Mas voltando a sua tia Mei, ela não sabia que sua vizinha era sua alma gêmea e tão pouco esperava que fosse. Geto sabia, obviamente, mas nunca passou por sua cabeça de 8 anos lhe contar, não queria que a mesma passasse pelo mesmo sofrimento que sua mãe.

Mei estava bem sozinha.

Suguru enfrentava o terceiro ano do ensino fundamental, ali poderia respirar aliviado pois seu ódio pela raça humana era bem compreendido. Um lugar onde crianças eram cruéis, machucavam e zombavam de outras crianças, onde professores eram seletivos na hora de escolher suas punições, onde o dinheiro e a influência falava mais alto que os princípios básicos e éticos de convivência.

Humanos, sejam em miniaturas como as crianças que Suguru dividia o ambiente escolar aos grandes, como os adultos que se sentiam no direito de lhe corrigir e ensinar.

Suguru estava cansado, cansado do mundo e de todos que nele habita. Sua única felicidade era Xie, sua gatinha preta, essa desprovida de qualquer maldade mundana, ronronava em seu colo sempre que lhe ofertava carinho. E apesar dos pesares, Suguru gostava de sua tia Mei.

Se pudesse viver recluso em sua casa com Mei e Xie, Suguru poderia aguentar o peso que era viver. Os finais de semana e as férias eram como seu retiro espiritual, não que a criança soubesse o que era isso, mas era a única coisa que poderia se classificar.

Almoçava com sua tia Mei, ajudava-a nas tarefas de casa e quando a mesma ia para o hospital no qual trabalhava, Suguru se enfiava no quarto, desenha e pintava, hora ou outra fazia carinho em Xie.

Era assim que queria passar seu inferno na terra, porém sabia que isso não seria para sempre. Mei iria envelhecer e não poderia mais trabalhar para sustenta-los, Xie era um gato e gato não costumavam viver muitos anos certo? Suguru precisaria sair pelo mundo a fora, trabalhar e viver em sociedade, talvez arruma-se um emprego na lojinha de conveniência do senhor Tomoe e trouxesse o miserável salário para pagar as contas da casa que dividiria com Mei pelo resto que lhe sobraria de vida e quando ela partisse, Suguru estaria sozinho no mundo.

Era isso que pensava enquanto esperava Xie fazer suas necessidades no jardim, acompanhando com o olhar seus novos vizinhos, pelo carro do ano, Suguru poderia dizer que dinheiro não era um problema para eles. A mulher sorria iluminado para o que talvez seria seu marido, oh sim...alma gêmea, Suguru conseguia ver o fio os ligando...o homem carregava algumas caixas empilhadas, pareciam pesadas. E foi com um respirar sufocado que Suguru sentiu um puxão em seu dedo mindinho, seus olhos seguiram pela extensão do fio vermelho sangue, que se esticava e se fundia a uma outra mão, uma mão pequena e branquela, acoplada em um corpo um tanto pequeno também, os cabelos platinados fugiam pela touca preta e os olhos azuis gelados fora a única coisa que Geto viu antes de fechar a porta de sua casa com espanto.

Seu destino estava interligado a aquela criança e Suguru só conseguia chorar.

CONTINUA

olá, tudo bem?
venho por meio dessa história dizer que eu sofro de amores por dois personagens 2D que não vão ficar juntos na realidade mas que não me impossibilita de negar tudo que aconteceu e fazer uma história onde ambos sejam agraciados com um destino bom 🥲🌹

essa fanfic surgiu de um esboço antigo porém que sempre me deixa arrepiada quando penso sobre, acho que DESTINO é a definição de Geto Suguru e Gojo Satoru

ps: a fanart não é minha, peguei a imagem no pinterest, logo todos os créditos a autora mztm_juju porém é temporária pois estou trabalhando em minha própria fanart gojoxgeto

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⏰ Última atualização: May 10, 2021 ⏰

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