✖ Capitulo 7

332 23 2
                                    

Oiçam o que está ao lado, obviamente até acabarem de ler o capitulo.


A viagem tinha sido muito longa e eu estava cansada. 

- É melhor irmos para um hotel e amanhã vamos lá a casa...- murmurei. 

A minha mãe olhou para mim e depois para Calum que estava igualmente cansado. Ela acabou por concordar depois do Calum se queixar mais uma vez que estava cheio de sono. 

Sempre fora assim, a minha mãe nunca respeitava a minha opinião nem as minhas decisões. Desde a morte do meu pai que tudo tinha ficado pior. Antes ela nem discutia muito comigo, era o normal, entre mãe e filha. Aquelas discuções de ''vai arrumar o teu quarto, nunca fazes nada.'', mas agora não, agora ela nunca acreditava em mim e nem respeito ela tinha. 

                                                                      * * * 

Era um novo dia. Tinha acordado bastante cedo por causa do fuso horário. Sentei-me num pequeno sofá que estava ao pé da janela do quarto de hotel onde tinhamos ficado. Fiquei ali a ver a paisagem enquanto esperava que a minha mãe e o Calum se despachassem para irmos para casa. Estava a abraçar os meus joelhos enquanto a minha cabeça descançava em cima destes. Os meus pensamentos não andavam a divagar, eu estava calma, como se tivesse uma paz depois de uma guerra que não sabia se tinha perdido. Apenas o meu olhar divagava pela cidade. Olhava para as ruas, para os prédios, para as pessoas que eram tão pequenas visto de cima...

- Ally...- o Calum chamou-me, tocando de leve no meu ombro.- Já estamos prontos.

Não respondi, apenas me levantei, peguei na minha mochila e sai com eles. Apanhámos um táxi até a casa do meu pai. Assim que chegamos a minha mãe apressou-se a sair logo do táxi e a começar a tirar as malas. Eu deixei-me ficar no banco de trás a olhar a casa. Calum permaneceu a meu lado. 

- Está tudo bem? - questionou-me. Encolhi os ombros. A casa permanecia igual desde a última vez que a vi. Finalmente, sai do carro e peguei nas minhas coisas que eram poucas, comparadas com a da minha mãe. Ela abriu a porta e entramos.

Eu olhei a volta. Cada detalhe permanecia igual, o lugar dos móveis, aquele cheiro caracteristico que me fazia lembrar o meu pai, tudo estava igual. Subi as escadas e meti a minha mochila encostada a uma das paredes. Havia um longo corredor, com os respetivos quartos e ao fundo, o escritório dele. Encaminhei-me até lá. Abri delicadamente a porta e reparei na desarrumação. Estava tudo virado de pernas para o ar. Papéis espalhados, pastas, entre outras coisas. 

Fui para o meu quarto. Este continuava igual. Na minha mesa de cabeceira, havia um papel. Dirigi-me até lá e li: '' O pai ama-te, sê feliz e não chores pela minha morte''. Foi dificil perceber o que tinha escrito porque aquilo parecia ser escrito com sangue, parecia rastos dos dedos. Estava sem reação, não sabia se era alguma caneta ou se tinha sido ele. Porque é que ninguém me avisou disto? No entanto, isto parece uma nota de suicidio. 

Sai do meu quarto depressa e desci as escadas com o objetivo de encontrar Calum. Chamei-o até que ele veio ter comigo. Apenas abraçei-o fortemente enquanto as minhas lágrimas começavam a cair. 

- Ally, o que se passa? O que aconteceu? 

- Calum, eu quero sair daqui, por favor! - tentei dizer. 

- Calma, anda...

- Onde é que pensam que vão? - perguntou a minha mãe. Nenhum de nós respondeu. Saimos daquela casa e fomos andar até encontrarmos um sitio sossegado. Encontramos um jardim pequeno, onde nos sentamos um banco. 

- O que é que aconteceu? 

Expliquei-lhe o que tinha acontecido e ele estava tão assustado como eu. 

- Mas, e em relação a razão de estarmos aqui, as cartas, elas estavam no teu quarto? - ele perguntou-me.

- Acho que não, não sei...devem estar no escritório dele.- respondi olhando para os meus pés.

- Vais procurar?

- Não sei...Eu tenho medo do que possa encontrar nessas cartas! Secalhar daqui a alguns dias, eu ainda não estou preparada, ainda por cima com o que vi hoje...

- Se quiseres eu depois ajudo-te a encontrar! - ofereceu-se Calum. 

- Pode ser! - dei um pequeno sorriso. 

                                                                    * * * 

Passaram-se uns dias. Eu ainda não tinha ido ao escritório procurar as cartas. Desde aquele dia, eu tenho tido pesadelos constantes, acordo sobressaltada e a gritar, acordando também Calum. Estas noites têm sido horriveis. 

- Precisas de te distrair...- afirmou Cal.

Encolhi os ombros, enquanto olhava pela janela. 

- Conheci umas pessoas, à dias atrás...- ele continuou.

- Hum...

- Eles são divertidos, tens de os conhecer...

- Não estou com muita disposição, desculpa! 

- Anda lá! - pediu.- Conheci 2 rapazes e umas raparigas, mas acho que o grupo sao os rapazes e mais um rapariga, quem sabe se não fazes uma amizade forte com essa miuda? 

- Não consigo fazer mais nenhuma amizade forte com nenhuma rapariga, a Sarah é a minha melhor amiga...

- Mas ela já não está aqui...

- Mas eu não consigo Calum, não tenho a culpa! - disse irritada. 

- Anda, vamos passear! - puxou-me. Fomos caminhando até chegarmos a um parque de merendas.- Este parque normalmente está sempre sem ninguém, ou quase ninguém...- informou.

- Mas estão ali pessoas...- murmurei confusa, olhando para uma mesa de madeira onde estavam algumas pessoas.

- Eu sei, eles estão praticamente sempre aqui! 

- Cal, eu não quero conversar nem fazer novas amizades hoje! 

- Olá malta! - exclamou Calum, cumprimentando todos. Não eram muitas pessoas, era 3 rapazes, na verdade e 1 rapariga. Todos responderam e de seguida olharam para mim. 

- Esta é a minha prima, a Ally! - o meu primo apresentou-me aos outros.- Ally, esta é a Kimberly, mas podes tratá-la como Kim...

Olhei para a rapariga que tinha olhos claros, mais propriamente verdes azulados e cabelo castanhos claro.

- Este é o Michael, mas podes chamar de Mike ou Mikey...- olhei para o rapaz com roxo. - Este é o Ashton, mas podes trata-lo de Ash...

O rapaz sorriu-me bastante ao contrário dos outros. Reparei que todos tinham olhos claros tal como os cabelos e por momentos senti-me muito diferente. 

- Por fim, este é o Luke, podes tratá-lo como...hum...Luke! -riu-se. O rapaz loiro fez ar de aborrecido mas depois riu-se. 

- Não sabia que tinhas uma prima tão gira...- falou a Kim. 

- Claro, isto é genético, ela é gira como eu! - gabou-se. 

- Tudo a ver...-murmurei. Sentamos-nos ao pé deles. Eu fiquei a assistir a conversa. 

- Tu não és muito para conversas, pois não? - perguntou-me o rapaz que penso que seja Ashton. 

Limtei-me a encolher os ombros e a dar um sorriso pequeno. 

#continua

o que acharam?? comentem e votem :)) <3 ly all 

✖ Unknown Girl ✖ ; ai [AU]Onde histórias criam vida. Descubra agora