Capítulo 8 - Cumplicidade

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Olá...
E aqui chegamos ao fim da história, que foi só um conto de uma personagem coadjuvante que muitos se apaixonaram.
E para quem ainda não está nos seguindo em Nick, o meu novo livro com AGClark2  "Um agente para a CEO" deixo aqui o convite

Carol

Setembro de 2005

Pedro e eu nos casamos um ano depois, eu tinha dezenove anos, ele, trinta e quatro.

De alguma forma, minha mãe já sabia que existia 'algo' do lado dele. Ela jamais foi contra, talvez por ele ser um homem, correto, responsável, e não um garoto inconsequente, como chamava Guto. Ela o culpava por ter me engravidado, como se eu também não fosse responsável pelos meus atos.

Sempre foi natural para Ciça o chamar ao Pedro de pai, embora ele ainda acreditasse que ela precisava saber quem era seu pai biológico.

Essa foi a única briga entre mim e minha mãe em que ele tomou partido e se fez ser ouvido. Depois disso, decidimos que o melhor para a nossa família seria voltarmos ao Brasil e deixamos minha mãe na Espanha. Isso abalou muito meu relacionamento com ela, mas Guto tinha o direito de saber.

E contar a ele que era pai da Cecília não foi fácil, mas Pedro esteve comigo, me apoiando, todo o tempo. Ele era o meu porto seguro.

No fundo, aquele encontro que tivemos na chuva, foi, inconscientemente, o momento em que nos apaixonamos um pelo outro. Não sabíamos direito o motivo da nossa inquietude, não queríamos acreditar, mas as vezes, temos só que ter paciência para o momento certo, e ele surgiu entre nós dois.

A nossa verdadeira lua de mel foi quando deixamos a Ciça sob os cuidados de Guto pela primeira vez, ela tinha cinco anos e não entendia muita coisa, só que ele era um tio tão bacana quanto seu 'papai'.

Pedro tinha passado a semana inteira trabalhando no Rio de Janeiro, estava hospedado na avenida Atlântica, com vista para o mar e eu peguei a ponte aérea para encontrá-lo lá, tínhamos combinado com Guto que eu passaria o final de semana fora e essa seria uma grande oportunidade para ele criar vínculos com a Cecília. Para qualquer emergência, meu pai poderia dar apoio a ele.

E foi maravilhoso.

Após o jantar, em um pequenino restaurante intimista no Leme, voltamos caminhando de mãos dados pelo calçadão até chegarmos ao hotel, em Copacabana. Quando chegamos no quarto, nossa cama estava decorada com pétalas de rosas e um espumante nos aguardava em um balde de gelo.

— Pedro... – fiquei até sem palavras.

Nós tínhamos um pouco de dificuldade em viver momentos de extremo romantismo pois a Ciça estava sempre à espreita, entretanto, Pedro não se importava e a amava tanto.

O quarto estava à meia-luz e com a porta da varanda aberta. Fui até lá apreciar a vista para o mar, maravilhada com toda a surpresa quando Pedro ligou a música, bem baixinho, só para dar um pouco de encanto e nos trouxe as taças para brindarmos.

— Eu não acredito que fugi de você por quase dois anos – encostou sua taça na minha e depois beijou-me a testa, já colando seu corpo ao meu.

— Não o culpo, eu era sim uma menina – depois de degustarmos um pouco do líquido gelado, as pousei sobre a pequenina mesa de apoio da varanda e ofereci meus lábios a ele, encaixando minhas pernas entre as suas, colando nossos corpos já ardentes de desejo, sentindo seu estado viril de imediato.

— Eu sentia que era errado... – sussurrou entre um beijo e outro, com uma das mãos já descendo o fecho do meu vestido.

— Eu achei que você tinha medo da Ciça... – coloquei a mão dentro de sua calça, já apertada pelo seu estado de excitação.

Pedro puxou-me pela mão de volta para o quarto e terminou de deslizar o vestido por meu corpo até que ele caiu sobre os meus pés. Dei dois passos atrás, esticando a mão direita sobre seu peito para que ele não me seguisse e ainda vestida com a lingerie preta, circulei em volta de seu corpo com passos lentos, acariciando seu peito, depois seus quadris e voltei a o encarar.

Desabotoei um a um os botões da camisa branca e estimulei seu tórax com a língua entre beijos, depois desafivelei o cinto e livrei-me de sua calça junto com a cueca, libertando seu estado máximo de virilidade, ainda sem deixar que ele me tocasse.

Empurrei-o para a cama, sobre as pétalas, onde ele se deitou e ficou me assistindo, enquanto eu ficava em pé, de frente para ele, acariciando o meu próprio corpo, em ritmo tão lento quanto o som que nos acompanhava.

Meu marido era um ótimo expectador, sempre, e observava com olhos ávidos o meu ritual de movimentos sensuais, levando o quadril de um lado ao outro, até que já estava sem o sutiã e a calcinha, tudo baseado naquela coreografia especial que eu tanto tinha ensaiado para esse momento.

— Adoro quando você dança para mim – disse ele ansioso, tocando seu membro com movimentos lentos, mas sem tirar os olhos de mim.

Ajoelhei-me na beirada da cama, deixando os sapatos de salto caírem no chão e acariciei suas pernas longas e firmes, engatinhando por cima dele, até que voltei a deixá-lo me beijar, encaixando-me lentamente a ele e com movimentos circulares até estarmos integralmente conectados.

— Ah, Carol... – Pedro murmurava meu nome enquanto ele mesmo passava a ditar a intensidade da nossa conexão, nos sincronizando ao ritmo que ele conhecia muito bem, exatamente o mesmo que me deixava a mercê dos prazeres que ele sempre me proporcionava.

Sentei-me sobre ele e o cavalguei, atenta aos sinais que ele me dava, com sua expressão, enquanto usava suas mãos para estimular o meu corpo, acariciando minhas curvas, ora meus seios intumescidos, até que sentou-se comigo em seu colo e apertou-me contra o seu peito em um abraço possessivo, voltando a degustar meus lábios e lentamente foi curvando-se sobre mim até que estávamos novamente deitados, dessa vez, com os pés na cabeceira, comigo por baixo.

Acariciou a minha perna direita e a flexionou na altura do meu tronco, deixando-me ainda mais acessível às suas investias firmes, que deslizavam facilmente por minha intimidade quente e molhada. Aquela posição, que favorecia nosso encaixe, era propícia ao intenso atrito naquela minha área mais sensível, que fazia-me atingir o auge do prazer muito rápido e Pedro era exigente, ele gostava de me fazer chegar lá algumas vezes antes dele mesmo buscar o seu alívio e assim deixei-me atingir o auge, pulsando sem controle, pressionando-o dentro de mim.

Eu mal tinha terminado de absorver aquelas sensações de intenso prazer e ele já tinha se postado atrás de mim, com uma das mãos em meu centro, penetrando-me por trás, estimulando-me no mesmo ritmo das penetrações, fazendo com que o que eu estava sentindo beirasse ao insuportável e já percebi que voltava a contrair a minha musculatura interna para chegar ao ápice pela segunda vez.

— Pedro... meu amor... eu vou... – não sei por que eu me dava ao trabalho de tentar falar, porque nunca dava tempo de terminar a frase.

— Isso amor... como eu adoro...

Deu-me somente o tempo para recobrar a razão e com destreza, já tinha ajoelhado sobre mim, puxando-me ao seu encontro, ao me firmar pelas pernas e depois segurar-me pela cintura e ali começou, com força, invadindo-me até o fim, tirando-me o fôlego, até que ouvi seu gemido de alívio junto com o leve tremor em suas pernas, sem deixar de sustentar o meu olhar por um segundo sequer.

Sexo com o meu marido era maravilhoso. E ele, era mais maravilhoso ainda quando me puxava sobre o seu peito e acariciava o meu corpo, protegendo-me como se eu fosse a coisa mais importante de sua vida.

— Eu amo a mulher que você é, Carol.

Eu amava aquele homem também, amava tudo nele. A forma como tentava me proteger, como tinha adotado a minha filha, como havia se sacrificado por nós duas, voltando a morar no Brasil, para me trazer para perto do meu pai e permitir que Ciça conhecesse seu pai biológico. Tudo no Pedro era especial e eu, a mulher de maior sorte nesse mundo, por o ter ao meu lado.

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Obrigada para quem acompanhou a historia. Não deixem de me dizer o que acharam.
Continuo batendo papo com vcs no livro Nick agora. Encontro vcs lá daqui a pouco. 🤍
Bjks

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⏰ Última atualização: May 27, 2020 ⏰

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