Sentamos na cama da Joyce e ela se jogou de barriga para baixo, ligando um laptop. Troquei um olhar com Anthony, mas ele parecia tão confuso quanto eu estava. Escolhemos ficar quietos, enquanto Joyce passava o mouse por mil pastas e documentos.
Então, uma tela de um vídeo que parecia uma câmera de segurança de um elevador apareceu, mas ela minimizou. Sentou de buda, com o computador no colo e nos encarou.
-Vão ter que me prometer, especialmente você, Stan, que não vão se meter de jeito nenhum!
-Prometemos! - Respondemos juntos.
-É sobre o assassinato? - Perguntei.
Ela negou.
-Não. É o motivo de eu ter vindo para Los Angeles. Eu fiquei à par do assassinato hoje. Antes eu tinha um motivo que já tinha um tempo, eu estava investigando.
Esperamos. Ela botou o vídeo para rodar e adiantou um pouco. O elevador estava vazio, marcando duas da manhã. Então, Simon e Ruby entraram.
Meu coração deu um pulo de meio metro. Joyce ainda olhava para mim. Anthony também. Pelo que eu pude perceber, eles estavam brigando.
Na verdade, ele estava berrando e a Ruby estava acuada num canto. Então, ela de repente, deu um berro e a reação dele foi dar um tapa na cara dela.
Meu sangue gelou e ouvi Anthony arfar.
Ao invés de parar, Simon a puxou pelos cabelos e segurou oa braços dela, fortemente. Ruby pareceu bater com a cabeça no espelho. Então, ele deu outro tapa na cara dela.
Não conseguo ver até o final. Levantei e fui até a janela, controlando minha vontade de ir naquele minuto no quarto dela e esmurrar a cara do Simon.
Como eu não tinha reparado que ela tinha medo dele? Eu era um merda...
-Sebastian? - Joyce me chamou. Me virei. - Você não pode falar com a Ruby. Não pode! Ouviu? Ela não pediu ajuda e está negando a que ofereceram...
-Ela é maluca?! -Anthony perguntou. - Esses tapas que ele deu na cara dela... Não foi beincadeira.
Joyce deu um sorriso triste e ficou com a voz meio embargada. Eu ainda estava tentando não cerrar os punhos e tentando não socar as paredes de ódio.
-Primo, olhando de fora... É muito simples! A gente sempre diz que isso nunca vai acontecer com a gente, que sabemos nossos limites, que antes de encostarem a mão na gente, a gente corta o pinto... Essas coisas. Mas eu trabalho diretamente com vítimas de violência doméstica e feminicídio. Não é tão simples!
-Ela... - Minha voz não saiu. Respirei fundo. - Ela negou ajuda?
Joyce assentiu.
-Recebemos alguns meses atrás uma denúncia anônima. Na verdade, não levamos à sério. Mas, paralelamente, eu comecei a investigar e quando eu soube que o Anthony ia trabalhar com a Ruby, eu pensei que seria o momento perfeito e "vim visitar" meu primo. Meu departamento nem sabe que estou aqui. Consegui esse vídeo ontem, entendem? E eu pretendia voltar a denunciar para poder abrir o inquérito...
VOCÊ ESTÁ LENDO
My First Love. - Sebastian Stan
FanfictionQuão forte um primeiro amor pode ser? E quão forte poderia se tornar, caso fosse um amor de infância? Apesar de Sebastian Stan ser um ator reconhecido Mundialmente por seus trabalhos como Bucky Barnes, da Marvel, ele também é um homem comum. E assi...