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Enquanto esperávamos o sinal abrir, pus minha mão em cima do joelho de Ruby para chamar a atenção dela, que olhava pela janela para a rua. Uma fina chuva começou a cair, o que foi o suficiente para engarrafar as ruas de Nova York.

Ruby me encarou, ainda parecendo perdida em pensamentos. Apertei o joelho na minha mão, de leve, a encarando.

-Você está bem?

-Tô... - Ruby suspirou e encostou a cabeça na janela, me olhando. - Eu só... Nem acredito que acabou! Caramba! Parece que isso foi há tantos anos...

Concordei com a cabeça. Ruby pegou minha mão e entrelaçou os dedos dela nos meus. Sorri e depositei um beijo na mão dela, a mantendo perto de mim.

-O Michael é uma gracinha, não é? - Questionei, tentando mudar o assunto para ela se distrair.

Funcionou.

Ruby começou a falar sobre as bochechas redondas e os dedinhos pequenos e sobre como a boquinha se mexia quando mamava. O jeito que ela falava dele e do Josh me deixava incrivelmente bobo.

Na verdade, se ela falasse sobre por o lixo para fora com aquela empolgação e o brilho nos olhos, eu ficaria extremamente bobo.

Só soltei a mão dela quando tivemos que andar com o carro por causa de uma buzina estridente. Mas não andamos muito. A chuva começou a apertar e eu conseguia ouvir, mesmo com as janelas fechadas, trovões ao longe.

-Caramba... - Ruby comentou quando um dos trovões ficou tão forte que estremeceu as janelas. - Deu no noticiário que ia chover assim?

-Pior que eu não sei. - Comentei, tentando sintonizar uma estação de rádio para ver se falava das chuvas. - Droga, não está pegando...

-Como você não viu o noticiário? - Ruby franziu a testa. - Você sempre vê...

Recostei na cadeira do carro, sorrindo de lado, depois de achar uma estação que estava pegando.

-Hmmm... Deixa eu ver... Talvez eu estivesse muito ocupado ontem e hoje de manhã para lembrar de ver o notíciario.

Ruby corou, mas riu, enfiando as mãos na frente do rosto. Puxei ela para mim e a abracei, beijando o alto da cabeça dela.

-Só para você saber, eu prefiro não ver o notíciario.

Ruby soltou mais uma risada alta e ergueu o rosto, me encarando com um sorriso fofo.

-E eu achando que eu era a safada...

-Você não viu nada ainda, Minha Jóia.

Puxei o queixo de Ruby para cima e encaixei minha boca na dela. Nossas línguas dançavam em um ritmo intenso e lento. Senti a mão de Ruby descendo pelo meu peito e puxando a barra da minha camisa para cima, enquanto minhas mãos acariaciavam as pernas dela.

O carro começou a ficar levemente quente quando Ruby desceu beijos pelo meu pescoço ao mesmo tempo que as mãos dela subiam pela minha pele, arranhando de leve. Mordi a boca e fechei os olhos, tentando manter o controle.

Uma outra buzina alta soou e eu dei graças a Deus, vendo Ruby voltar para o lugar dela. Me concentrei apenas no volante, não no volume entre as minhas pernas...

Tinha sido só uns beijos... Eu parecia uma porcaria de adolescente cheio de hormônios, que inferno! Mas eu tinha a impressão que sempre seria assim... Quer dizer, não havia nada que ela fizesse que eu não me rendia... Merda.

Ruby me encarava de lado, fingindo ouvir o rádio. Mas não falamos mais nada até pararmos em frente à casa dela. O silêncio não era desconfortável, mas era um pouco constrangedor.

My First Love. - Sebastian Stan Onde histórias criam vida. Descubra agora