Capítulo DEZ - Parte DOIS

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CHOQUE DE REALIDADE

Parte DOIS

Song: One Shot – BAP

(Nota: Conheçam o B.A.P. um grupo antigo de Kpop que eu amo DEMAIS. Eles são... incríveis. Eu era tão apaixonada por eles... Enfim, ando muito cansada, então, assim, ouçam a song e desculpem a tradução meia boca. Eu geralmente pesquiso em inglês, espanhol, nos vídeos, mas dessa vez só peguei uma tradução simples. A letra é violenta e tem tudo que ver com o capítulo. O clima da letra, a letra, nossa, como eu sofro com o B. A. P. nesse MV. Ainda vou demorar a conseguir escrever com atualização frequente, com data, como vocês merecem, mas queria dar algo a vocês. Talvez tenha erros de português e digitação que podem apontar, eu conserto sem drama. Não sou perfeita, nem um pouco. Presentinho para quem sempre está comigo. Não é muito longa, não consegui fazer melhor, mas é com carinho. Se cuidem e fiquem em casa se puderem.

Aos leitores que precisam trabalhar, aos profissionais de saúde, garis, coveiros, entregadores, motoristas/cobradores, taxistas, motoristas de aplicativo, pedreiros, encanadores, bombeiros, policiais, professores, fabricantes de máscaras, pessoas que estão tendo que trabalhar de qualquer maneira, obrigada. Do fundo do meu coração.)

Choque de Realidade

A máfia não era aquela agremiação bonita e cheia de charme dos filmes.

Era um conglomerado assassino de extorsão e crimes.

Havia dinheiro para todos os lados, havia tudo que era feito para obtê-lo. Alguns começavam ainda crianças, filhos de mafiosos e que não tinham outro caminho. Gerações inteiras a serviço do crime. Podia ser por submissão ao capo, podia ser por falta total de opção, por coerção, por chantagem, por medo. Era muito raro alguém estar na máfia por achar aquela vida uma profissão simples e bem remunerada, o sonho de uma vida.

Mesmo por que, que vida?

One shot, let me tell you something that you already know.

You just get the rock to me.

Um disparo, deixe me dizer algo que você já sabe

Você acabou de me encontrar

Entende?

Não era fácil passar pela adolescência de pequenos furtos e agressões, de bater carteiras, sem apanhar em excesso ou ser preso. E, se fosse preso, era mandatório ficar calado pela lei da omertá sem direito a reclamar. Delações eram punidas com morte cruel e perseguição aos parentes e isso costumava manter um mafioso na linha.

Wen Ning não era apenas chinês, mas descendente de imigrantes de várias etnias que haviam vindo para a América em busca de um sonho mas logo haviam perdido o pouco dinheiro e passaram a morar nas ruas. Havia sangue russo em suas veias. Escapar da Bratva, a perigosoa máfia russa, já fora um alento para o jovem Wen Ning que praticava pequenos furtos para alimentar a mãe e irmãos após a morte do pai num roubo que dera muito errado. Não que ele não respeitasse e soubesse que seu pai tinha contatos na Bratva, apenas que eles estavam na América agora.

Wen Ning queria ter podido sonhar por mais tempo, mas a realidade crua o fizera saber que não seria fácil e nem teria muitas opções.

Não demorara muito para o sujeito pálido de olhos tristes ser percebido por um dos chefes locais de FengMian e ser "convidado" a trabalhar para o clã dos YunmengJiang. Wen Ning era bom. Era discreto, eficiente e calado. FengMian o entrevistara quando Wen Ning era um pivete de apenas doze anos. Sozinho, com fome, com medo. Presa fácil para ser enredado nas teias da máfia perigosa de Chicago. Wen RuoHan tentara ficar com Wen Ning, mas ele... Não queria se envolver em tráfico de crianças. Ele sabia o que era. Muitos garotinhos e garotinhas de sua cidade haviam sido transformados em escravos sexuais.

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