Que minha coragem
seja maior que meu medo.Eu não acredito que ele me achou aqui. Pensei não ter deixado pistas, mas é claro que não foi o que aconteceu. Merda.
Corro pelas ruas pouco movimentadas, meu coração está acelerado, minhas mãos suando frio, olho para todos os lados pensando em uma forma de despista-lo.
Ele não pode nos pegar, não pode. Não vou deixar que aconteça o mesmo com você. Vou te proteger, prometo.
Olho pra trás, ele não está tão longe, consigo ver seu sorriso mórbido, o que faz com que um calafrio percorra minha espinha e memórias me atinjam com força.
Quando olho pra frente é tarde demais, já estou no chão. Tento me manter acordada, mas meu corpo dói e meus olhos pesam. Se eu dormir, ele me pega, não posso dormir, não posso dormir. Vejo uma mulher na minha frente pouco antes de apagar.
- Por favor, me ajuda.
Tudo ficou escuro, e meu corpo, mais leve.
3 horas depois
Acordo e a primeira coisa que sinto é o frio, a segunda é dor. Meu corpo inteiro dói.
- Doutor, ela acordou. - Ouço uma voz doce dizer.
- Consegue me ouvir? - Ouço uma voz mais grave dizer, seguida por uma luz branca direto no meu olho.
- Tira essa coisa da minha cara. - Disse afastando a mão do, agora visto, homem. - onde eu estou? - Vou me sentando, não posso ficar aqui muito tempo, ele vai me achar.
- Você está no hospital. - Uma moça de lindos cachos e olhos castanhos me responde. Não tinha visto ela ali antes. - Se lembra do que aconteceu? - Levo minha mão a cabeça quando sinto uma dor. Me lembro agora, um carro me atropelou enquanto eu corria dele.
- Como ela está? - Pergunto para o doutor, colocando a mão sobre minha barriga instantaneamente. Senti o medo de perde-la nas minhas veias.
- Estável, mas tivemos um problema devido ao baque contra seu corpo, sua gravidez agora é de muito risco, precisa de repouso pelo resto dos meses.
- Gravidez? - Acho que a cachinhos não sabia dessa.
- Olha, não dá. Eu tô só de passagem por aqui, nem tenho onde ficar. Não pode me dar algum medicamento, sei lá? - Ele achou onde eu morava, não posso voltar pra lá, se não, estaremos mortas.
- Eu só estou te passando o diagnóstico, não posso te obrigar a ficar aqui, mas também não posso prometer que a bebê resista até o final da gravidez se você não ficar de repouso. Já trago sua alta. - Ele sai do quarto. Fecho os olhos com força e uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto, não sei o que fazer agora, isso não estava nos planos.
- Você pode ficar na minha casa se quiser, afinal, eu que te atropelei, meio que devo essa. - Cachinhos, ainda não confio em você o bastante pra isso.
- Não posso ficar na casa de uma estranha. - Ela se aproxima e me estende a mão.
- Sou Maya, prazer - Não me mexo - considere o que estou te oferecendo como uma forma de te compensar, caso não me denuncie por te atropelar. - Estava esperando um motivo para ela oferecer estadia para uma estranha, aí está ele. Na minha experiência, ninguém faz algo sem esperar outra coisa em troca. Estranhamente isso me faz confiar mais nela.
- Beleza então. - Aceito sua mão, firmando um "acordo" falado.
Ainda não confio nela, até porque, não posso me dar ao luxo de confiar em alguém, mas é minha última opção, não sei o que seria de mim se perdesse essa bebê, ela que me deu forças para fugir daquele lugar.
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A garota de armadura dourada
Storie d'amoreEra uma vez uma garota, que não tinha nada de princesa e muito menos uma história feliz. Com um passado traumatizante e uma sensação muito grande de estar sendo perseguida, Chloe tentava sobreviver em uma cidade desconhecida, quando é atropelada por...