Emma retornou a mesa com um sorriso contido no rosto, mas que fora notado imediatamente pela CEO que arqueou a sobrancelha e a fitou curiosa para saber o motivo daquele sorriso em seus lábios. Não que a vida da designer fosse da sua conta, isso não, mas apenas sentiu uma pontada de curiosidade ao vê-la voltar daquele jeito mais... contente?
Regina não dissera nada e muito menos a loira, ambas prestavam atenção na conversa dos outros quatro na mesa sobre o assunto do casamento, ou melhor, renovação de votos que seria outro casamento na verdade. A conversa rendeu e a editora também já estava incluída enquanto Henry e Emma ficavam com cara de paisagem sem entender bulhufas do que elas falavam.
A pauta do assunto sobre casamento, sem querer, fez Swan se recordar de momentos passados e lhe prender o olhar em um ponto fixo na paisagem da cidade através das paredes de vidros.
As vezes há coisas na vida que são certas aparentemente e não vemos o porquê não realizá-las, porém a vida mostra o contrário e nos tira a certeza e os motivos dos sonhos planejados. Aquele lugar era a certeza de um sonho, mas que ao contrário, foi realizado e Emma tinha orgulho de dizer que era um dos seus sonhos. Sim, um sonho grande.
Bem lá no fundo a saudade batia no peito. O verdadeiro problema talvez fosse o medo ou a decepção que carregava ainda durante todo esse tempo. Costumava ouvir que a esperança jamais morreria e ela sabia que tinha deixado um parte de sua vida para trás, mas que já não a queria de volta, agora não mais.
Depois de mais um momentos em família e da sobremesa, sem rodeios, Emma insistiu em pagar a conta e acabou convencendo o sogro com jeito e uma boa lábia. Assim que a conta chegou trazida especialmente pela gerente em uma caderneta com o emblema do nome do restaurante desenhado na lateral da folha, Swan sorriu e deixou uma caligrafia perfeita e lógico, abreviada.
--- Obrigada, senhorita --- Emma agradeceu lhe entregando a caderneta depois de ter se levantado junto dos outros.
--- Nós que agradecemos, senhorita Swan --- Rachel disse com um sorriso e os acompanhou até a saída educadamente.
O olhar sereno de Regina passou para sério no mesmo momento quando viu a cena da gerente enfiando um papel branco no bolso do blazer da namorada. A designer não percebeu o movimento discreto da mulher por estar distraída respondendo alguma coisa a Ruby, mas a sua chefe percebeu e muito bem percebido.
Ao sairem, Regina enlaçou o braço no da namorada possessivamente ao notar o olhar fixo da mulher em cima dela e fez questão de olhar para trás e se atrever a dar um pequeno thauzinho cínico.
Talvez, só talvez, a editora sentiu um pontada de ciúmes naquele momento. Espera, ciúmes? Por Deus, não era ciúmes, era?
Ambas caminhavam e pararam na frente do lugar a espera dos dois carros. Podia ser estranho Regina já sentir certa liberdade em se aproximar ou até tocar Emma sendo que não estavam juntas nem uma semana? O fato de ser uma chefe chata e megera na maior boa parte do tempo não encobria as atitudes simples e adoráveis que a designer tinha para ela, que, com apenas dois dias, já lhe fizeram sorrir e rir como a tempos não fazia.
Aos poucos, o bloqueio criado em volta de si mesma para se proteger de frustações, dores, desilusões, era derrubado com poucas palavras e simples ações de um único alguém que jamais sonharia em notar tão bem quanto agora. Emma Swan agia tão naturalmente que chegava a ser irritante.
Aqueles olhos verdes eram tão lindos e misteriosos que atraiam sem querer e a deixava sempre fora do controle. E Regina odiava ficar fora do controle, como odiava.
Era difícil estar mentindo para seus pais, mas naquela situação já era tarde para voltar atrás e pensando bem nem queria mais. Lógico, era mentira, um teatro falso tudo aquilo, mas poderia ela estar começando a gostar da ideia de ter um alguém mesmo que de mentira? Ah, vamos lá, anos sem sentir alguém tão próximo assim era no mínimo vergonhoso de admitir.
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Casei-Me Com Minha Chefe - SwanQueen
FanficRegina Mills, uma poderosa CEO, exigente e autoritária, se vê em um caminho sem saída quando é intimada a ir com o namorado na festa de reafirmação de votos dos pais, já que esse ninguém havia visto ainda. Mas seu problema era a mentira que inventar...