Prólogo

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   Quando se ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame reciprocamente, a vida não continua a mesma. É inevitável. O amor nos faz ser alguém austero. Ou amigável. Ou... Apenas amoroso. Mas temos certeza que ele transforma. O amor faz da terra um céu. Há quem diga que não, já que a terra é um inferno. Mas há quem diga que sim. Só quem provou desse fruto amargo e indomável do jardim secreto sabe o que é amar. Não é para muitos, pois ele destrói também. Alguém com o coração muito fraco iria morrer. Há também quem resista. Relativamente, é claro.

   Mas ele é o amor... Seja ele de qualquer forma, qualquer padrão. Eu disse, qualquer padrão. Não aquele padrão socialista machista, onde a mulher é submissa ao homem. Mas aquele padrão em que homens e mulheres são igualitários. Padrão onde irmão ama irmão. Onde filhos enterram pais. Onde pessoas do mesmo sexo possam se amar. É dessa fruta que provei. Que amargou. Nasceu, cresceu e morreu. E renasceu, e cresceu e morreu...

   Ondas e ondas eletromagnéticas percorrendo meu corpo quando encosto no dele. Seu beijo, seu gosto... Seu cheiro de orvalho fresco... Lembranças... Amargas... E ao mesmo tempo doces... Mas eu sei.

Sei que o céu está me olhando.

O céu está me olhandoOnde histórias criam vida. Descubra agora