DIO MIO

1.1K 119 193
                                    

BULGÁRIA


Eram 10 horas da noite no horário local e o trânsito àquela hora era o mesmo de sempre. Uma garota comum escutava música em seus fones de ouvido dentro do ônibus, ela mal via a hora de chegar em casa.

Quando o ônibus parou num sinal vermelho, a garota olhou para a janela do prédio ao lado e percebeu algo estranho acontecendo. Havia um homem com as mãos sujas de sangue e ele batia contra o vidro do sexto andar como se estivesse pedindo por ajuda.

A garota ficou assustada, talvez ela pudesse ajudar caso ele tivesse sofrido um acidente. Mas isso mudou quando ela viu alguém andando atrás daquele homem, que agora tentava correr. Ela percebeu naquele exato momento que aquele cara não sairia vivo de lá, era uma morte inevitável. 

Ela não fez nada, apenas suspirou e pediu misericórdia pela alma dele. Após isso, o ônibus seguiu seu caminho e ela seguiu para casa como se não tivesse visto nada de anormal pelo caminho.

Dentro daquele prédio, o homem ensanguentado corria entre as mesas de escritório em busca de uma porta de emergência. Ele gritava e falava em bulgaro, como se estivesse pedindo para que aquele assassino parasse. Mas ele não parou.

H: Eu não falo bulgaro.

Harry disse quando parou em frente ao homem que segurava um extintor de incêndio nas mãos. Ele tentava tirar a trava de segurança enquanto suas mãos tremiam, mas não funcionou. O homem largou o extintor no chão e seguiu para trás de uma mesa para tentar se esconder.

— Por favor, eu tenho filhos. Tenho uma família. Por favor, diga-me do que se trata. Posso lhe dar tudo o que quiser. Eu tenho dinheiro!

Ele fez o seu melhor para convencer Harry de que aquilo não era o melhor a se fazer, mas isso apenas o fez revirar os olhos e se sentar por cima de uma das mesas do escritório.

H: Eu quero que você fique parado.

O homem chorava e encarava aquela expressão de tédio no rosto de seu assassino. Harry vestia jeans escuros e uma jaqueta verde do tipo militar enquanto seus cabelos estavam presos em duas tranças boxeadoras. O homem não sabia se ele estava armado ou se apenas apanharia até a morte, mas resolveu tentar a sorte jogando um telefone contra o rosto dele.

Harry grunhiu quando o objeto o acertou em cheio no rosto, aquilo o fez pegar a arma e disparar um tiro contra o homem que logo caiu ao chão cuspindo sangue.

— Quem é você?

Ele perguntou entre lágrimas, jogado ao chão enquanto sua mão comprimia o ferimento em sua barriga. 

H: Essa é a grande questão.

— Por que está fazendo isso comigo?

H: Eu não faço a mínima ideia.

Harry deu um último suspiro antes que pudesse fazer dois disparos contra o peito daquele homem. Foi morte instantânea, e o real porquê daquela morte nenhum dos dois saberiam.

Styles se sentou em uma das cadeiras giratória no meio do escritório e respirou fundo. Ele olhou para sua vítima no chão e por um tempo ficou ali, apenas admirando um corpo sem alma. 

Pretty Face - ZARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora