Kim Taehyung é um roteirista iniciante, com uma proposta de mudar sua vida bem na sua frente. No entanto, Taehyung se meteu em uma grande enrascada. Seu roteiro foi descartado pelo diretor que prometeu transformar o seu trabalho em um drama de suces...
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Kim Taehyung não tinha medo da morte. Na verdade, ele nunca parou para pensar como seria morrer. A última vez que conversou a respeito da morte, foi durante uma festa da universidade. A maioria estava bêbado, mas sóbrios o suficiente para responder a pergunta de como eles queriam morrer.
Naquela época, Taehyung respondeu que queria morrer dormindo. Não queria sentir dor ou qualquer tipo de tortura emocional antes da morte. Alguns colegas concordaram com ele, comentando que também tinham medo de sentir dor. Agora, depois de ter o corpo ferido por cacos de vidro durante uma explosão e o corpo provavelmente eletrocutado, Taehyung se perguntou:
Eu estou morto?
Acreditava que sim. Ele tinha em mente que um dia a sua hora chegaria, assim como para qualquer um, só não esperava que existisse algo após a morte. Taehyung não era muito religioso, muito menos tinha uma religião. Acreditava em Deus, e para ele isso já bastava. Quando aquele vidro estourou e seu apartamento foi alagado, ele não pensou em Deus. Na verdade, sua mente estava tão confusa.
O que estava acontecendo? Ele perguntou a si mesmo.
Seu corpo estava congelando naquela água. Não se lembrava de já ter sentido tanto frio. De alguma forma, a friagem da água penetrava tão fundo em seu corpo que, não importava o que fizesse, o calor fugia dele. Quando Taehyung aceita que vai congelar até a morte, a sua segunda morte, o toque rude em sua cintura aquece o seu corpo.
A figura masculina estranha com olhos púrpuros, emana um calor cáustico. Taehyung tenta se afastar um pouco, mas seu gesto não passa despercebido pelos olhos felinos. As mãos grandes puxam seu corpo frágil.
Taehyung continuou em silêncio. Não sabia exatamente o que dizer. Descobriu-se ao mesmo tempo um pouco constrangido. Ele encarava os olhos púrpuros a sua frente com a mesma intensidade que o moreno o encara de volta. Os únicos ruídos eram da respiração ofegante do estranho e do vento frio do inverno que balançava os galhos de árvores de um lado para o outro.
Ficaram em silêncio por um longo momento. Taehyung tentou se afastar novamente, mas foi impedido mais uma vez.
Uma parte do Taehyung sentiu uma vontade imensa de dar um tapa na cara dele. Mas o frio e a ardência dos cortes o impediu de realizar qualquer ação.
Por uma fração de segundo, Jeongguk ficou imóvel, pensativo. A imagem do ômega com as bochechas vermelhas, com vários cortes pelo corpo, perturbou o feérico.
Há anos, Jeongguk alertava os Prateados contra as ameaças, antes mesmo de aceitá-los em sua alcatéia. O inimigo costuma usar ômegas para nos distrair, foi o que ele disse, o vento sul carrega consigo o cheiro doce e perigoso dos ômegas. Agora, tinha um ômega diante de seus olhos, exalando seu feromônio loucamente. Jeongguk finalmente entendeu porque alfas feéricos se distraem facilmente quando estão diante de um ômega. Era quase sufocante como o aroma dele nublava seus sentidos.
