e p í l o g o

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Beautiful stranger, here you are in my armsAnd I think it's finally safeFor me to fall

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Beautiful stranger, here you are in my arms
And I think it's finally safe
For me to fall

finally // beautiful stranger - halsey 

finally // beautiful stranger - halsey 

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6 meses depois  

— Não consigo estudar assim. – Suspirei, tirando a minha atenção do ecrã do portátil para encarar Tyler Davis.

O rapaz olhava-me atento e sorridente, com o rosto apoiado na mão direita, enquanto a sua mão esquerda brincava com o lápis. Os óculos enfeitavam o seu rosto naquela manhã, algo habitual no meu namorado quando precisava de estudar.

— Estava a pensar, não queres dormir lá em casa hoje? – Revirei os olhos, tentando esconder um sorriso.

— O teu colega de casa concordou? – Tyler revirou os olhos.

Depois de toda a situação criada por George Mitchell foi impossível partilhar um apartamento com Spencer, Masie e Dylan. Já tinha sido uma sorte conseguir uma bolsa para a universidade onde realmente queria entrar, e sabia perfeitamente do esforço que Donna Mitchell estava a fazer para que eu não perdesse o estilo de vida a que estava habituada, - ficar na residência para estudantes durante o primeiro ano tinha sido algo que eu havia decidido logo quando soube da minha entrada.

Tyler e Mason tinham arranjado outro apartamento para eles, na outra ponta da cidade, perto da sua faculdade. A minha residência ficava perto do meu campus, e Dylan, que inicialmente pensou em ficar com os rapazes, rapidamente percebeu que o apartamento das jovens era mais perto do edifício dedicado ao departamento de artes.

— Eu tenho um quarto apenas para mim, Mitchell. – Sorri maliciosa, recebendo um piscar de olho por parte de Davis.

A boa parte de ficar na residência feminina tinha sido a minha colega de quarto, Kate. Tínhamos a mesma idade e frequentávamos o mesmo curso, o que apenas facilitou a nossa recente amizade. A parte má? Apenas raparigas podiam dormir no edifício, o que dificultava um pouco a minha relação com Tyler. As aulas tiravam muito tempo, tal como as extracurriculares, no entanto, não pude aceitar a oferta de William Davis para pagar a minha estadia. Não só o apartamento de Tyler ficava longe da faculdade de letras, como a sua família já me tinha ajudado o suficiente.

— A cama é confortável? – Provoquei, arrependendo-me no segundo seguinte.

Estávamos na biblioteca do meu campus, a mais bonita de todas tinha que referir, a construção moderna combinada com os mais variados livros antigos era apaixonante e perfeita para estudar. Tyler não tinha aulas naquele dia, apenas um jogo de lacrosse ao entardecer, e tinha decidido fazer-me companhia antes das minhas aulas começarem perto do início da tarde.

— Já a experimentaste, Char. – Tremi com o sorriso pecaminoso que ele me ofereceu. – Os teus gemidos deixaram-me pensar que era bastante confortável. – A sensação na minha barriga fez-se presente, deixando-me nervosa. - Estou enganado?

Maldito era Tyler Davis. Praguejei internamente, abrindo um sorriso inocente.

— Não sei do que falas, tens a certeza de que não foi um sonho? – Tyler abanou a cabeça, arrumando as suas canetas.

— Não te preocupes, esta noite faço lembrar-te do quão real foi. – Senti o meu rosto aquecer perante o sorriso malicioso do meu namorado.

Observei o seu corpo trabalhado por baixo do casaco da equipa de lacrosse. Mesmo sabendo que não entraria como capitão, Tyler tinha feito os testes e havia conseguido entrar para a equipa de lacrosse da universidade. Já eu, depois de muito batalhar, fazia agora parte do jornal universitário. Não tinha um papel muito importante, mas fazia o que gostava e esperava que o mesmo pudesse abrir a porta para alguns estágios remunerados dentro de meses.

— Tenho aula daqui a 10 minutos, encontramo-nos no jogo? – Imitei o rapaz à minha frente, caminhando com o mesmo para o exterior da biblioteca.

— Combinado. – Ele deixou um pequeno beijo nos meus lábios, colocando os seus braços musculados ao redor da minha cintura. – Não queres colocar as fitinhas no cabelo para me apoiar? – Revirei os olhos.

— Quem sabe mais tarde, se te portares bem. – Provoquei, voltando a provar os seus lábios. – Depois diz qual a frase deste jogo. – Entrelacei os nossos dedos.

O sorriso que o jogador de lacrosse me entregou fez tudo brilhar ao meu redor. Aquele era o poder do meu namorado, num único segundo ele tinha o poder de me irritar como ninguém, ou de me deixar completamente apaixonada. Em ambas as situações, costumávamos ter o hábito de terminar aos beijos.

- Amo-te, boa aula. – Sorri, observando o rapaz afastar-se.

Algumas horas depois, durante a aula de literatura, senti o telemóvel vibrar e o nome de Tyler aparecer na barra de notificações.

"Uma certa pessoa, uma vez disse-me que perder também era ganhar. Que ele perderia quantas vezes fosse preciso, se essa fosse a garantia de que me teria com ele, no fim de tudo. Isso é algo que te posso garantir, eu estarei sempre lá para ti. Atreve-te a cair, Tyler." – Era o que se podia ler na fotografia de Tyler, um bilhete rosa dos muitos que tinha colocado no jarro de ansiedade do meu jogador de lacrosse favorito, enquanto as pequenas reticências sinalizavam que o mesmo estava a escrever.

Char, aceitas casar comigo? – Ri baixo, respondendo rápido.

O que fazes se eu disser que não? – Olhei para os meus colegas atentos, depois de enviar.

Depois deste bilhete, não há uma opção que possas escolher que não seja sim. Amo-te muito, Char. – Sorri envergonhada.

Tyler não estava na minha agenda, e tinha-se revelado uma das melhores coisas que me havia acontecido. Tinha aprendido com ele, que havia certas coisas que não podiam ser programadas, que tinham de ser espontâneas, e eu estava preparada para viver todos os meus sentimentos à flor da pele, sem qualquer tipo de restrição ou planeamento.

Eu amava Tyler Davis, e era amada por ele, isso era tudo o que importava.

FIM

10.05.2021

DARE TO FALLOnde histórias criam vida. Descubra agora