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   O friozinho na barriga por estar entrando em uma situação nova me deixava nervosa, principalmente por não me sentir totalmente pronta pra isso ainda. Mas não tinha muito pra onde correr agora, era o primeiro dia de aula da faculdade e eu tinha que encarar de frente.

   Meu pai estava terminando de me ajudar com a mudança pro dormitório da universidade e eu estava aproveitando meus últimos momentos na minha zona de conforto, aonde eu ainda conhecia alguém naquele lugar, mesmo sabendo que isso logo passaria e eu teria que aprender a me virar sozinha. 

   — Tudo no lugar, agora é seu trabalho tirar tudo das malas e arrumar a cômoda. Por favor, mantenha esse quarto arrumado, Lucille. —  Papai disse já franzindo o cenho, expressão que eu imitei. Odiava quando ele me tratava pelo nome completo e ele sabia muito bem disso. — Já vou indo, se cuide, não esqueça de dar notícias todos os dias e se lembre que estou apenas a duas horas daqui. — Ele se aproximou, segurando meu rosto entre suas mãos e dando um beijo demorado em minha testa. Aparentemente estava sendo tão difícil pra ele quanto estava sendo pra mim. — Se precisar de mim é só ligar.

   — Não se preocupe, pai, eu vou ficar bem aqui. Fique bem também, nada de aprontar muito já que agora mora sozinho. —Impliquei com ele, tentando tirar um pouco o clima pesado, não queria que o dia já começasse assim, e funcionou pelo menos um pouco já que ele soltou uma risada e me abraçou.

   Não prolongamos muito a despedida, ele logo se foi e eu me vi completamente sozinha, figurativamente e literalmente. Era hora de manter a calma, afinal, era isso que eu queria, sempre foi minha vontade sair pra fazer faculdade e foi pra isso que eu dei duro durante minha vida escolar. E além do mais, tinha certeza de que acabaria fazendo amizades e se uma dessas amigas novas fosse minha colega de quarto, já seria um grande avanço. Pra minha infelicidade, ela ainda não havia chegado, e isso significava que eu teria que ir sozinha pra acolhida dos calouros naquela noite. 

   Minhas expectativas estavam altas, isso era inegável, e meu sorriso enorme enquanto caminhava pelo campus deixava tudo isso bem claro. O lugar era enorme e não estava sendo uma tarefa muito fácil tentar achar o auditório mas aquilo não me pararia. Depois de seguir algumas placas e pedir informação pra alguns alunos, consegui chegar ao local. A entrada era pela parte de trás e ao pisar no local já avistei o grande palco, no fundo havia uma bandeira com o brasão da faculdade nas cores dourada e azul. Uma mesa com cinco pessoas sentadas, provavelmente membros da diretoria, estava na lateral esquerda e um púlpito de madeira ficava ao centro, também com o brasão da faculdade. 

   Não havia chegado cedo e o local, que já estava um pouco cheio, foi se enchendo cada vez mais. Olhei rapidamente ao redor para tentar achar algum lugar vazio e apressei o passo quando finalmente avistei um. Não era um lugar tão bom, ficava na sétima fileira e por ser no meio, tive que me espremer um pouco entre as cadeiras e as pessoas pra conseguir me sentar. 

   Ao meu lado direito, um grupo de amigas já conversava e nenhuma delas retribuiu ao sorriso simpático que lancei a elas. Já a minha esquerda, um rapaz estava completamente alheio ao mundo ao seu redor com os fones no ouvido e a atenção no celular. Ele era alto, aparentava ser um pouco mais velho que eu, seus cabelos grandes escondiam um pouco seu rosto, suas mãos digitavam algo apressadamente e seus pés batiam no chão, no que acredito ser o ritmo da música que ele escutava. 

   Algumas batidinhas no microfone tiraram minha atenção do garoto, que eu provavelmente estava encarando a mais tempo do que devia, e voltei a encarar o palco. Uma mulher que aparentava ter uns 50 anos apresentou-se como reitora e sua fala se estendeu por mais de uma hora. O foco do discurso eram principalmente os calouros, mas ela também falou sobre o início das aulas, a inauguração de novos laboratórios e o jogo de abertura da temporada de futebol do time da faculdade, que ocorreria na quinta de noite.

   No caminho de volta ao meu dormitório, não pude deixar de pensar como as coisas seguiriam dali pra frente. Minhas aulas começariam no dia seguinte, eu finalmente daria o primeiro passo em direção ao meu sonho. Começaria o curso de artes plásticas, que muitos podem achar bobo mas era minha grande vontade desde criança e pra minha sorte, sempre tive um pai que me apoiou e me incentivou a cursar algo que eu era apaixonada.

   Todos sempre dizem que a faculdade pode ser a fase mais louca da vida de alguém, só tinha esperanças de poder aproveitar meu tempo aqui da melhor forma possível.



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e ai gente, eu sou a hels e vou fazer uma apresentaçãozinha básica aqui.

essa é minha primeira fanfic a ser publicada e eu to muito feliz por isso, principalmente por ela falar sobre um tema que já vivi e acho pouco retratado.

é um momento muito especial pra mim e eu to super animada, espero que gostem! 

vou deixar no fim de cada capítulo links pra contato e links de coisas da fic que eu vou criando com o tempo.


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