Simply eternal (Cancelada)

Motel Beira de estrada

Alice pega um pedaço de pau no caminho e o arrasta na lama, Fazendo uma barreira invisível, Dividindo as duas estradas.

Ela limpa as mãos uma na outra.

-Tudo bem-Ela diz- Você não vai passar dessa linha, enquanto não responder todas as minhas perguntas.

Ele enfia as mãos nos bolsos e sorri, olhando aquela linha.

-Você mudou tanto-Ele resmunga.

-O que?

-Não, nada é que... O que você quer saber?

-Primeiramente-Ela começa- Como é que você sabia o meu nome?

-Eu li ele escrito no vidro do carro em itálico.

-E como você fez isso... digo, tava chovendo e você nem estava tão perto do carro.

-Sei lá,  eu simplesmente vi. E também o seu colar tá escrito. A L I C E.

-Que olho Bionico você tem.

- Concerteza, agora vamos voltar para o hotel.

-Não vou dormir no mesmo quarto que você- diz ela.

-Tudo bem- ele sorri.

Seus olhos são tão azuis agora, de um tom tão claro.

-Vamos?-Ele pergunta.

-Não sei se devo-Diz ela.

-Vem logo, aproveite e me conte mais sobre você, o hotel fica um pouco distante daqui.

Os dois caminham em silêncio.

-Então...Quem é o seu tio? Eu conheço algumas pessoas de New liss eu posso conhece-lo.

-Ele não é tão importante-diz ele.

-Você não vai dizer o nome dele?

-Fred Souto-Diz ele.

-Fred, o dono do maior banco da cidade? porque você não me disse antes, minha tia e super amiga dele, na verdade ela é advogada dele.

-Sua tia e Angela stars-Diz ele.

-Como você sabe?

-ela foi advogada do meu pai no processo do divórcio.

-Nossa! Como o mundo e tão pequeno.

Ele olha pra ela.

-É mais pequeno do que você imagina.

-Porque tenho a impressão de que já te conheço?

-Sei lá- Ele olha no fundo dos olhos dela- Eu acho que já nos conhecemos.

Alice ri.

-Isso é impossível, Não me lembro de você e minha memória nunca falhou.

-Concerteza não.

-Porque eu tenho a impressão de que você sabe muita coisa sobre mim?-pergunta ela.

-Alice, você pergunta demais.

-É óbvio que sim, e vou perguntar ainda mais, Quem são seus pais?

-Meu pai mora na Califórnia e minha mãe faleceu... A três semanas.

-Nossa, sinto muito.

Os dois andam o resto do caminho em silêncio.

-Acho que o Hotel é ali-Ele aponta para uma casarão no meio da estrada.

-Acho que vou vomitar-resmunga Alice ao entrar no hotel.

-Fique aqui-Adverte ele-Vou falar com a recepcionista.

-Tudo bem.

Alice aproveita para olhar em volta, aquilo não era um hotel e sim um motel de beira de estrada, Alguns quadros estavam expostos com notícias,  alguns deles falavam de Monstros que foram encontrados na floresta, alguns dizem que eram lobisomens outros extraterrestres.

E outro de uma catástrofe,  um furação que passou pela cidade e matou mais de quinhentas pessoas, tempestades de gelo,  incêndios florestais, desaparecimento de jovens, sangue no cemitério, tumbas vazias, Desaparecimento de pescadores, morte de criança no lago. Conforme Alice andava pelo corredor mais as notícias que estavam estampadas na parede eram macabras e terríveis.

-Ei Ruivinha, para onde você vai? Pergunta Daniel.

Ele se aproxima.

-Talvez nos temos um problema.

-Que tipo de problema?-pergunta ela.

-Só tem um quarto.

-Ah não, então eu vou seguir viagem sozinha.

-Não Alice, Eu vou dá um jeito, não se preocupe.

-Você vai dormir no chão.

-A cama é de casal-Ele diz sorrindo.

-Mesmo assim, Você dorme no chão.

Ao contrário do Hotel Motel beira de estrada, o quarto era limpo e aconchegante.

Daniel fecha a porta do quarto.

-Acho que devo arranjar um cobertor pra mim forrar o chão.

-Se eu deixar você dormir na cama comigo, você promete não me tocar?-Pergunta ela.

-Do jeito que eu estou aqui é só cair na cama e dormir.

-Eu espero, Mas eu vou colocar um travesseiro entre nos.

-Tudo bem- diz ele- Vou tomar um banho, querida.

Ele entra no banheiro e liga o chuveiro.

Depois de vinte minutos Daniel sai só de toalha.

-Pode usar o banheiro agora, vou me vestir aqui no quarto.

Alice entra no banheiro e liga o chuveiro, deixando aquela água levar tudo de ruim que aconteceu com ela hoje.

Exceto conhecer Daniel.