Fade Away - Livro 2 (Romance Gay)

....Todas as coisas que deixei....

Augusto levantou depois da breve atualização sobre os anos em que Adam ficou fora, ele precisava voltar ao seu posto. Agora ambos na porta Adam se despedia.

- Mas por quê tá fazendo ronda por aqui? Pelo que eu entendi você fica mais com a área perto da escola agora, não é?

- Eu também não entendi bem as instruções, me falaram para ficar por aqui e falar com os moradores se viram alguma atividade suspeita.

- Suspeita como?

- Tipo alguém tentando invadir a sua casa ou a do vizinho. - Adam ri e dá um pequeno soco no ombro do outro.

- Eu deveria ter conversado mais com você antes, você é um cara bacana Augusto.

- Eu particularmente me acho melhor agora, cometi muitos erros principalmente com a Madson, talvez nosso encontro agora seja um sinal de que nossa amizade pode existir.

- Acho que tem razão. Enfim, boa noite, cuidado com o que seja lá o que esteja procurando.

- Tudo bem, boa noite. - Adam assente e após o oficial sair ele fecha a porta e vai para o sofá. - Uau quanta coisa aconteceu... Alice, Henry, Augusto... Guilherme, reitor de Eveline. Isso é como se eu estivesse num mundo paralelo. - Resmungou para si mesmo.

Decidiu que veria seus velhos amigos no dia seguinte, não sabia exatamente o que faria em relação as coisas que deixou para trás em Chicago mas tentaria tomar a melhor decisão no final. Levando Sky consigo para o quarto, Adam fez a higiene na pequena e em si mesmo depois que Sky decidiu que encerraria ali sua presença no dia. Deitou na cama com o pensamento na cena que vira noite passada, e na tarde anterior o beijo que Lorenzo lhe dera. Sua vida havia voltado a ser uma confusão.

........................................

A manhã seguinte começou para Guilherme como todas as outras, aquela terça-feira parecia como as outras, seria a abertura do segundo semestre das aula aquele ano e precisava discursar. Mônica havia permanecido na cidade desde seu último conflito com o Underwood mais novo, trouxe os negócios para mais perto então sua presença ali se tornou constante. Alstom havia se mudado para o Canadá, sua esposa e ele haviam concordado em fazer a mudança assim que Enzo saísse da cidade pois para Alstom, Lorenzo sempre foi como um filho. Guilherme estava pronto, o terno cinza escuro alinhado e o cabelo bem penteado, o perfume amadeirado na medida certa e um sorriso simpático.

- Bom dia meu filho. - Mônica surgiu nas escadas e deu um toque no ombro do outro como cumprimento.

- Bom dia... Ainda não tá pronta? Eu vou precisar sair mais cedo hoje, Eveline vai abrir o semestre e eu preciso chegar mais cedo.

- Não precisa se preocupar, eu vou num carro de aplicativo, ontem passei a noite acordada tentando terminar o planejamento de transferência de títulos para a UndersTower mas não consegui finalizar. Eu vou tentar terminar isso no escritório, o jurídico tá me enchendo a paciência com esse assunto.

- Eu simplesmente não entendi uma palavra do que você acabou de dizer. - Falou o filho mais velho.

- Esquece. Você... - Mônica é interrompida pela campainha que soa na porta da frente. - Quem será essa hora? É literalmente seis horas da manhã. - Ela encarava Guilherme que dá de ombros. Mônica arruma seu roupão e vai atender.

A surpresa fica estampada em seu rosto, a pessoa em sua frente não pareceu esboçar a mesma reação.

- Oi Mônica. - Falou Lorenzo.

- Filho, você... Quando voltou, por quê não disse nada?

- Eu voltei hoje, também não tava nos meus planos mas eu tive que que vir, tenho umas coisas para resolver. - Naquele instante Guilherme surge com sua bolsa em mãos.