O que Eu Sinto é....

218 15 0
                                    

- Me desculpe... Eu não... Sabia. - Adam se afasta lentamente, avista a caixa com Vodka em uma cadeira se apressa , pega duas e se corre para voltar para o bar.

- Adam, ESPERA!! - Enzo corre mas o barista havia sido mais rápido. Felina sai da dispensa e o encarava como quem estivesse esperando uma explicação. - Felina eu...

- O que tá acontecendo? - Perguntou a mulher. - Como você conhece o Barista?

- Ele... Ele era meu... Meu colega de escola, ele sumiu por anos, nós éramos muito próximos e... Eu não sabia o que havia acontecido ou onde ele estava.

- Ele parecia bem surpreso por ver você também. - Ela se aproxima e envolve os braços em volta do jogador. - Então você vai querer pensar no que o barista tá fazendo ou... Quer voltar de onde paramos? - Ela sorria.

Enzo parecia pensar, uma sensação o preencheu, sabia que aquilo era o efeito de ter vista Adam ali, talvez não conseguisse manter o mesmo fogo de antes mas tentaria, procuraria Adam depois. Tinha que manter as aparências para poder ter algum momento com Felina e possivelmente expor isso socialmente.

.....................................

Adam voltou e parou atrás do bar, Carlos o viu muito tenso, atendeu o último cliente e foi até o colega.

- Adam? Você tá bem? Parece que viu um fantasma.

Adam respirava um pouco rápido, havia voltado correndo e ainda não entendia bem o que tinha acabado de acontecer.

- Adam?

- Oi? - Voltou a si. - Eu... Eu tô bem, só... Isso não importa, a vodka já está ali, melhor voltarmos ao trabalho.

- Tem certeza?

- Tenho. - Adam pega um pano e volta a servir.

Algumas horas se passaram, a preocupação em ver Enzo ali havia passado. Até voltou a se divertir junto de Carlos.

- Então você canta? - Perguntou o rapaz.

- Canto, quer dizer cantava, eu não tenho praticado muito desde que eu abri o meu bar.

- Você também um bar, que ótimo, eu tava querendo abrir o meu próprio negócio também, mas ainda não sei muito bem no que focar. Tenho ficado muito tempo focado em não decepcionar meu pai.

- Decepcionar? Por que?

- Bom, ele não ficou muito feliz por eu ter feito a transição, sabe? E eu tenho tentado compensar isso realizando o sonho dele.

- Que seria?

- Ele é ótimo com madeira, sempre trabalhou muito bem, os móveis, peças e esculturas sempre foram muito bem desenvolvidas, eu até aprendi um pouco mas... Ele é incrível nisso. Ele sempre quis viver disso, aquela fábrica onde ele trabalha tirou anos dele e quando ele descobriu a marcenaria, foi o que ele precisava pra tentar da o próximo passo.

- Mas..?

- Mas ele não conseguiu arranjar uma oficina, os instrumentos que ele já tinha não era suficientes e o resto do equipamento era muito caro, ele se frustou, um sonho impossível e tudo ficou um pouco mais pesado desde que minha mãe se foi, então veio a transição e o resto você pode imaginar.

- Isso é triste cara, eu meio que tô na mesma, tenho muito problemas inacabados e...

- Por isso que você escolhe fugir deles? - Aquela voz ecoa atrás de si.

- Caramba! É o Lorenzo Underwood, cara você é um cestinha incrível, mandou muito na final da liga. Se puder pode me dar seu autógrafo? - Carlos ficou muito animado em vê-lo ali.

Fade Away - Livro 2 (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora