The Mysterious Butler - LinGyi

I

POV LAN JINGYI

- Poi, tornerò nel pomeriggio a prenderti. Assicurati di separare tutti i documenti e gli effetti personali necessari per questo ragazzo, Ruohan. Non osare usarlo per i servizi, voglio che sia disposto a lavorare nella palazzo, capiamo? - O homem alto e de meia idade olhava intimidador para o meu - agora - ex patrão. Ele parecia furioso, como se estivesse sendo obrigado a fazer algo no local, eu não entendia por seu idioma diferenciado.

- Certo, signore... - Senhor Wen Ruohan respondera em voz baixa e cautelosa, parecia temer irritar o outro a sua frente.

E eu, estava realmente, naquele momento, sendo vendido mais uma vez - não que isso ocorresse com frequência - mas eu não sabia se temia o que viria adiante ou agradecia, afinal, o lugar que eu me encontrava era simplesmente um inferno em todos os sentidos.

O senhor Ruohan não é um homem, é um monstro, por assim dizer. Me livrar dele foi sempre um desejo constante, mas agora, eu nem sabia o que pensar, afinal, o homem que acabara de fechar a porta com tremenda violência não me parecia nada bom ou contente com seu novo contrato. Temia o mais velho, mesmo que o citado nem sequer tenha direcionado um olhar à mim. Só simplesmente temia que pudesse ser até mesmo pior que o senhor Ruohan, pelo jeito.

- JINGYI! Não se finja de surdo ou fique ai parado, desça e vá arrumar suas coisas, tenho muito trabalho a fazer e um deles é procurar seus malditos documentos, inferno.

- Sim, senhor... - Me recuperei do pequeno transe que havia entrado em algum momento naquele local, assim me curvei diante do mais velho antes de ouvir suas mãos baterem forte contra - o que julguei sem olhar, ser - a mesa.

- Pare de gaguejar, SAIA DA SALA, AGORA! - O mais velho estava estressado, não ousaria pensar qual o motivo certo para causar tamanho descontrole alheio, apenas me retirei o mais rápido possível do local, em passos largos, assim, descendo ainda mais rápido as escadas enquanto ouvia em alto e bom som os objetos de vidro e metal colidir contra o chão e paredes do local que acabara de sair às pressas.

Eu não estava acostumado com o fato de ser vendido, dado ou até mesmo emprestado para servir outros locais, tais como; fazendas, chácaras, mansões ou o quer que seja. Diferente dos outros garotos e garotas que ali residiam comigo.

Eu era o único - não acostumado - com aquilo, afinal, quem iria se interessar em me comprar ou até mesmo mandar-me cuidar de suas coisas, quando Wen Ruohan fazia questão de dizer que eu não serviria nem mesmo para limpar pratos, e por assim dizer, todos acreditavam, é claro. Então ninguém ousava ou tinha coragem de arriscar em me escolher, como sempre.

Meus olhos estavam marejados, eu me sentia nervoso, prestes a entrar em um colapso por conta do medo e ansiedade que sentia naquele momento. Eu estava diante da porta do grande corredor que dava acesso aos inúmeros quartos que ali existiam, não ousei derrubar lágrima alguma, apenas ajeitei minhas vestes um tanto sujas pelo trabalho mais cedo e velhas pelo tempo de uso. Senhor Wen não era um homem de dar a seus servos, roupas ou sequer uma escova de dente, o que tínhamos era resultado de nossos esforços, dias e dias trabalhando duro, trabalho árduo para então merecermos pedir algo ao nosso patrão, mas, nada luxuoso, grande ou caro, somente o básico e necessário, como senhor Wen Ruohan ordenava.

Eu mal havia percebido meu mais novo transe diante da porta, deixei meus pensamentos de lado, não estava afim de ser pego naquele corredor desocupado novamente, eu tinha uma coisa a fazer, e essa era arrumar minha "mala" que não passaria de uma mochila com algumas roupas e itens necessários para uma boa higiene.

Apressei meus passos em direção ao "meu quarto" que eu dividia com mais três jovens, pedia às estrelas que meu amigo se encontrasse no local ou próximo dali, afinal, ele era responsável por arrumar todos os quartos do local. Naquele momento eu necessitava encontrá-lo antes de fazer qualquer outra coisa, ele não sabia de nada - era óbvio - com toda certeza nem passara na sua cabeça que um dia eu fosse comprado ou algo do tipo.

Era meu dever contar à ele, afinal, o mais novo era como um irmão para mim, ele com certeza surtaria, ninguém mais se preocupava comigo ali a não ser ele, afinal, Sizhui sempre fôra dócil e gentil comigo, sempre cuidara de mim, e eu por outro lado também não queria partir dali sem dar ao menos um abraço no outro.

Suspirei baixo ante de me dirigir até o dormitório, me decepcionando quando não encontrei o garoto ali, mordi levemente meu lábio inferior antes de adentrar o cômodo sem cerimônia ou ânimo, aquilo estava tão estranho, suspirei mais uma vez antes de passar minha destra levemente na cabeceira da cama do garoto, havia alguns enfeites pendurados ali, me perguntando onde aquele ser estava, precisava de mais um de seus abraços, só isso.

- Lan Sizhui... onde você se meteu?...