01-"não se preocupe"

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Carolina Voltan.

— BOM DIA MAMÃE, ACOLDA MAMÃE.

E é assim que eu acordo desde que ele aprendeu a falar, tudo bem que no começo eu acordava só com o choro, agora é só com gritos.

Eu sou tão abençoada por ter esse garoto.

— Bom dia Ander. – digo me sentando na cama — já escovou os dentes?

— Xim mamãe, o dindo me ajudou. — diz sorrindo para que eu veja. — Levanta mamãe, eu quero meu leite quente.

— Você é resmungão igual seu pai, eu já tô indo, calma. – passo por ele indo em direção ao banheiro.

— Mamãe, o meu livesário tá chegando, o papai vem? – essa pergunta... gelou a minha espinha.

— Eu não sei Ander, seu pai trabalha muito...— digo fazendo ele suspira e baixa a cabeça — Mas eu prometo, conversar com ele pra que ele arrume um tempinho, ok?

— Ok mamãe, vamos mamãe, eu quero meu leite quentinho. — diz puxando a manga da minha blusa, apresado igual ao pai.

Eu adoro as escadas daqui de casa, em casa degrau tem um desenho que o Ander fez.

Meu filho é totalmente a melhor coisa que já me aconteceu. Quando eu vi ele pela primeira vez, eu chorei, chorei tanto, afinal ele é meu filho, o meu maior bem.

O tanto que ele cresceu, o tanto que ele parece com o pai dele, eu que carreguei por 9 meses, e é com o pai que ele parece, puff.

— Bom dia Victor. – digo entrando na cozinha e indo em direção ao armário.

— Blom dia tio. – diz Ander tentando subir na cadeira, o que faz Victor o ajudar. – Bigado tio.

— De nada gatão do tio – diz Victor beijando a bochecha do mesmo. — Fico impressionado com o tanto que esse menino é lindo, meu deus.

— Você queria o que? É meu filho, tinha que ter a beleza da mãe né. – digo jogando o cabelo pro lado.

— Você consegue ser mais convencida do que o Arthur, impressionte. – diz se levantando da cadeira e indo em direção a sua mochila que está em cima do sofá.

—  Implica comigo, mas não vive sem me, que eu sei. – entrego a mamadeira com leite para Ander.

— Depois a gente continua essa conversa, agora tenho que ir pra escola, beijo neném do tio, tchau carulina.

Eu, Victor e Marcos, somos professores em uma creche aqui do bairro, mas como a gente tá de férias, Victor vai pra academia todo dia.

— Cadê os dindos, mamãe? – pergunta Ander com a mamadeira na boca.

"Pêlos barulhos que eu ouvi ontem de madrugada, eles devem está dormindo ainda"- penso

— Opa, tamo aqui. – diz Marcos dando um beijo na bochecha do mesmo e se sentando na cadeira do lado do mesmo.

— Bom dia coisa linda do dinda –
Milena dando um beijo na bochecha do mesmo e vindo em direção. — Carolina do céu, desde de cima dessa bancada agora.

— Ei, eu que sou a mãe aqui. – digo descendo da bancada. – Eu ouvi dona Milena, a noite foi boa em.

— Para com isso Carolina – murmura Milena, ela tá vermelha. — a gente tava só comemorando por eu te vencido aquele caso.

Milena é advogada, ela estava resolvendo um caso de uma mãe que teve as filhas tomadas pelo pai, pelo simples fato de ela não querer volta com ele.

— Parabéns mi, você é incrível – digo dando um beijo na bochecha das mesmas.

— Mamãe, eu terminei. – diz Ander balançando a mamadeira pra cima.

— Obrigada caro, agora eu tenho que ir, se eu me atrasa, meu chefe surta. – diz pegando as chaves do carro dela que estava em cima da pia.

— Tchau amor. – diz Marcos dando um selinho em Milena. — Caramba, eu tô muito apaixonado.

— Dindo, você bleijou a dinda? – exclama Ander, ele parecer chocado.

— Beijei, porque? – pergunta Marcos confusa, fazendo eu me segurar pra não ri, até porque Ander está muito sério, com as mãos em cima da mesa.

— Você não pode beijar a dinda, só namorados podem se beijar.– diz Ander balançando a cabeça.

— Mas eu sou noivo da sua dinda, eu posso beijar ela e eu também posso encher você de beijinhos nessas bochechas. – diz Marcos pegando Ander no colo e o enchendo de beijos.

Marcos, Milena e Victor, com toda certeza, são as pessoas que mais me ajudaram, me apararam quando fui expulsa de casa, me deram um lugar pra morar, compraram as coisinhas do Ander, resumindo: eu sou muito grata a eles.

— Carolina, a gente tem que conversar. – diz Marcos colocando Ander no chão, fazendo-me assenti.

Eu sei muito bem sobre o que ele quer conversar.

— Filho, vai lá pro seu quartinho – digo me abaixando ao seu lado e dando um beijo na bochecha do mesmo.

— Tá mamãe. – diz indo em direção a sala.

— Carolina, você prometeu que iria contar pro Arthur que ele é pai do Ander, quatro dias antes do aniversário de quatro anos dele.

— Eu sei, eu vou contar, eu só não sei como, ele mora na Austrália e eu aqui no Brasil.

— Não se preocupe, eu tenho o número dele.

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Notas da autora:

Pra um primeiro capítulo, até que não tá muito ruim, ou tá?

como será que a carolina vai contar?

I am a father? • Crusher Fooxi.Onde histórias criam vida. Descubra agora