Carolina Voltan.
— BOM DIA MAMÃE, ACOLDA MAMÃE.
E é assim que eu acordo desde que ele aprendeu a falar, tudo bem que no começo eu acordava só com o choro, agora é só com gritos.
Eu sou tão abençoada por ter esse garoto.
— Bom dia Ander. – digo me sentando na cama — já escovou os dentes?
— Xim mamãe, o dindo me ajudou. — diz sorrindo para que eu veja. — Levanta mamãe, eu quero meu leite quente.
— Você é resmungão igual seu pai, eu já tô indo, calma. – passo por ele indo em direção ao banheiro.
— Mamãe, o meu livesário tá chegando, o papai vem? – essa pergunta... gelou a minha espinha.
— Eu não sei Ander, seu pai trabalha muito...— digo fazendo ele suspira e baixa a cabeça — Mas eu prometo, conversar com ele pra que ele arrume um tempinho, ok?
— Ok mamãe, vamos mamãe, eu quero meu leite quentinho. — diz puxando a manga da minha blusa, apresado igual ao pai.
Eu adoro as escadas daqui de casa, em casa degrau tem um desenho que o Ander fez.
Meu filho é totalmente a melhor coisa que já me aconteceu. Quando eu vi ele pela primeira vez, eu chorei, chorei tanto, afinal ele é meu filho, o meu maior bem.
O tanto que ele cresceu, o tanto que ele parece com o pai dele, eu que carreguei por 9 meses, e é com o pai que ele parece, puff.
— Bom dia Victor. – digo entrando na cozinha e indo em direção ao armário.
— Blom dia tio. – diz Ander tentando subir na cadeira, o que faz Victor o ajudar. – Bigado tio.
— De nada gatão do tio – diz Victor beijando a bochecha do mesmo. — Fico impressionado com o tanto que esse menino é lindo, meu deus.
— Você queria o que? É meu filho, tinha que ter a beleza da mãe né. – digo jogando o cabelo pro lado.
— Você consegue ser mais convencida do que o Arthur, impressionte. – diz se levantando da cadeira e indo em direção a sua mochila que está em cima do sofá.
— Implica comigo, mas não vive sem me, que eu sei. – entrego a mamadeira com leite para Ander.
— Depois a gente continua essa conversa, agora tenho que ir pra escola, beijo neném do tio, tchau carulina.
Eu, Victor e Marcos, somos professores em uma creche aqui do bairro, mas como a gente tá de férias, Victor vai pra academia todo dia.
— Cadê os dindos, mamãe? – pergunta Ander com a mamadeira na boca.
"Pêlos barulhos que eu ouvi ontem de madrugada, eles devem está dormindo ainda"- penso
— Opa, tamo aqui. – diz Marcos dando um beijo na bochecha do mesmo e se sentando na cadeira do lado do mesmo.
— Bom dia coisa linda do dinda –
Milena dando um beijo na bochecha do mesmo e vindo em direção. — Carolina do céu, desde de cima dessa bancada agora.— Ei, eu que sou a mãe aqui. – digo descendo da bancada. – Eu ouvi dona Milena, a noite foi boa em.
— Para com isso Carolina – murmura Milena, ela tá vermelha. — a gente tava só comemorando por eu te vencido aquele caso.
Milena é advogada, ela estava resolvendo um caso de uma mãe que teve as filhas tomadas pelo pai, pelo simples fato de ela não querer volta com ele.
— Parabéns mi, você é incrível – digo dando um beijo na bochecha das mesmas.
— Mamãe, eu terminei. – diz Ander balançando a mamadeira pra cima.
— Obrigada caro, agora eu tenho que ir, se eu me atrasa, meu chefe surta. – diz pegando as chaves do carro dela que estava em cima da pia.
— Tchau amor. – diz Marcos dando um selinho em Milena. — Caramba, eu tô muito apaixonado.
— Dindo, você bleijou a dinda? – exclama Ander, ele parecer chocado.
— Beijei, porque? – pergunta Marcos confusa, fazendo eu me segurar pra não ri, até porque Ander está muito sério, com as mãos em cima da mesa.
— Você não pode beijar a dinda, só namorados podem se beijar.– diz Ander balançando a cabeça.
— Mas eu sou noivo da sua dinda, eu posso beijar ela e eu também posso encher você de beijinhos nessas bochechas. – diz Marcos pegando Ander no colo e o enchendo de beijos.
Marcos, Milena e Victor, com toda certeza, são as pessoas que mais me ajudaram, me apararam quando fui expulsa de casa, me deram um lugar pra morar, compraram as coisinhas do Ander, resumindo: eu sou muito grata a eles.
— Carolina, a gente tem que conversar. – diz Marcos colocando Ander no chão, fazendo-me assenti.
Eu sei muito bem sobre o que ele quer conversar.
— Filho, vai lá pro seu quartinho – digo me abaixando ao seu lado e dando um beijo na bochecha do mesmo.
— Tá mamãe. – diz indo em direção a sala.
— Carolina, você prometeu que iria contar pro Arthur que ele é pai do Ander, quatro dias antes do aniversário de quatro anos dele.
— Eu sei, eu vou contar, eu só não sei como, ele mora na Austrália e eu aqui no Brasil.
— Não se preocupe, eu tenho o número dele.
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Notas da autora:
Pra um primeiro capítulo, até que não tá muito ruim, ou tá?
como será que a carolina vai contar?
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I am a father? • Crusher Fooxi.
Fiksi Penggemarvolѕнer| ❝onde Arthur descobre que é pai.❞ ɪ. ᴄᴏᴘʏʀɪɢʜᴛ ʙʏ @sᴡᴇᴇᴛɪᴇʟʏɴɴ ɪɪ.ᴠᴏʟsʜᴇʀ (ᴠᴏʟᴛᴀɴ ᴀɴᴅ ᴄʀᴜsʜᴇʀ) ғᴀɴғɪᴄᴛɪᴏɴ.