Remember me? •Jensoo•

- 11

Depois de um tempo, está na hora de contar certas coisas que me fizeram pensar todas as vezes antes de dormir: Jennie havia me beijado, mas nunca tocava no assunto; Rosé parece estranha com ela e Namjoon.. nem me fale e Lalisa após a descoberta anda tão tristonha, será que ficar feliz ao lado de Jennie és tão ruim assim?!

E cá estou eu, cansada fisicamente e mentalmente, olhando o teto como se fosse a melhor e mais bonita obra de arte de um museu, não sei a quanto tempo estava nessa posição mas sei que não tive tempo para pensar nisso e sim no meu real problema: Jennie. Os momentos do shopping daquela vez sempre vem atona, tanto Rose quanto Lisa escondiam algo supremo de mim, e ambas acham que eu não sei. E nem me fale de Jennie, que tem dias que fica estranha e outras como se eu fosse a coisa mais preciosa de sua vida, mas eu não me faço de vitima pois até agora nunca dei um passo sequer para mudar essa situação. Posso parecer meio trouxa por isso porém tomo esse tempo para pensar em mim e nela, eu sozinha ou acompanhada irei desvendar essa merda de mistério que andam fazendo pra cima de mim.

— Jisoo? — Lisa abre a porta finalmente tirando minha concentração daquele teto branco e sem vida — cacete você tá mal.

— Obrigada por falar algo óbvio. Era só isso?

— Claro que não! Trouxe comida para você sua morta-viva. O que anda com você? 

— Ah, só a faculdade que está pondo pressão demais. — Menti, sozinha ou não eu irei resolver essa situação.

— Certo... mas é só isso mesmo?

— Por que se preocupa? — A olho com desdém, sei que é burrice isso que faço, mas em minha cabeça, me afastar um pouco de cada uma e tentar ser um pouco mais independente vai ajudar no final de tudo.

— Porque nós somos amigas?! Não está na cara?

— Ok, por enquanto é só. — Aceno com a cabeça para que ela saísse, mas pareceu não perceber — por acaso quer falar mais alguma coisa?

— Você está estranha. 

— Oh... eu que estou? Não são vocês não? — Estava começando a me alterar e isso não era nada bom.

— Olha, esquece. — E se põe ao lado de fora do quarto, me deixando mais segura e confortável. Deixei até um suspiro de alivio sair. E aproveitei para me trocar, para onde vou? Fazer uma surpresinha.

[...]

Não havia dito antes, mas voltamos a morar só eu e Lalisa naquele apartamento, Rose financiou e negociou uma casa por aqui no bairro, não tao longe e eu achei a ideia ótima. conviver com uma pessoa que não trás confiança só irá trazer males. Eu já andava pelas ruas com as mãos nos bolsos de meu casaco um tanto grande em mim, com minhas botas da cor do mesmo e uma calça preta, fazia frio aqui fora.
Toco na campainha da nova residência de Jennie com esperanças de ser ela a atender-me mas falhei ao dar de cara com Roseanne.

— O que faz aqui?

— É assim que recebe visitas?

— Oh.. — parece ter ficado sem jeito, talvez tenha motivos. — entre. Veio ver Jennie? Porque se for isso ela não est-

— Vim falar com você. — Digo de forma direta, estava começando a me chatear por ser a última a saber dessas coisas que andam acontecendo. Ela pareceu ficar apreensiva, mas nada disse me dando oportunidade de continuar — sabe, eu não confio mais em você desde que me deixou sozinha com Jennie em seu antigo apartamento. Que ela disse que era mau com ela e não falou o motivo; agiu estranho logo após e nem sequer entrou em contato comigo depois. Por acaso sabia que ela era molestada por aquele infeliz?!

— O QUE?! Claro que não! Droga Jisoo você nem sabe o que fala! E eu não sou ruim com ela, ela apenas não gosta dos remédios e dificu-

— Que remédio? 

— Você não viu nenhum papelzinho quando estava naquele apartamento? 

— Não... e ela não me falou nada. — Rose parece ter ficado tensa, seus ombros ficaram mais pesados — ela deveria?

— Se tivesse falado seria bom demais... ela toma remédio regulamente.

— Para que?

— Memória, Jisoo. Dor de cabeça, estresse...

— Espere como assim? — Ela balançou a cabeça em negatividade, parecendo buscar uma certa coragem.

— Eu queria evitar essa conversa,juro. Mas essa é a realidade... Jennie tem perda de memoria recente após um acidente em sua infância que causou a morte de sua própria mãe. 

PUTA QUE PARIU.