Parecia mais um dia normal e monótono na minha vida, e se eu soubesse oque aconteceria algumas horas mais tarde, não teria levantado da cama. Acordei mais cedo do que gostaria, com o único beneficio de conseguir olhar Sara dormindo tranquilamente antes do alarme tocar, com nossas vidas agitadas trabalhando na policia não temos realmente um tempo para isso, mas hoje é um dia especial, no jantar de hoje pedirei Sara em casamento. Enquanto ela dorme vou preparar o café, não demora muito pro alarme tocar, mas pelo menos o café já estava pronto. Quando estou colocando o café nas xícaras para levar no quarto Sara aparece atrás de mim e me da um beijo no pescoço. "Bom dia, Alec"
-Bom dia, dormiu bem?
-Acordei algumas vezes durante a noite, como sempre... mas no geral dormi sim.
-Que bom, acho que estamos um pouco atrasados, mas queria pelo menos te fazer o café para perguntar algo super importante.
-Eu não acabei a necropsia no corpo do caso da garota, Alec, hoje com certeza acabo.
E isso talvez seja a pior coisa em ter um relacionamento com alguém do local de trabalho, o trabalho vindo pra casa e estragando o café com assuntos sobre necropsias... ou talvez sejam os seminários sobre conflitos de interesses no trabalho, ou ter que avisar o RH...
-Não, Sara, não era disso que eu queria falar. Queria perguntar se você conseguiu a noite de folga pro jantar de comemoração do nosso 6° aniversário...
-Eu sei Alec, eu só estava tirando uma com a sua cara, o capitão me deu a folga sem nenhum problema, acho que estava de bom humor.
O capitão não é um cara muito humorado, na verdade. Provavelmente deu a folga pelas inúmeras horas extras que fazemos, mas decido não contraria-la, afinal, não é muito legal falar coisas negativas sobre o pai de alguém logo cedo enquanto ela toma café. E como o capitão humorado não tolera atrasos, precisamos nos arrumar logo para ir trabalhar. Sara é legista na polícia, e eu trabalho na parte de CSI, ajudando nos casos de campo coletando evidências e dando um parecer inicial para que os detetives investiguem o caso. E é ai que entra uma das coisas boas de ter um relacionamento com alguém do trabalho, nós podemos ir juntos, e começamos a trabalhar no mesmo horário. Durante a viagem no carro discutimos sobre o lugar do jantar de hoje, e ao chegar na delegacia, sou recebido por Jason quase que na porta, com um expressão não muito satisfeita. "Bom dia Alec, esqueceu o despertador de novo? Nós temos uma ocorrência". -Ele consegue ser muito parecido com o capitão humorado, talvez seja pelo fato de ser filho dele. Jason é meu parceiro de trabalho, irmão de Sara e meu melhor amigo, ele já trabalha na polícia a algum tempo, com seu pai sendo policial, decidiu seguir o mesmo caminho e depois de muito esforço para ser reconhecido, hoje é considerado um dos melhores detetives da corporação.
-Bom dia Jason, também estou bem, obrigado por perguntar. -Eu falo enquanto vou entrando na delegacia, quase que sem parar.
-Ah, foi mal Alec, só estou empolgado com esse caso, você precisa ver que bizarro. -Jason fala, vindo atrás de mim com um copo de café da Starbucks.
-Tudo bem, eu só preciso passar no laboratório e pegar algumas coisas, não vou demorar.
Depois de pegar minha maleta de equipamentos e antes de sair do laboratório me pego olhando novamente para as fotos do caso de Mayara Dohaney, a garota que estragou meu café da manhã. O caso não fazia o minimo sentido, as testemunhas dizem que ela levou muitos tiros e só morreu depois da quinta bala, e o pior, um policial que estava atirando nela! ela tinha uma bala na cabeça e 4 no peito. Por que um policial mataria ela? Dizem que ela o atacou, mas todas as testemunhas dizem que o policial estava do lado da viatura apenas comendo seu Donut. Eu já vi pessoas odiarem donuts e odiarem policias, mas nunca havia visto alguém matar por isso. De qualquer forma, que efeitos uma garota de 24 anos com 45 kilos poderia ter contra um policial a ponto de fazê-lo atirar várias vezes? A necropsia informou que ela fazia uso de drogas, mas a droga não foi encontrada em nenhum de nossos registros, porém Sara garante que hoje consegue me dar uma melhor conclusão sobre que tipo de droga a garota usou. Sai da delegacia e encontro Jason já está me esperando dentro do carro, quando entro ele me atualiza sobre o caso.
-4 homens, estavam armados, acreditam que foi uma briga de gangue entre os mexicanos e os colombianos, até aí tudo bem, mas você vai adorar essa: 3 deles estão com mordidas no corpo.
-Mordidas? Essa cidade só fica melhor.
Depois de recolher os projéteis, comparar com armas de operações anteriores sobre o caso dos carteis, nós vamos até os colombianos para fazer algumas perguntas. Jason sabe fazer perguntas, isso é oque o torna um bom policial, chegando no bairro ele os cumprimenta como se fossem amigos, a empatia de Jason pela comunidade é oque faz as pessoas gostarem dele, é um dos poucos policiais na corporação que realmente se importa com a população. Mas apesar de toda sua empatia, nós sabemos que mais tarde vamos ter que prender esses caras, estamos a um tempo na luta contra os carteis de drogas da cidade, com testemunhas e flagrantes, mas eles tem um bom advogado... algumas armas foram recentemente encontradas, e eles só não estão presos porque um deles fez um acordo por imunidade total em troca de informações que pode nos ajudar a derrubar não só um cartel, mas vários, e com mais informações talvez até seja possível chegar nos distribuidores de algumas drogas novas, que são mais perigosas do que as que já estão nas ruas. Depois de todo o papo furado com eles, Jason finalmente chega na parte tensa, as informações.
-Tony, encontramos projéteis que correspondem com algumas de suas armas que foram apreendidas antes em uma cena de crime.
-Quem morreu dessa vez? -Pergunta Tony com um tom de ironia
-Mexicanos, 4 deles, ontem. Nós sabemos que foram vocês, então é melhor contar a verdade.
-Ah, cara! A noite ontem foi louca, escuta, vou te mandar a real, aqueles filhos da puta mataram um de nossos fornecedores e roubaram toda a mercadoria, nós fomos tirar a satisfação e eles estavam usando algumas drogas, pareciam a nova que todos estão chamando de Prita, então descemos do carro e tudo tava caminhando pra um tiroteio, até que um deles começou a morder os outros filhos da puta e do nada já estavam os 4 loucos, a gente meteu bala e depois metemos o pé dali.
A história era doida, mas batia porque nós realmente encontramos três pessoas mordidas, mas nós não tínhamos provas e Jason inventou a parte das armas, na verdade os projeteis não batiam com as armas que nós apreendemos antes, então apenas dizemos que eles tem que passar na delegacia em até 24 horas pra gente arquivar a história toda no sistema. Quando chego na delegacia vou direto pro meu laboratório onde tenho um quadro com todos os acontecimentos ligados a esses casos bizarros e sem explicação, mas que aparentemente tem uma conexão. Estou sentado na minha cadeira olhando as fotos quando Sara bate na porta.
-Alec, você não vai acreditar, uma das drogas que encontramos no corpo de Mayara bate com as que estavam no corpo do mexicano que mordeu os outros.
-Você acha que os crimes tem ligação?
-Até agora, somente nas drogas, elas são mais fortes que as demais, o que podem deixar as pessoas mais loucas ainda, talvez tenha um efeito alucinógeno muito grande, mas ainda preciso fazer mais testes.
-Temos que achar onde essa droga é produzida antes que o estrago seja maior.
-Tudo bem, tenho mais algumas análises para fazer, mas... o jantar de hoje... ainda tá de pé?Pego o meu casaco, vou até a porta e beijo ela. "Claro". Desço as escadas e a delegacia está uma bagunça, muitos telefones tocando e policiais correndo para todo lado, fico olhando tuo sem entender até que Jason me chama: "Alec, a cidade está um caos, temos múltiplos telefonemas dizendo que pessoas estão mordendo umas as outras". Assim que ele termina de falar nas portas da delegacia entra uma mulher desesperada arrastando um homem.
-Vocês precisam me ajudar, esse homem levou vários tiros, e eu estou perdendo ele, acho que posso estabiliza-lo, mas preciso da ajuda de vocês. -O homem era muito gordo e tinha uma mordida enorme no braço. Assim que vamos ajudar a estabiliza-lo, uma coisa muito doida acontece: ele levanta e tenta morder a mulher como estivesse louco, muito parecido com um... zumbi
Notas Finais do Autor
Gostaram? Essa é uma estória que estou reformulando, então talvez demore pra postar os capítulos, comenta ai oque acha que vai acontecer e se gostou deixa um voto, que ajuda bastante!

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The Undead (os mortos-vivos)
Tiểu Thuyết ChungAlec é um policial que tem tudo oque sempre desejou, trabalho dos sonhos, amigos, sua mulher, dinheiro e tudo que precisa. Mas seu mundo está prestes a mudar drasticamente quando uma droga modificada faz com que pessoas virem nada mais nada menos qu...