The Undead (os mortos-vivos)

Desavença

Trocamos turnos durante a noite, para evitar sermos surpreendidos por ataques zumbi, mas todos conseguiram dormir bem por sermos um grupo grande e Sete tomar a maioria dos turnos, os turnos foram em duplas, mas como Sete que escolheu, não foram escolhidos por quem se dava mais bem com quem, e o meu par era ele. No começo da madrugada ele mandou que eu fosse dormir que ele assumia o turno, e ele o fez. Pela manhã quando me levantei, somente ele estava acordado, me disse que íamos sair logo, então fui acordar os outros. Quando todos já estavam de pé com tudo pronto, arrumamos nossas coisas e decidimos sair. Mas ouvimos um barulho vindo lá de fora:
-Que romântico querido! Não podia ter melhor presente que esse!
-Seria melhor se as crianças não estivessem com a gente...
Corro para ver pelo olho mágico e lá está uma família com roupas de praia um pouco estampada demais e pouco protegida pra um apocalipse zumbi, a mulher que diz que é uma viagem romântica só pode ser maluca, pois ele a esta trazendo para uma boate, no meio de um apocalipse zumbi e ainda por cima com os filhos juntos, mas tudo bem, ela é extremamente magra e está usando uma blusa rosa e uma saia azul com um chinelo florido e um chapéu bem grande, o marido é gordo, parece um homem rico, mas hoje está trajado para férias, ele está usando uma blusa com flores, um short de praia, um boné e um chinelo também, além dos óculos de sol, do lado deles tem dois meninos gordinhos gêmeos eles são loiros com cabelos lisos e as roupas que usam são quase idênticas com a do pai, com a exceção de que mesmo crianças, já usam um número maior que ele, a diferença é que eles não usam óculos e nem chapéu.
Nós resolvemos nos esconder, é só uma família? É, mas nós estamos na porcaria do apocalipse e acho que todos estamos meio desconfiados com o histórico de pessoas aparecerem, e se transformarem logo depois. Desligamos as luzes e esperamos eles entrarem. Quando entram nós colocamos armas nas cabeças dos pais e outros levam as crianças de perto. Ligamos as luzes e o pai parece quase se borrar de medo.
-Que..quem são vocês?!
-Nós que perguntamos, oque vocês querem aqui?
-Nó..nós só.. só.. estamos aqui para passear
A mulher grita:
-Por favor, não nos machuque!
Sete passa por uma porta que dava para um lugar onde se estocam coisas da boate e vendo a situação, grita com a gente:
-Vocês são malucos? apontando armas pra uma família, seus patifes? Que grupo idiota que fui escolher! abaixem essas armas, agora! Bobocas..
Nós abaixamos as armas depois de realmente vermos que estávamos pegando pesado demais., mesmo assim é esquisito ver Sete tomar partido e ser gentil com estranhos, quer dizer... um dia atrás ele incentivou uma garota a se matar! Não da pra ler esse cara.
-É.. nós já estávamos nos preparando para sair, então aproveitem o lugar -Jason fala e ainda joga um saco cheio de nuggets para o homem e diz -Ah, e fiquem espertos, estamos em um apocalipse!
-Nós sabemos... estávamos procurando um lugar seguro e onde pudéssemos aproveitar também, até agora não encontramos nenhum monstro, então acho que estamos indo bem.
Todos estamos prontos para sair e quando vamos entrar na Van nos damos conta de que ela está suja de sangue e toda quebrada do ataque dos internos de Antoni, o casal está atras da gente e diz:
-Olha, nos não vamos precisar do jipe por agora, então podem ficar! -Eles jogam a chave para nós e Maze pega.
Não acho que devemos tirar o único meio de locomoção de uma família em um apocalipse zumbi mas nós não temos escolha. O jipe não é muito grande então ainda vamos usar a Van, Maze, Claire e Lorena vão no jipe enquanto eu vou dirigindo a Van, Sete e Baldir vem do meu lado e Jason e Antoni vão ficar atrás.
Vamos todos entrar nos devidos lugares e Sete sai puxando Baldir, eu não sei porque, mas me incomodo com aquilo, paro Sete com um toque e pergunto:
-Você diz que somos idiotas por mirar em casais, mas puxa um pobre coitado todas as vezes desse jeito, se ele é tão importante você devia tratar ele melhor!
Sete me ignora e vai voltar a andar quando eu seguro o braço dele:
-Você está a ponto de morrer, garoto. Não brinque com a sorte.
-Posso estar a ponto de morrer, mas não vai ser você que vai ter o mérito de me matar.
-Eu avisei.
Ele tira sua arma do coldre e tira todas as balas deixando apenas uma, ele gira e diz:
-Vamos ver a sua sorte.
O próximo passo faz eu quase morrer de susto, porque ele atira, a bala não dispara, mas meu reflexo faz com que eu tire a minha arma e coloque em sua cabeça. Minha arma é automática e puxar o gatilho só resulta na morte dele, eu digo:
-Agora vamos ver a sua sorte.
Jason aparece e abaixa minha arma.
-Eiii! senhores, vamos ter mais calma, todos precisamos de todos aqui! Somos um grupo! Então deixem suas diferenças e entrem na maldita Van!
Acho que me deixei levar pela adrenalina... mas esse cara é louco. Todos vão para os lugares combinados. Antes de entrarmos na Van Baldir diz:
-Que putaria..
Quando entramos Sete me manda algumas direções e depois para de falar, eu diminuo a velocidade:
-Para onde agora?
As coordenadas voltam a ser faladas no rádio dele e ele me indica que devemos ir para um aeroporto e depois de lá, rumo ao laboratório onde Baldir vai virar um rato de testes.
No caminho ouvimos barulhos na parte de trás da Van, Jason deve estar brigando com Antoni, provavelmente por o cara tentar puxar assunto demais, acho que Claire falando suas teorias o tempo too não era tão ruim, afinal de contas. Será que ele não sacou que não gostamos dele por tratar mal os pacientes da clínica que tinha? E como que pra quebrar o silêncio Baldir diz:
-Eu acho que eles estão fazendo coisinhas!
-Cala a boca! -Sete e eu falamos quase que em uníssono.
Depois de mais um tempo andando escuto um barulho... É música alta! Olho para trás e vejo que vem do jipe, onde as meninas se encontram, isso pode atrair zumbis, ou até mesmo curiosos, vou parar a Van para avisa-las.

Mas já deu problema. Atrás delas tem três motos de caras barbudos e gordos com casacos de couro e estão com correntes. Por que essas bizarrices continuam aparecendo para nós? As meninas estão em apuros e nós precisamos ajuda-las!

Notas Finais do Autor

Como prometido, segundo capítulo do dia

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