Aquela reunião a distancia com seu superior naquele projeto tinha tudo para acontecer de modo perfeitamente normal, bem, era o que Marinette pensava antes de Adrien abrir a câmera.
Adrinette / Também postada no Spirit Fanfics
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— Certo! — Marinette soltou, enquanto olhava-se no espelho do quarto. Ajeitava o cabelo de diversas maneiras, passando a mão com fluidez pelos fios longos e preto-azulados. Respirou várias vezes, e então voltou a se focar no próprio reflexo. — É só uma reunião de rotina! É só concentrar que dá certo.
Era um tanto irônico ela dizer aquilo para o próprio reflexo, usando apenas a camiseta social sobre o sutiã rendado e apenas uma calcinha, estando completamente livre de qualquer vestimenta inferior. Ela não tinha a mínima intenção de colocar calças ou shorts, afinal, Adrien viria apenas sua parte superior, e estava demasiado quente para que ela se vestisse com roupas pesadas e acolchoadas.
Também, seria o que? Quinze minutos para decidirem alguma coisa? É! Não demoraria muito, e ela tampouco se levantaria.
Adrien viria somente seu rosto embonecado, fim. Nada mais, nada menos.
Então, o alarme do celular soou. Era o momento daquela reunião. Respirou fundo, ajeitou a camiseta escura e andou em direção a escrivaninha. Se sentou, ajeitou a postura e então desviou o olhar para o mouse do laptop. Demorou poucos minutos para se conectar no Hangouts, a plataforma escolhida pela Gabriel para futuras reuniões naquele tempo de trabalho a distância.
— Coragem, garota! — Murmurou para si mesma. — É só uma chamada de vídeo com um colega de trabalho gostoso.
Sim, ela admitia sem um pingo de vergonha: Adrien Agreste era um tremendo gostoso que chamava sua atenção, além de ser politicamente correto com ela, mesmo que soltasse algumas provocações mínimas em alguns momentos. O loiro de olhos verdes era filho de seu chefe, que trabalhava em um dos setores da empresa. Adrien – como CFO – controlava todos os gastos da empresa, e com uma nova coleção a caminho, Marinette havia sido a escolhida para apresentá-los a Adrien naquela comum quinta-feira.
O nervosismo bateu quando ela o enviou o pedido de chamada por vídeo. Ele – por sorte ou destino - já estava online. Novamente, encarou o horário para se certificar que não estava atrasada. Para a própria surpresa, estava adiantada.
O pedido perdurou por instantes, Marinette pensou que não obteria respostas. Estava quase clicando no ícone vermelho para cancelar a chamada quando ela foi aceita de modo repentino, e a cena que se seguiu fez com que arregalasse os olhos, surpresa.
— Marinette?
A figura bonita de Adrien Agreste fora exposta na tela, sem camisa e com uma toalha branca envolta na cintura. Os fios loiros pendiam molhados em direções opostas, bagunçados, porem acrescentando um charme na visão divina que era o maior. Ele parecia curioso.
E a Dupain-Cheng apertou as coxas uma nas outras, um tanto desejosa.
— Uh... b-bom dia... senhor Agreste!
Adrien acabou rolando os olhos.
— Só Adrien está bom.
— C-Certo... — Perdeu a fala, sem saber o que dizer. Adrien continuou confuso.
— Eu... posso te ajudar?
— Sim! Te-Temos uma reunião hoje! Bem... — Ela fez uma careta um tanto envergonhada. — Agora para ser exata.
O olhar do Agreste tornou-se longínquo, ele pensou por instantes e logo levou uma das mãos ao rosto, apalpando a face graciosa e rindo maroto.
— Desculpe, droga! Esqueci disso. — Ele suspirou. — Você... pode esperar que eu... coloque uma roupa melhor?
— Não tenho problemas se quiser ficar assim.
Marinette rumorejou em um tom baixinho, quase sem perceber, porém, logo viu o sorriso um tanto tendencioso que adornou o rosto do homem.
— O que disse?
— Que te dou todo o tempo do mundo, podemos... remarcar se quiser.
Adrien apenas meneou a cabeça, puxando a cadeira e sentando-se nela. Marinette sentiu-se sem folego por um par de instantes.
— Acho que prefiro resolver tudo agora. — Ele sacudiu os ombros. — E como disse que não tem problemas caso eu queira ficar assim... acho que prefiro, está quente hoje, não acha?
— Demais. — Marinette quis se abanar, mas acabou entrando naquele jogo que havia começado. Dedilhou a camiseta de linho, desfazendo os primeiros botões da camiseta social. — E essa camisa é um porre de tão quente.
Ela percebeu-o se ajeitar na cadeira, sorriu com uma certa manha enquanto fingia não ver os seios elevados pelo sutiã meia taça. Puxou o próprio portifólio largado no canto da escrivaninha e o abriu, antes de olhá-lo novamente.
— Vamos falar sobre números?
Ouviu o suspiro do loiro, que abriu um sorriso amarelo.
— Claro, números.
Adrien murmurou, um tanto contrariado, afinal... os únicos números que ele queria ter naquele momento era o do celular daquela garota.
