Pov. Mikey WayMinha cidade. Ela não era nem um pouco como agora na época de minha infância. Bem, começando, ela era bem bonita. Uma cidadezinha com vistas bonitas, localizada na Califórnia, que era bastante pacata e aconchegante.
Eu lembro que quando eu tinha por volta dos meus 7/8 anos, minha mãe levava eu e meu irmão para uma parte mais separada da cidade, onde não haviam muitas casas e nem comércio. Era lindo, a vista era incrível e eu e Gerard adorávamos brincar pelas rochas desgastadas e o por do sol sobre nós. Quando chegávamos todos sujos em casa, nos arrependíamos tremendamente por sujarmos nossas roupas. Nosso pai não é bem um homem muito gentil, mesmo naquela época, ele já tinha seus princípios de vida perfeita e suas exigências era bem severas sobre nós, principalmente sobre meu irmão.
Gerard era um garoto meio diferente dos outros da cidade, na verdade, meu irmão parecia não se encaixar com nenhum garoto do mundo. Ela era extraordinário: ele adorava desenhar, expressava o que sentia em suas telas e rabiscos com diversas cores e esfumados; amava comics, revistas em quadrinhos e filmes geeks sempre lhe deixavam animados; cantava incrivelmente bem, mesmo não fazendo muito isso por vergonha; e por ultimo, e o que mais diferenciava Gee dos demais garotos de Battery City, ele tinha fascinação em usar roupas femininas.
De meias ¾ até roupas íntimas, Gerard achava maravilhoso como ficavam em si e o quanto se sentia bem com elas, o único problema era, nosso pai. Como disse anteriormente, ele não é a pessoa mais compreensiva do mundo, nem sequer chega perto disso, e como exemplo do que falo, vou lhes contar o que houve quando ele descobriu sobre as roupas afeminadas do meu irmão.
Acabávamos de chegar do colégio, Gerard novamente estava com seus dedos e grande parte do rosto cheios de grafite, mas mamãe nem lhe repreendia mais, não valia a pena já que ele sempre voltava da mesma maneira.
Sentávamos a mesa como uma família de comercial. Todos sorrindo, felizes, tomando suco de laranja e comendo algo de muito boa aparência. Papai geralmente chegava por volta das 16 horas em casa, por isso, Gerard tinha liberdade para estar com seu vestido branco dado pela mamãe, em segredo, no seu aniversário.
Quando eu e Gerard lavávamos a louca distraidamente e conversávamos sobre nossas aulas, a porta da frente se abriu, mas infelizmente só percebemos ao escutar a maleta do patriarca da família em contato brusco com o chão. Ele havia chego mais cedo, e Gerard não tinha se trocado.
—O que porra é essa, Gerard Arthur Way? –Disse nosso pai furioso vindo em nossa direção. Eu não podia deixar ele chegar em Gerard, não sabia o que teria acontecido se não me colocasse na frente do homem irritadiço que quase avançava sobre o garoto de vestido.
—Pa-Pai, eu posso explicar... –Gerard tentava dizer, estava assustado e lágrimas podiam ser vistas quase transbordando de seus olhos.
—Michael, saia da frente dele agora. –Eu não obedeci, sei que isso o deixaria mais irritado, mas assim ele não poderia encostar em Gerard.
—Mik-O que está acontecendo aqui? -Mamãe chegou na cozinha confusa, logo ficando assustada por ver o marido em casa com a expressão raivosa para os filhos.
—Você sabia disso?! Que Arthur usa roupas femininas?! -a mulher abaixou o olhar, então ele havia descoberto. Não tinha mais nada que ela poderia fazer, mesmo sendo uma mãe incrível, ela também tinha medo do mais velho na casa.
—Então você sabia... Eu quero você fora da minha casa, e quem não gostar pode se retirar também. Não quero uma bicha como filho. –Com tais palavras ele saiu do cômodo e subiu as escadas. Mamãe foi até Gerard e o abraçou.
—Sinto muito, meu querido. Vou falar com sua vó, hum? Ela vai deixar você ficar lá, não se preocupe meu bem, oh deus... –Ela estava arrasada, lágrimas agora enchiam os olhos dela assim como os de meu irmão.
Foi assim que terminamos nossa última noite com a família toda reunida. Mamãe depois falara com dona Helena, que após xingar meu pai de todas as formas imagináveis, aceitou de braços abertos e sorriso no rosto, Gerard em sua casa.
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Drogas E Amor
FanfictionDe mãos dadas, dois dos assaltantes caminhavam confiantes entre os policiais e civis assustados, um deles vestia roupas pretas desgatadas, e mesmo um pouco menor que o outro, tinha um ar dominante e um sorriso assustador em seu rosto. Já o outro, us...