Capítulo 6 - A meia-noite (Final)

1K 95 81
                                    


Akasuna Sasori estava com uma cara de alguém que não estava entendendo absolutamente nada, nem poderia, afinal, aquela já não era mais sua cunhada mas sim outra coisa que possuía seu corpo, eu diria que o próprio diabo. Eu reconheceria aquela faísca maldosa e sedutora que brilhava no fundo dos olhos da bela jovem Sakura em qualquer lugar, sem sombra de dúvidas era Toji possuindo o corpo dela.

- Você deve estar cometendo algum engano senhor Uchiha. - corrigiu.

- Será mesmo? - questionei sorridente desviando meus olhos do homem ao meu lado para a alma no fundo das órbitas esmeraldinas da jovem Sakura, ela estava lá, em algum lugar coagida pela fúria que dominava seu corpo pequeno, Toji.

- Meu caro, nunca o vi antes em toda minha vida! Me chamo Sakura, não Toji! - Repreendeu-me. Eu decidi então entrar em seu jogo promíscuo era o mais sensato a se fazer.

- Oh! Me desculpe beja jovem realmente eu devo ter cometido sim algum engano. Permita-me começar de novo. Me chamo Uchiha Sasuke muito prazer. - ela assentiu me fitando intensamente

- Me chamo Akasuna Sakura. Muito prazer. - disse. Ela me estendeu sua mão delicada segurei-a firme e me curvei em um gesto de cavalheirismo, encostei minhas narinas na superfície delicada e macia do torso de sua mão feminina, e o cheiro sutil associado a uma textura lisinha me fizeram arrepiar involuntariamente, foram uma fração de segundos mas, o suficiente para fluir um misto de sensações por todo meu corpo ao tocar meus lábios naquela pele onde senti meu corpo formigar.

- A senhorita é alguém admirável, claramente alguém que preza pelos costumes tradicionais e religiosos de Saint, John ouvi falar muito bem. - me ergui fitando-a continuamente, Toji estava maculando a alma daquela pobre garota, a minha meta a essa é jogá-la contra a parede para exprimi-la desse corpo que não a pertence. Mas eu teria de ser paciente.

- Oh, sim, claro. Mas ultimamente eu estou um pouco mais recolhida em casa, quero poder descansar muito bem antes de retomar meu trabalho voluntário na paróquia.

- Entendo. Hoje mais cedo conversei com o pároco local Dom Kakashi e ele tem sentido muito seu afastamento senhorita.. Você tem algum motivo em particular, que a levou a essa decisão? - questionei, aparentemente ela não estava tão à vontade. Akasuna Sasori por vez interveio.

- Presumo que este não é um bom momento para se discutir. O porquê de Sakura ir ou deixar de ir à Igreja só diz respeito a ela. Vale lembrar, ela não tem essa obrigação realmente. É uma noite de festa, de propôr negócios, vamos encerrar este assunto. - Sasori estava estranhamente incomodado com minha aproximação na sua cunhada, ele estava de olhos fixos nela. Estava com ciúmes e uma inquietude evidente, àquela altura da noite eu só me perguntava onde estaria sua esposa. Provavelmente presa em algum quarto... Talvez.

- Não vejo problema algum em falar um pouco sobre preceitos da Igreja. O senhor mesmo sabe mais do que ninguém o quão importante isto é para a economia local, bons fiéis são sempre bons pagadores de impostos! Pelo visto altíssimos... Além do mais, sei que a senhorita Sakura gosta de discutir sobre o assunto. - O olhar desafiador de Sasori só demonstra sua irritação eminente por vezes escondida atrás de uma armadura fria e imparcial, o anfitrião estava passando tempo demais em uma única roda de convidados, os chefes de estado logo notariam aquele comportamento anormal talvez suspeito do chefe da família Akasuna. - Não estou certo, senhorita? - questionei para ela que me parecia calma demais, o cinismo sempre foi uma qualidade irritante em Toji mas que eu sempre deixei correr solto.

- Concordo plenamente com o senhor Uchiha. - seu sorriso estava bastante sugestivo algo que não passou despercebido aos olhos do nobre Akasuna, isso estava deixando a postura do homem de ferro por vezes explicitamente abalada.

Sodoma (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora