Capítulo 1

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Amores em breve mais postagens de ASP.

Capitulo 1

Cristiana Petroni

Nunca pensei que minha vida mudaria tanto que, de repente ficaria sozinha no mundo sem meus pais. Acordar em uma cama de hospital, sozinha pra saber que meus pais haviam morrido e que por milagre eu sobrevivi não me trouxe grande felicidade, eu era apenas uma criança sozinha e assustada. Não estou reclamando em ter sobrevivido, mas em todo aniversário da morte deles eu me perguntava a mesma coisa, por que eles morreram e eu sobrevivi? Hoje faz dez anos que eles morreram. Fui criada por o meu tio Nash que ficou como meu tutor ele sempre esteve ao meu lado fazendo me sentir querida, ele sempre falou que com o tempo a dor iria diminuir. No meu caso ela nunca iria diminuir, ela sempre estaria em mim. Acabei indo morar como o tio Nash em sua casa devido a sua tutela, ele era legalmente o meu responsável. No começo foi difícil sem minha mãe para conversar, sem ter com quem conversar, pois tio Nash viajava com frequência e me deixava com Célia á babá. Mas ele sempre compensava quando viajávamos em férias, e com o passar do tempo algo foi se transformando dentro de mim. E o sentimento que eu tinha por meu tio foi mudando. Ele não é meu tio de sangue, e sim amigo de meus pais e um parceiro de negócios. Sempre levava presente pra mim quando ia a minha casa, acabei o chamando de tio já que eu não conseguia falar seu nome.

Mas em nossa última viagem tudo mudou, ele convidou a Elza que segundo ele era uma amiga. Comecei a ficar com ciúmes. Ela só ficava pendurada no braço dele e ria feito uma hiena, meu mundo acabou ,quando eu fui ao seu quarto em uma noite avisar que não iria jantar com eles e ouvi os gemidos dentro do quarto, sai correndo de lá e fui para o meu quarto pensando o porquê de estar tão triste por ouvir o meu tio, o meu Nash sim por que ele era meu, transando com aquela vagabunda e foi nesse dia que passei por minha primeira desilusão amorosa, simplesmente por ter me apaixonado por meu tio. Passei a noite inteira chorando e, decidindo o que faria da minha vida. Já havia terminado o colégio, e teria que decidir o que fazer. No outro dia tinha decidido minha vida. Arrumei minha mala e fique em meu quarto, pronta pra briga que iria ser.

No dia seguinte voltamos pra casa. Elza me olhava com cara feia por ter interrompido as férias mais cedo. Era muita cara de pau dela as férias eram minhas, dei uma desculpa de que minha sinusite tinha atacado, claro que tio Nash acreditou. Meu nariz e meus olhos estavam vermelhos. Ele como sempre muito atencioso e eu querendo fugir daquela vadia. Não sabia até quando conseguiria esconder ate que eu falasse com ele sobre minha decisão. Claro que ele percebeu e quis conversar.

- Cris há algo errado? Está sempre trancada no quarto, não fica mais a noite jogando cartas comigo. - ele pergunta sério.

- Sim. - respondo firme, ele senta ao lado da cama enquanto estou sentada a minha escrivaninha com o not ligado no meu e-mail - Tio Nash, eu resolvi estudar em Nova Iorque e vou trabalhar na filial de lá. - falo com calma.

- Como assim, você vai pra Nova Iorque estudar e ainda trabalhar na empresa? - ele pergunta nervoso, coisa que nunca o vi.

- Isto mesmo tio, vou estudar e vou trabalhar na empresa está mais que na hora de me envolver nos assuntos das empresas Petroni.

- Você não vai pra Nova Iorque. - era o que eu esperava, ele bravo por minha decisão de ir.

- Eu não estou pedindo permissão pro senhor estou comunicando minha decisão de ir, já tenho idade para decidir o que é melhor pra minha vida. - sinto meu coração partindo e apertando de tanta dor por saber que eu mesma estava colocando um fim as minhas ilusões.

- Menina o que aconteceu pra você tomar essa decisão assim de repente? Você não falou que iria esperar decidir realmente o que você gostaria de fazer? Eu estou preocupado, deixá-la em uma cidade tão grande como Nova Iorque? - faço de tudo pra não cair no choro na sua frente.

- Vou ficar no apartamento que o papai mantinha lá para as férias.

- E como sabe que eu não vendi o apartamento? - ele pergunta com uma sobrancelha erguida.

- Por que conheço você e não venderia o apartamento sem falar comigo. - estou por um fio para desabar em lágrimas.

- Minha pequena me fale o que está errado com você? Sei que há algo, apenas não sei o que é. - ele fala vindo me abraçar e por um momento de fraqueza eu me deixo levar-me por estar em seus braços e digo o que descobri, o que estava guardado em meu coração esse tempo todo que nem eu mesma sabia.

- Eu te amo Nash. - ele fica em silêncio.

- Eu também te amo minha pequena. - ele me aperta mais em seus braços e beija meus cabelos e sinto meus olhos queimar pelas lágrimas não derramadas.

E entre idas e vindas e apenas encontros rápidos e passageiros em casa ou em Nova Iorque, a onde, aprendi a administrar parte de minha empresa, passou-se cinco anos. Cinco malditos anos de solidão e crescimento em todos os sentidos da minha vida. Deixei o corpo adolescente, pra trás, transformado por muito exercício físico e controle alimentar. Mantive-me ocupada em cursar a faculdade e projetar cada passo da estratégia da conquista do meu homem. Por que, estas visitas ocasionais que ele fez à sua garotinha, evitando o máximo de contato, estavam com os dias contados. Me aguardem, Brasil, estou voltando!

Volto para a realidade como som do meu celular tocando, e pela musica, é a Tatá, ela ama a musica Listen da Beyoncé e acabei colocando como toque do meu celular, pra quando ela ligasse.

- Olá, Cris minha flor. Como vai a vida no campo meu docinho? - escuto ela gritar do outro lado da linha, Tatá é uma das minhas melhores amigas. Ela e a Luana viraram minhas irmãs, desde o primeiro dia de faculdade, apesar de sermos empresárias cada uma atua em um ramo deferente. A Tatá tem uma empresa de publicidade, enquanto a Luana era do ramo editorial e já eu, atuo no ramo de transportes seja ele aeroviário, marítimo ou rodoviário, somos as empresárias mais novas no Brasil, claro, que devido a nossa herança deixada por nossos pais.

- Olá Tatá eu estou bem, e você? - falo tentando soar alegre.

- Estou mais ou menos, mais vou ficar ótima quando nos encontramos a noite no Em Chamas, e beber todas e nos acabar naquela pista de dança, e não vai me dizer não, porque eu já mandei o meu piloto lhe buscar, de helicóptero. - ela toda empolgada, nem me deixa argumentar. Desde que voltei nos encontramos toda sexta feira a não ser quando estamos em viagem e mesmo assim fazemos um tremendo esforço para poder manter nossa amizade. Talvez seja isso que eu precise para me animar, já que eu cheguei a casa, e o tio Nash estava viajando e não tinha dia certo para chegar segundo a Bá, a governanta que esta lá desde que me mudei para a fazenda do tio Nash. Ele prefere morar em uma fazenda e trabalhar em casa, viaja quando precisa resolver algo em nossas empresas. Nós temos uma sociedade, ele e meu pai começaram a sociedade ainda jovem e claro que meu avô e o pai do tio Nash fez um empréstimo para eles começarem a empresa que agora é maior empresa em transporte no Brasil.

- Tudo bem, você falou com a Lulu? - somos o trio-parada-dura e para causar é conosco mesmo.

- Ela estava em reunião quando liguei, ela tem reunião na Itália marcada, não vou conseguir falar com ela. Mas hoje, eu preciso beber pra esquecer os problemas. - Ela fala com voz cansada, Tatá vem de uma família de militares, seu pai, Irmão e Irmã foram ou são militares, ela foi à única que quis seguir os passos da família de sua mãe uma empresaria sensacional.

- Então o que nos resta é encher a cara e nos acabar em uma pista de dança. - Esqueço dos meus problemas e digo com entusiasmo, para animar minha amiga.

Amor sem Pecado (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora