Para onde vamos agora? (Romance LGBT/Ficção)

Capítulo 18: Equipe

^ Trabalho em equipe ^

《Narrado por Nicholas》

O início do pôr do sol é onde meu destino começa, hoje irei viver para contar a todos o quão bravo fui, ou morrerei tentando pegar informações necessárias para salvar a vida de vários... deixarei minha marca no mundo, serei um herói! Um herói que está se borrando de medo, mas mesmo assim sigo sendo um herói! E enquanto um ser vivo ainda se lembrar do meu nome, eu sentirei que minha missão foi cumprida, terei me arriscado por esse mundão a fora sem arrependimento algum, me chamo Nicholas Machado e esse é o meu provável adeus.

Baixo a cabeça depois do pequeno discurso, meus olhos fecham e a respiro fundo, isso tudo é demais para meu cérebro processar de forma rápida, esse pode ser meu último dia na terra, eu não consegui viver nem metade do que eu queria aqui na terra é muito doloroso.

- não é hora de ter um ataque de ansiedade batatinha - escuto a voz suave e dou um sorriso levantando minha cabeça devagar, guiando minha visão até a tela do computador onde estava a imagem da minha irmã com olhos cheios de lágrimas - Nick, eu não sei expressar o quanto eu sinto ódio de mim mesma agora olhando para você nessa situação.

- não fica assim, não foi culpa sua, eles te sequestraram para salvar sua vida, não podiam arriscar entrar lá e ir buscar por um garoto que provavelmente estava sendo devorado por um alienígena maligno, nenhum de nós dois sabíamos o que estava acontecendo com o mundo naquele momento, o que importa é que você está viva, e em um local seguro - me seguro firme para que as lágrimas não caiam.

- eu não quero te perder Nicholas, eu prometi a nossos pais que iria te proteger a todo custo, e no dia de sua prova de vida ou morte, eu estou praticamente a um contingente de distância - ele diz colocando a mão no rosto e começando a chorar mais.

- se eu sobreviver a isso, eu te prometo que irei fazer de tudo para ir te encontrar o mais rápido possível, eu te amo irmãzinha, você é incrível, é a mulher mais forte que já conheci em toda a minha vida e é um exemplo para mim e com certeza para muitos outros - digo sorrindo novamente.

- feliz aniversário irmãozinho - a garota diz ao abaixar a cabeça.

- eu preciso ir agora, já está escurecendo, vamos torcer para que amanhã eu esteja aqui falando com você novamente - respiro fundo e ela concorda com a cabeça.

- eu te amo - dizemos ao mesmo tempo e eu desligo o chat.

- não nos disse que hoje era seu aniversário - a voz de Jackson ecoa na sala, olho para o lado e vejo os meninos na porta, pela primeira vez em todo esse tempo em que estamos juntos, nunca vi eles tão tristes, sem certeza do que fazer, sem o olhar de vontade de fogo, eles estão tristes, apreensivos, angustiados.

- não podemos ter distrações ou coisas assim - passo as duas mãos nos olhos limpando as lágrimas e levanto da cadeira - olharam se o plano está indo bem? Se tem erros?

- olhamos, está exatamente do jeito que ele deixou para nós - Chris diz vindo em direção a mim e me abraçando - você não precisa fazer isso.

- eu preciso sim, são projetos que aquele homem vem criando já tem meses e meses, é o nosso dever fazer com que esse plano funcione e pegar informações sobre eles - digo ao me soltar do abraço e começar a andar em direção à sala.

18:30, esse é sempre o horário em que eles chegam, o horário em que a luz amarela já tem ido embora, o horário em que suas peles suportam andar em nossa terra. Falta exatamente meia hora para o início do plano, o nervosismo vem a tona, a ansiedade ataca, a respiração vai mudando aos poucos, caem algumas lágrimas e eu permaneço de pé, sem arma alguma na mão, olhando em direção aos prédios da cidade esperando que o primeiro deles apareça.