-MOSTRE-SE JÁ SUA RAPOSA MISERÁVEL! - Grito com toda a minha raiva -QUEM TE DEU O DIREITO DE INVADIR ESSE LOCAL SAGRADO?-
A raposa aparece em meio a fumaça e me olha com um sorriso travesso. Apertei o bambu em minhas mãos e olhei bem nos olhos dela.
-Me encarando desse jeito, vai até me deixar apaixonado.- Pronunciou a raposa.
-Pare com seus joguinhos infantis e vá embora! Não me faça jogar sal em você.- Pego um pote com sal de purificação.
-Ah tola mortal, acha que esse sal inútil irá me deter?- Ria histericamente.
Assim que abro o pote para jogar um punhado de sal nele, o mesmo some em nuvens brancas, eu respiro aliviada e me sento no chão.
"Aquela raposa, aquela maldita raposa, por que ela passou a implicar tanto com o templo?" Era a única coisa que me vinha a mente.
Algumas semanas se passaram e nada daquela raposa ou qualquer outro tipo de confusão, nem mesmo tive notícias de Seiji e eu já estava começando a ficar preocupada. No dia seguinte o céu estava aberto e decidi que iria ver Seiji denovo.
Preparei minha mochila e segui para a trilha logo de manhã, quanto mais eu me aproximava do topo da montanha, mais eu sentia um mal pressentimento o que me fez apertar ainda mais o passo e chegar o mais rápido possível.
Ao chegar no portão do vilarejo fui surpreendida pelos guardas que logo barraram minha passagem.
-Identifique-se -Um dos guardas se pronunciou.
-Mi-Midori, amiga do Príncipe Seiji.- Disse um pouco sem jeito.
-Ah, a jovem senhorita que salvou nosso Príncipe.- O outro guarda abaixa a lança.- Sinto muito por essa recepção, estamos em uma época "cinza" em desavenças com um outro clã, por isso estamos dobrando a segurança. Por favor entre e seja bem vinda.-
Agradeci e adentrei no vilarejo indo diretamente para o palácio de Seiji e logo pedindo para Fujihiro o chamar, porém o mesmo disse que Seiji estava em uma reunião séria e que só terminaria daqui a duas horas, agradeci pela informação e disse que iria aguardar.
-A senhorita poderia me ajudar com alguns pequenos afazeres no vilarejo enquanto espera meu senhor?- Diz o mesmo com um sorriso sereno.
-Mas é claro que sim.- Sorrio para o mesmo.-"É bom que o tempo passa mais rápido"- Digo em meus pensamentos.
Passei boa parte do tempo ajudando Fujihiro com a colheita e distribuindo ao povo do vilarejo, as crianças que habitavam lá eram encantadoras e sempre nos transmitiam alegriam e serenidade. Quando engim volto com Fujihiro para o grande salão escuto vozes gritando.
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Flores de Cerejeira
RomanceMidori uma garota gentil e alegre, foi deixada num templo quando bebê, os monges que moravam la cuidaram e criaram ela, muitos anos depois Midori já estava crescida e decidiu fazer uma caminhada até o topo de uma montanha perto do templo. Mas na met...