O Prisioneiro de Jongno | [Taekook]

𝓓𝓮𝔃

Kim Taehyung não acreditava em nenhuma palavra que saía da boca de Park Jihyo, mas a custo de que uma garota contaria tantas mentiras? Tinha que aceitar que sim, seu pai era um homem com um histórico de criminoso. Ele é um criminoso. Não entendia como sua mãe aceitava esse tipo de coisa ou será que ela não tinha ciência de nada? Bom, isso era possível.

Depois do relato de Jihyo, Taehyung decidiu que ele, junto aos amigos, deveriam encaminhar todas as testemunhas e possíveis provas para as autoridades da polícia e o chefe da polícia. E foi o que fizeram durante três dias.

Seonghwa tentou ter acesso à algumas papeladas de forma que ele não fosse suspeito. Jihyo ajudou ao prestar seu depoimento e o seu pai também. Já os amigos Jimin e Hoseok tentaram conseguir alguma informação dos pais por serem de famílias ricas e de terem possíveis contatos com o rei. E havia Jungkook, que ficou ali, o tempo todo com o príncipe.

Ambos estavam se conhecendo e iniciando uma jornada curiosa de autoconhecimento. O príncipe tinha se apaixonado por Jungkook, pelo jovem plebeu ao qual fora injustiçado e não se arrependera.

Enquanto era aberta uma investigação contra o rei e a notícia rolava solta nos assuntos do que diz respeito à família real, ambos estavam no jardim real, na companhia de Yepee e afastados de todos.

- Sabe, Jungkook, você tem despertado algo diferente em mim, que eu não sabia que era possível sentir. Me sinto estranho às vezes. - Ao seu lado, o jovem plebeu sorria sem graça, tímido, mas sentindo o coração aquecer, pois também sentia o mesmo pelo príncipe.

- Eu sinto o mesmo, alteza. Gosto de como você me trata e imagino como seríamos bons juntos. - O príncipe sorri.

- Seria mais fácil se fôssemos livres para ficarmos juntos, mas isso não é possível, já que sou o príncipe e preciso de uma princesa. - Jungkook assente.

- O que você acha de Jihyo? Ela seria uma ótima futura rainha, não é? - Taehyung anua na direção do garoto.

- Você tem toda razão, com certeza, além de bonita, Jihyo é independente e inteligente. - Jungkook assente.

- Deveria conversar com ela. - O príncipe nega.

- Mas eu gosto de você, não dela. - Jungkook procura a mão do príncipe e toca a região, acariciando, entrelaçando seus dedos nos dele.

- Não temos como ficar juntos, mas será que não temos mesmo como ficarmos juntos? - O plebeu insiste.

- Até daria, mas descobririam sobre nós, Jungkook. - O príncipe abaixou o olhar e observou ao longe, olhando a água do lago e em seguida as folhas das árvores balançando por conta do vento.

- Case com Jihyo e me mantenha em segredo. - Taehyung achou que tinha ouvido errado e olhou para Jungkook.

- Você não pode falar estar falando sério. - Jungkook assentiu.

- Ah, eu estou sim, case com ela e nosso relacionamento é guardado a sete chaves. Para disfarçar, faça com que eu fique dentro da casa real e trabalhe lá, é o único jeito. - Taehyung achou que fosse enlouquecer.

- Você suportaria me ver com Jihyo? Isso não tem o menor cabimento, Jungkook, não tem como. - O plebeu nega com a cabeça e se aproxima do rosto do príncipe.

- Você fez a justiça para mim, me soltou, eu salvei a sua vida, não há nada no mundo que me faça sair do seu caminho, estou pronto para fazer o que for, ficar com você sobre qualquer circunstância. Eu sou seu, alteza! E Jihyo pode ser uma amiga maravilhosa para nós, só precisamos conversar com ela e ver se ela aceita. - O príncipe assentiu.

- Sua ideia é maluca, ela terá que abrir mão de muitas coisas, mas independentemente do que ela escolha, eu aceito. Eu te aceito, Jungkook. - Taehyung toca no rosto de Jungkook e fecha os olhos, prestes a tocar seus lábios nos dele. Quando finalmente o fez, entrou em combustão. Seu primeiro beijo, tão suave e quente. Apaixonante. Seria o necessário para todas as inspirações de seus poemas por toda a sua vida. Jungkook realmente é seu grande amor e não há como fugir. - Eu te amo.

- Eu também.

Durante o ato, alguém pigarreou atrás deles. Era Seonghwa.

Taehyung e Jungkook se desvencilharam e o príncipe sorriu na direção do servo.

- Você nunca viu nada, ok? - O jovem assente e sorri.

- Certo, alteza. Mas agora é um pouco urgente. O rei está sendo levado à polícia para depoimento e sua mãe está desesperada.   - Taehyung olha para Jungkook e segue Seonghwa.

- Fique bem. - Jungkook pediu e o príncipe assentiu.

A mãe de Taehyung estava desesperada à frente da hanok real.

- Filho! O seu pai está sendo levado pela polícia! - O príncipe, sem remorço e emoção conforta a mãe.

- Nós precisamos conversar, mamãe. Papai não é bem o que parece, eu reuni junto com algumas testemunhas, documentos e depoimentos que incriminam ele por corrupção e um... assassinato. - A rainha olhou incrédula na direção do filho e do servo.

- Mas... Como? Eu não soube de nada. - Taehyung negou.

- O meu ataque, foi por causa dele que tudo aconteceu. Eles afirmaram no ataque algo sobre contra o Estado e o papai cometeu um ato de corrupção. - A rainha tapou a boca com as mãos e ficou chocada.

- Não pode ser possível! - Enquanto a mãe lamentava, o rei fuzilava o olhar na direção do filho, balbuciando algo como "traidor".

A notícia correu na cidade e só se falava nisso. O rei estaria na prisão até o final da vida.

Diante do protocolo constado em lei, Kim Taehyung assumiria o posto de rei, enquanto Park Jihyo, de rainha. Sim, ela havia aceitado a condição do romance entre dois garotos, contanto que ela ficasse livre para poder viver um romance com alguém na hanok real.

Os amigos de Jungkook conseguiram trabalhos dentro da hanok real. Seokjin como cozinheiro, Yoongi como adestrador de cavalos e Namjoon como segurança, mudando suas vidas por completo. Enquanto isso, Jimin e Hoseok, amigos de Taehyung, passaram a visitar a família real com frequência.

A mãe de Taehyung apoiou o filho ao saber do romance com outro homem, apesar de ter negado de início e entendeu Jihyo e suas vontades também. Enquanto Taehyung amava cada dia mais o seu novo segurança Jungkook,  Jihyo confiava fielmente e se apaixonava cada dia que passava pelo servo Seonghwa.

Praticamente com todas as suas vidas modificadas, os membros da família real, como qualquer outra, tinham seus segredos, mas estes estavam mantidos e enquanto isso, o antigo rei pagava por todos os seus crimes.

Fim