CAPÍTULO 8

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Milla

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Milla

Cinderela às avessas.

— Claro, querida, esteja linda para mim! — Escuto o meu chefe dizer ao telefone assim que abre a porta do escritório.

— Eu preciso desligar, val. Tchau, um beijo! — Encerro a minha ligação também e me ponho de pé encarando o meu chefe que tem um olhar especulativo sobre mim.

— Você ainda está aqui? — Ele pergunta o óbvio e só então me dou conta de que o meu horário já acabou.

— Pois é, eu estava falando com a Valentina ao telefone e não vi a hora passar — minto. A verdade é que ainda estou desestabilizada com o ataque gratuito de Hélia contra mim. Quer dizer, eu já sofri bullying antes por causa da minha cor e até mesmo dos meus cabelos, mas confesso que isso nunca me afetou de verdade, até porque eu me amo exatamente do jeito sou, amo a minha essência, a cor da minha pele, o meu cabelo crespo. Ser apontada pelos outros nunca foi um problema para mim. Pelo menos não até hoje. Tem algo em Hélia que me causa arrepios. Aquela garota é dissimulada e eu posso sentir a força da sua raiva gratuita em cada palavra que sai da sua boca.

Eu só não entendo o porquê, a final, eu nunca fiz nada contra ela.

— Está tudo bem? — Matheus pergunta me despertando dos meus devaneios. Eu devia entregar aquela megera de uma vez, mas não... não vale a pena.

— Não, está tudo bem. — Forço um sorriso para ele. — A Val me pediu para levar rosquinhas recheadas para casa. — Desconverso e ele sorri.

— Crianças! — resmunga com humor. — Não vejo a hora da Angel começar a falar e a me pedir essas coisas.

— Pois é!

— Eu já estou de saída para casa, Milla e você já pode ir também se quiser.

— Claro! Eu tenho mesmo algumas coisas da faculdade para fazer, então...

— Ótimo! — Ele se afasta e caminha para os elevadores e eu me prontifico de desligar o computador e de organizar alguns documentos dentro do armário de arquivos. No entanto, me perco em meus próprios pensamentos. Se não fosse o Senhor Rios entrar naquela copa naquele exato momento juro que teria esbofeteado a cara daquela imbecil até ela pedir penico. Rio por dentro. Acho que estou ficando maluca. Meneio a cabeça negativamente e tento espantar para longe de mim aqueles minutos de raiva. Assim que termino, pego a minha bolsa e o meu celular, e envio uma mensagem para a minha irmã.

... Indo para casa mais cedo. Que tal uma macarronada a bolonhesa para o jantar?

... Isso seria perfeito!

... Ótimo! Vou passar no supermercado e comprar algumas coisas.

... Vê lá, hein, não se esquece das rosquinhas!

... Pode deixar! Rola um filme essa noite?

... Nem pesar, estou atolada de trabalhos da faculdade.

15. Coração Pevertido - RETIRADA 1° DE SETEMBROOnde histórias criam vida. Descubra agora