Cruel

Prologo

Oi gente! Então, essa é a primeira história que escrevo para esse site, e eu gostaria muito de contar com o apoio de vocês. Então se vocês gostarem me deem biscoito por favor! 

Queria agradecer a @gsoline por sempre me ajudar, me dar aquelas dicas e me inspirar... 

Espero de verdade que vocês gostem... é isto <3 

*****

Los Angeles não era exatamente o local perfeito para seu fim, não era nem de longe o que tinha planejado, mas foi o mais perto que chegou de lar desde os seis longos anos de sua fuga. Estava exausta, mas não havia outra maneira de fazer aquilo, era uma luta por sua vida, só sentia muito que tivesse envolvido tanta gente nesse jogo doentio. Uma escolha, e foi o suficiente para que a aspirante mais brilhante da máfia inglesa fosse cortada da lista como se não fosse nada, e sua cabeça fosse posta a venda.

Respirou fundo buscando a calma, não era o momento para pensar nisso. Não importava todos os problemas que a seguiam lá fora, ali, ela só tinha um objetivo e iria cumpri-lo mesmo que ele custasse sua vida.

Os lábios vermelhos sugaram o canudo provando do sabor meio amargo da bebida em sua mão, seus olhos vasculharam o lugar novamente com atenção, olhando cada homem e torcendo para que conseguisse blefar. Seus amigos estavam espalhados pela boate, os olhos atentos e armas bem escondidas.

Um homem alto de estatura magra e lindos cabelos negros se sentou a sua frente com olhos cor de âmbar curiosos. Ele balançou a cabeça sorrindo descrente e olhou a volta como se procurasse algo.

– Ok, qual a pegadinha? – questionou como se esperasse que uma câmera aparecesse dizendo que ele tinha sido pego em algum programa ruim de humor.

Mas o que ele não sabia, é que não havia nenhuma piada ali, aquilo era extremamente sério, e se tratava de vida ou morte.

A mulher a sua frente apenas ergue as sobrancelhas, e sugou novamente o líquido em seu copo, mantendo a pose de superior a todo custo. Claro que isso enfurecia um homem como aquele, estava acostumado a ser atendido por mulheres, a tê-las clamando por sua atenção, e não a lidar com uma que parecia o menosprezar e pior assumia uma postura de controle, como se estivesse acima dele.

– Cadê seu chefe espertinha? – questionou o moreno cruzando as mãos sobre a mesa e se inclinando em direção a mulher.

Ela soltou o canudo que prendia entre os lábios com um leve estalo, e abriu um sorriso debochado no rosto o deixando atordoado.

– Esse é o problema de vocês homens. – respondeu negando calmamente com a cabeça enquanto afastava o cabelo do rosto. – Sempre acham que é outro homem quem está no controle, fere o ego de vocês imaginar que uma mulher pode exercer um papel de poder, e ser até mais bem sucedida que vocês.

Os olhos do homem se estreitaram em desconfiança, e suas mãos se fecharam em busca de controle, foi breve, mas não tanto para que passasse despercebido aos olhos atentos da mulher. Talvez aquela fosse a maior diferença entre os dois, enquanto o homem a sua frente claramente seguia seus instintos e estava acostumado a exercer o poder por todo lado sul da cidade, aquela mulher vinha de anos de treinamento a sangue frio, preparada para situações bem piores que aquelas.

Para ele, as coisas vinham fácil, sua atitude deixava claro que estava acostumado e ver todos baixarem a cabeça, mas ela não. Lutou para ser quem era, lutou para ter algum reconhecimento, e aprender na marra que jamais abaixaria a cabeça pra outro homem na vida.

– O que você quer? – perguntou bruscamente, já estava de saco cheio do olhar superior da mulher sobre si. – Não tenho tempo pra papo furado.

Não importa quem ela achava que era, estava na hora de saber que estava na área dele, na boate dele, e ali não tinha qualquer autoridade. Tirando isso, por mais atraente que fosse, nenhuma meretriz entrava em seu ambiente e agia como se pudesse ser superior a ele.