Capítulo 4

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Depois de uma viajem de quase 4 horas, cheia de conflitos e silencio desconfortante, eles finalmente chegaram em Las Vegas, e um certo sentimento de alivio e esperança preencheu aquele carro, e a ideia de ser ver livre de tudo o que tem acontecido nas ultimas vinte e quatro horas, nunca pareceu mais real.

Eles procuraram a delegacia mais perto, do outro lado da rua eles estacionaram mas não saíram do carro. Por um breve momento Ben e Ally ficaram em silencio, imóveis, olhando para a delegacia, uma mistura de sentimentos preencheu os dois que simplesmente não paravam de pensar em tudo o que tinha acontecido.

Por fim eles olharam um para ou outro. Seus olhares diziam tudo o que precisavam, mesmo pelo pouco tempo de convivência, e mesmo sem saberem como, não precisavam de palavras para dizer o que queria, o simples ato de olhar um para o outro era o suficiente. E naquele momento, eles diziam que estava na hora, que tudo ia ficar bem se continuassem fazendo o que estavam fazendo.

Tudo o que tinham que fazer era ficar juntos até o final!

Eles saíram do carro, atravessaram a rua, pararam em frente a delegacia, inspiraram fundo e entraram.

Dentro do delegacia estava uma confusão, muitas pessoas gritando, policiais fazendo anotações e levando pessoas algemadas para dentro. Apesar de toda a confusão ele conseguiram chegar ate o balcão para fazer sua denuncia, o policia que estava no outro lado variava em gritar e fazer anotações.

Ele possuía os cabelos curtos e castanhos bagunçados, sue corpo não aparentava ser muito musculoso e sua pele estava claramente bronzeada em um tom avermelhado, que indicava que ele passou um bom tempo no sol sem protetor solar. Seu uniforme estava igualmente bagunçado e tinha uma bolsa escura embaixo dos olhos, que deu a entender que ele tinha ficado de plantão e não tinha ido para casa ainda. Aparentava ter 20 a 30 anos e sua mesa estava toda bagunçada com papei, arquivos e sacolas salgadinhos chips.

- Ah com licença

Disse Ally chegando perto do balcão com a voz um pouco mais alta que o normal. Mas o homem não deve ter a escutado ja que continuou fazendo o que quer que estivesse fazendo.

- EI! PODE NOS AJUDAR - Desta fez que falou foi Ben, gritando para que o policial o escoltasse.

- A CAPELA E A 3 QUARTEIRÕES DAQUI! - Disse o policial sem nem olhar para eles.

- NÃO! NÃO É ISSO! NOS QUEREMOS... - Disse Ally começando a ficar irritada.

- AS CAPELAS FUNCIONAM SIM, NAO E UM CASAMENTO FALSO! SE QUISEM A ANULAÇÃO DEVEM IR ATE UM ADVOGADO. A POLICIA NÃO PODE FAZER NADA! - Continuou o policial continuou sem nem levantar a cabeça ou da a chance deles falarem.

- DÁ PARA O SENHO NOS DEIXAR FALAR! OU, AO MENOS, OLHE PARA A GENTE! - Desta fez foi Ben que gritou também se irritando como toda aquela situação.

- OlHA, CRIANÇAS! SEJA LÁ O QUE FOR PODE ESPERAR, NÃO TEMOS TEMPO PARA OS SEUS TROTES OU O QUE QUER QUE SEJA! - O policia olhou de um para o outro e disse com um ar arrogante e prepotente.

Ally perdeu totalmente a calma. Ela bateu com as duas mão na mesa assustando o policial que no mesmo instante arregalou seu olhos de surpresa, puxou sua arma e apontou para ela. Ben deu um passo para trás surpreso, enquanto Ally continuou dizendo tudo o que queria sem medo

- OLHA AQUI VOCÊ. SENHOR POLICIAL PREPOTENTE! ESTAMOS AQUI PARA DENUNCIAR UM ASSASSINATO, TENTATIVA DE ASSASSINATO E DISTRIBUIÇÃO ILEGAL DE DROGAS! ENTÃO EU O ACONSELHO A NOS OUVIR, EM VEZ DE DEDUZIR O PORQUE ESTAMOS AQUI!

Aquela ação e fala foi o suficiente para fazer com que todo o lugar se calasse. Todos queriam ver e saber o que aquela jovem, que tinha cara de menininha inocente e calma, tinha a disser. O silencio permaneceu por alguns minutos e o policial continuou com a arma apontada para ela, até que um outro policial apareceu.

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