Bakugou? — Togata arregalou os olhos ao finalmente avistar a figura na porta.
E Katsuki saiu correndo corredor a fora.
Mirio pulou para fora da cama a fim de fechar a porta. Na cama, restou apenas Midoriya e peso do vazio que a vingança lhe proporcionou.
— Izuku, o que faremos agora? Ele nos viu... — mas o amante não estava interessado em respondê-lo — Izuku?
— Cale a boca. — a veio resposta seca e a voz sem ânimo.
Agora, Mirio estava duplamente confuso.
— O que está acontecendo, Izuku?
— Você não consegue juntar A e B? Eu te usei. Agora, saia do meu quarto.
— Izuku...
— ESTÁ SURDO, PORRA? SAIA DO MEU QUARTO AGORA!
Lágrimas brotaram de Mirio, levando-o a sair desolado do local.
O peso de tudo aquilo remoeu Midoriya até que ele caísse no sono. Quando acordou, teve que ir para as aulas, mas não viu Bakugou na sala de aula.
Quando chegou a hora do intervalo, ele foi até o terraço da escola para refletir, pois sabia que ninguém nunca ia até lá. Sentou-se ao lado de uma grande árvore e contemplou todas as suas escolhas e motivações. Olhou para o passado e tentou imaginar seu futuro cheio de arrependimentos e ficou ali até muito depois do intervalo acabar.
Num determinado ponto, alguém sentou de seu lado e Izuku sequer precisou virar o rosto para descobrir que se tratava de Katsuki.
O silêncio pairou entre os dois por alguns minutos antes que Bakugou tomasse a palavra:
— Me desculpe.
Izuku pensou em dar vazão as emoções e começar a gritar novamente, mas ele restringiu-se a simplesmente escutar.
— Me desculpe por tudo... — Bakugou continuou, esperando por uma resposta, mas nada ocorreu. — Não vai dizer nada, hein?
— O que eu tenho para dizer? Quer que eu te perdoe?
— Bem... Não... Mas...
— Eu machuquei o Mirio... Ele gostava de mim de verdade... E a culpa é sua... Não. A culpa é minha. Fui eu que me deixei levar.
— Eu não sabia como lidar com meus sentimentos, frustrações e espectativas dos outros e de mim mesmo. Eu cresci mimado, achando que podia fazer qualquer coisa, até ferir alguém que eu gostava de verdade... Você, Deku.
E o silêncio continuou por mais um tempo.
— Eu já me cansei desse jogo... — Midoriya estendeu a mão para Bakugou — Vamos começar de novo?
Bakugou ficou pasmo e caiu no choro. Rapidamente ele limpou o rosto e apertou a mão de Izuku.
Eles se levantaram e Midoriya continuou:
— Bem, eu tenho que ir... Preciso me desculpar com o Mirio.
— Ei, Deku... Será que você pode... me chamar de "Kachan" mais uma vez? — disse Bakugou enquanto corava.
Izuku esboçou um leve sorriu.
— Até mais, Kachan.
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Izuku e Bakugou: Sobre Amargura
FanfictionEm busca de respostas, Midoriya chega ao limite ao confrontar Bagukou pela última vez.