Heri Poti Braziliante

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Votem e comentem pra dar aquele ânimo♡

Gabriel acorda cedo com o povo gritando e sai do armário da casa de seus tios todo mongol. Ele vai direto para a cozinha onde seu tio estava gritando:

Valter: Anda logo seu moleque magricela! Quero meu almoço pra hoje se não meto o tiro nessa sua testa rachada! -Ele berra e Gabriel se controla para não revirar os olhos, já estava acostumado a ser ameaçado de morte todos os dias, sempre é assim desde seus 3 anos, quando Lilian e Tiago foram assassinados por policiais.

Gabriel corre pela cozinha ainda meio sonolento e quase escorregando na calça de moletom larga que antes pertencia ao seu primo Eduardo. Ele tinha que terminar o almoço logo após o jogo de seu tio ou ganhava uma bela surra.

Um tempo depois Gabriel termina o almoço e chama seus tios juntamente com o primo para comerem. Logo após o garoto corre para o andar de cima, toma um rápido banho, desce e começa a arrumar a cozinha enquanto come seu almoço. Seus tios agora estavam vendo televisão na sala onde Gabriel podia facilmente ver a televisão pois apenas uma meia parede dividia a Sala e a Cozinha.

Gabriel é chamado a atenção quando passa uma notícia de uma troca de tiros que mataram dezenas de pessoas em um baile funk, seu estômago embrulha e ele só consegue pensar em como a vida é injusta, aquelas pessoas podiam ter família, trabalho, amigos e nem terem nada haver com tudo aquilo, pessoas que apenas estavam se divertindo e simplesmente acabaram morrendo.

Pelo resto do dia Gabriel fica triste pensando naquelas pessoas, pensando sem seus pais e na família que poderia ter tido se não fossem as drogas dos policiais.

~𝙪𝙢 𝙢ê𝙨 𝙙𝙚𝙥𝙤𝙞𝙨...

Gabriel estava um pouco mais rebelde com seus tios, e eles estavam odiando isso. Eles estavam conversando e Gabriel estava na cozinha lavando um pouco da louça já  de uma vez.

Valter olha para Gabriel e lhe chama para perto dele com um olhar afiado, ao chegar ele vê Valter fazer algo que nunca viu, Valter sorriu.

Valter: Então garoto, abriu uma iniciativa aqui na comunidade que estão levando jovens de nossa cidade para estudarem em um colégio Militar em outra cidade da região -O sorriso de Valter se alaga mais e o garoto se encolhe imaginando oque seria já- Adivinha quem irá para esta escola? Exatamente, você -Ele ri feliz- Amanhã mesmo você já parte desta casa, pode ir para seu quarto arrumar suas coisas de uma vez, sua tia arruma a cozinha

Gabriel abaixa a cabeça e vai para o pequeno armário que seus tios deixaram para ser seu quarto. O garoto se deita e se encolhe em sua cama, de repente ele queria ficar naquela casa mais que tudo. Ele ouvia histórias horrendas em sua escola sobre o Colégio Militar, de como eram as regras, os treinamentos físicos, a pressão e os castigos. Isso tudo lhe assustava muito. Então ele começou a chorar, chorar como sempre chorou, por falta de seus pais e de coragem para brigar com seus tios, fazer suas vontades, dizer oque quiser e se puder fugir, fugir para bem longe daquela família tóxica.

Gabriel mais uma vez dormiu com os olhos pesando pelo choro, a garganta doendo de tanto soluçar e com vontade de que tudo fosse diferente.

~𝙉𝙖 𝙢𝙖𝙣𝙝ã 𝙨𝙚𝙜𝙪𝙞𝙣𝙩𝙚...

Gabriel acorda se levantando devagar, troca de roupa, faz sua mala rapidamente e vai até o banheiro para ficar um pouco mais apresentável. Ele vai até a cozinha e começa a preparar o café da manhã para seus tios, eles nunca tomam café da manhã pois nunca acordam cedo, mas quando acordam enchem seu saco. Então Gabriel fez as coisas rapidamente e esperou pelos seus tios que logo desceram sorridentes. Eles se sentaram á mesa e até chamaram Gabriel para se juntar a eles enquanto lhe explicavam como seria sua ida.

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