dezoito | prestativo

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Segui até Lydia e Layla, ambas estavam usando biquínis que resultavam suas curvas, elas estavam com medo de entrar na água, ao contrário de Ariel e o meninos.

" Entra Gaia!"  Marcus me olha e eu aceno.

Me aproximo da beirada e pulo na água, meu corpo todo arrepia assim que sinto o líquido gelado bater em meu corpo, nado até Ariel, Rafael e outro Moreno.

" Estão tentando convencer as gêmeas a entrar?"  Pergunto assim que me aproximo.

" Sim, mas ambas não sabem nadar e não querem molhar o cabelo." Rafael comenta fazendo uma voz fina e eu solto uma risada.

" Por que não brincamos de briga de galo?"  O Moreno sugere após um tempo em silêncio,assim como Ariel, Rafael se anima com a ideia.

Todos ali estavam meio bêbados, e obviamente, qualquer ideia parecia  legal.   Não demorou muito para Rafael pedir para que eu subisse nos ombros dele, depois de muita insistência acabei aceitando, assim que eu e Ariel subimos no ombros dos meninos os olhares de todo o acampamento viraram para nós, inclusive o de Drogo que parecia incomodado.

A briga começou e Rafael apertava bem minhas pernas, ele tinha os braços fortes assim como seu corpo, Ariel veio pra cima de mim com tudo e eu tentava derruba-lá com os braços enquanto Rafael tentava não me derrubar, dava pra de escutar uns gritos do pessoal e foi ficando divertido.
  Finalmente parecia que eu ia ganhar, Rafael se aproximou bem de Ariel e o rapaz e eu a empurrei com força, assim que faço isso meu pé fica entre os corpos de Rafael e outro homem, assim que Rafael vai para atrás sinto meu pé torcer e logo sinto uma terrível dor invadir meu corpo, sem forças eu caio em cheio na água, sinto que vou me afogar até Rafael me puxar de volta e eu escutar o grito de Ariel.

"  Meu Deus Gaia"  Ele me puxa e cuspo água.

" Meu pé."  Eu gemo de dor.

"Vou te levar pra fora."  Rafael me pega no colo e nada até a superfície acompanhado de olhares curiosos, a dor era tão grande que não pude evitar o choro.

Assim que Rafael me colocou no chão vejo Drogo se aproximar rapidamente da gente assim como outras pessoas.
  Olho pro meu pé direito e vejo como ele está roxo e inchado.

" Consegue mexer?" Rafael pergunta.

"Não, tá doendo muito." Choramingo e solto um grito de dor.

"Acho que você quebrou o pé."  Rafael diz e assim que ele trisca nele eu grito de dor.

" O que você fez com ela?" Drogo diz com a voz irritada e se aproxima mais.

" O pé dela ficou preso entre mim e o Josh e quando ela caiu ele torceu totalmente."  Rafael arrebata, com a voz arrastada.

" Ela tem que ir para o hospital." Ariel diz.

" Eu levo ela, vocês estão bêbados, não quero outro acidente." Drogo diz.

" Eu levo as coisas dela depois. Você quer que eu vá junto?"  Ariel vira pra mim.

" Não, aproveita o acampamento, eu vou ficar bem." Digo e sinto Drogo me pegar no colo.

Drogo me levou no colo até o seu carro com a companhia de Ariel e Rafael, ambos preocupados comigo.
  Estar sendo carregada pelo Drogo após eu falar que sabia me cuidar sozinha era um tanto constrangedor, minha cabeça estava encostada em seu peito e eu podia sentir seu cheiro e calor.
  As lágrimas desciam sem parar e ele me olhava com um certo ar de preocupação.

Quando chegamos no estacionamento Drogo me colocou no banco de trás deitada e fechou a porta.

" Obrigada por fazer isso." Ariel agradece.

" Não ia deixar vocês saírem de carro daqui dessa forma, e eu já ia embora de qualquer forma. Curtem a festa."  Drogo responde e entra no carro.

Assim que ele dá partida no carro sinto uma pontada no pé por conta do movimento e solto um leve gemido.

" Aguenta firme."  Ele diz.

"Desculpa te tirar da festa." Respondo com a voz falha.

" Não se desculpe. Tá tudo bem. "  Ele me olha pelo retrovisor e segue viagem.

O percurso até o hospital durou cerca de vinte minutos e a dor era pulsante, assim que chegamos lá Drogo me pegou no colo e caminhou rapidamente até a enfermaria.

" O que aconteceu?"  Uma enfermeira nos aborda e aponta para que Drogo me coloque em uma maca ali perto.
Ele me deita lá com cuidado.

"Acho que ela quebrou o pé."  Ele responde.

Assim que a enfermeira triscou  no meu pé eu gritei de dor, Drogo segurou minha mão e eu o olhei, seus olhos me transmitiam um ar de "tudo vai ficar bem"

" Pode apertar minha mão."  Ele disse pra mim e eu fiz isso ao passo que a moça ia apalpando meu pé.

A enfermeira me levou para fazer um raio-x como de esperado, foi frustrante deixar Drogo e seguir sozinha hospital a dentro, assim que fiz o exame foi concluído que eu havia torcido feio meu pé causando uma distensão muscular e não quebrado.  Enfaixaram  meu pé e me medicaram, a dor estava leve e fui levada de volta para a recepção em uma cadeira de rodas.

Assim que o médico ortopedista e eu entramos na recepção avistei Drogo sentado em uma das cadeiras, assim que o loiro nos vê vem até nós  rapidamente.

" Como você está?"  Ele parece preocupado.

"Ela só desentendeu um músculo, deverá tomar esses remédio e ficar de repouso por uma semana, depois deve retornar aqui pra saber se podemos tirar a tala e se ela poderá pisar no chão. Até lá, repouso total."  O médico diz a ele e  entrega a receita.

" Tudo bem, iremos seguir tudo à risca."  Drogo diz.

" É um namorado muito prestativo, até semana que vem e melhoras."  O médico disse e se distancia antes que eu ou Drogo respondesse.

Ouvir a palavra "namorado" me causou um frio na barriga.

" Vem, vou te levar pra casa."  O loiro me olha e sorri de lado.

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