Capítulo 10

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Era Quirrell.

- O senhor?!- exclamou Joana com indignação 

Quirrell sorriu. O seu rosto não se contorcia.

- Sim, eu- disse com toda a calma.- Estava na dúvida se nos encontraríamos aqui Potter, e Frost.

- Mas eu pensei que Snape- começou Harry

- Severus?- Quirrell riu. Não era o seu riso habitual, mas sim um riso frio e cortante.- Sim, o Severus tem todo o aspeto não tem?. É muito útil o ter por perto como um morcego enorme. Comparado com ele, quem se lembraria de suspeitar do p-p-p-obre e g-g-gago professor Quirrell?

Harry e Joana não acreditavam no que estavam ouvindo. Não podia ser verdade, não podia.

- Mas o Snape tentou me matar!

- Não, não! Eu é que tentei te matar. Sua amiga Hermione Granger é que me empurrou acidentalmente com a pressa de pegar fogo ao manto do Snape e quebrou o meu contacto visual. Mais alguns segundos e tinha te feito saltar da vassoura. Já o teria feito antes se o Snape não estivesse a murmurar um contrafeitiço, tentando salvar-te

- O Snape estava a tentando me salvar?

- Claro- confirmou Quirrell, tranquilamente.- Porque pensa que ele quis arbitrar o teu segundo jogo? Estava a procurar assegurar de que não voltaria a tentar. Engraçado... Não precisava de ter tido tanto trabalho. Não havia nada que eu pudesse fazer ali com Dumbledore a assistir. Foi uma perda de tempo, já que no fim de contas, esta noite vou acabar com você

Quirrell estalou os dedos. Várias cordas apareceram do nada e se enrolaram à volta de Harry e Joana.

- Vocês são intrometidos demais para continuarem vivos. Soube logo que eram um problema principalmente  tu Frost, no Halloween.

- Foi o senhor que deixou entrar o trasgo!- concluiu Joana

- Naturalmente. Tenho um dom especial para lidar com trasgos. Infelizmente, enquanto todos os professores andavam à procura do trasgo, Snape que já suspeitava de mim, foi direto ao terceiro andar para me desviar do caminho e infelizmente também o trasgo nem vos conseguiu matar! Agora fiquem quietos. Preciso de examinar este interessante espelho que está aqui.

Só então Joana se apercebeu que atrás de Quirrell se encontrava o Espelho de Osejed.

- Esste espelho é a chave para descobrir a Pedra.- murmurou Quirrel- Só mesmo Dumbledore para se lembrar de uma coisa desstas, mas ele está em Londres... E eu estarei longe quando ele regressar.

Harry e Joana olharam um para o outro.

- Eu vejo a Pedra... Estou a oferecer ela ao meu mestre, mas onde é que ela está?

Harry e Joana se debatiam contra as cordas que os apertavam mas elas não cediam. Tinham de impedir que Quirrell fixasse toda a atenção no espelho.

- Mas o Snape sempre me pareceu detestar me tanto...- disse Harry numa tentativa de o distrair

- Oh! Ele te detesta.- confirmou Quirrel- Sem dúvida. Esteve em Hogwarts com o seu pai. Não sabia? Se odiavam um ao outro, mas ele nunca quis matar você.

Nesse momento, para horror de Joana e Harry, uma voz falou. Uma voz que parecia vir de dentro do próprio Quirrell

- Usa o garoto! Usa o garoto!

Quirrell se virou para Harry.

- Sim, Potter, anda cá!

Bateu palmas uma vez e as cordas que prendiam Harry caíram no chão. Harry se colocou em pé.

- Chegue aqui! Olhe para o espelho e diz me o que vê.

Harry avançou e olhando para Joana pensou

"Tenho de mentir sobre o que vejo!"

Ao olhar o espelho viu o próprio reflexo sorrir piscar para ele próprio e com a Pedra na mão. E então o seu reflexo pôs a pedra no seu bolso. Harry sentiu algo a pesado a cair no bolso. Inacreditavelmente ele tinha a pedra.

- Então? O que vê?

Joana olhou com algum medo para Harry. Tinha medo do que poderia acontecer.

- Me vejo apertando a mão ao Dumbledore- inventou. - Acabei de ganhar a taça para os Gryffindor.

Então Harry pensou em rapidamente libertar Joana e fugirem. Mas nem cinco passos tinha dado quando a voz falou.

- Ele mente... Ele mente...

- Potter, volta aqui! Me diga verdade. O que é que você viu?

A voz falou de novo

- Me deixe falar com ele pessoalmente...

- Mestre, vós não tende força suficiente!

- Tenho suficiente para isto...

Harry não se conseguia mover com o medo. E assim ele e Joana viram Quirrell tirar turbante da cabeça.
Então Quirrell se virou de costas.
Joana e Harry tinham gritado se pudessem, mas foram incapazes de produzir um som. No lugar onde deveria estar a cabeça de Quirrell estava um rosto, o rosto mais pavoroso que eles alguma vez viram. Era Voldemort...

E sem saber o porquê, Joana olhou no espelho e viu algo que não esperava...

O seus olhos não estavam mais castanhos. Estavam verdes brilhantes.

- Harry Potter...- murmurou Voldemort.- vê no que me formei? Uma mera sombra e vapor... Só tenho forma quando partilho o corpo de outra pessoa... Mas tem havido gente disposta a deixar-me entrar no seu coração e na sua mente... O sangue de unicórnio  me fortaleceu durante as últimas semanas. Viu o meu fiel Quirrell beber por mim na floresta. E logo que tenha o Elixir da Vida poderei criar um novo corpo. Portanto, me dá a Pedra que tem no bolso!.

Harry recuou.

- Não seja idiota.- rosnou Voldemort- É melhor salvar a vida a se juntar a mim ou vai acabar por ter o mesmo fim que os seus pais, que morreram a pedir misericórdia...

- MENTIROSO!- Gritou num repente

- Que comovedor...- disse num tom sibilante.- Sempre respeitei muito a coragem... Sim, garoto... Mas se não me dá a Pedra...Irá ver a sua querida amiga morrer e depois morrerá você! - e se dirigindo a Quirrell- Mate-a!

Quirrell virou se para Joana que ainda com os olhos verdes não se conseguia mexer nas cordas fortes.

Então avançou até ela

- NÃO!- Gritou Harry se movendo para a frente dela.

E em um segundo depois Harry sentiu a mão de Quirrell que o agarrou. Mas Quirrell o largou  gritando de dor. Então Harry percebeu que Quirrell não lhe conseguia tocar sem se machucar.

Harry agarrou de seguida a cara dele que se desfez em bolhas.
E então Harry sentiu uma dor enorme e caiu. Apenas ouviu a voz de Voldemort dizer

- MATA! MATA!

E a voz de Joana

- Harry! Harry!.

Mas a voz dela foi desaparecendo também.

✩Joana Frost✩ [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora