Inimigos declarados | MARKHYUCK ✔️

3⚡Literatura, Matemática e Química

Era uma quarta-feira, um dia ensolarado com pouca nuvem no céu e apesar de o dia estar lindo estava triste, como um sorriso falso iguais aos de Donghyuck. Naquele dia não havia ido para escola e era um fato completamente anormal, porque Lee Donghyuck não faltava só em situações extraordinário e eram elas: 1) estava muito doente; 2) sua mãe estava muito doente; 3) estava surtando e por consequência passou a noite inteira acordado, causando lhe uma enxaqueca terrível que lhe impediu de ir para escola.  Mas todas aquelas hipóteses estavam erradas porque o que impediu Donghyuck de vestiu seu uniforme, fazer sua lancheira e pegar o ônibus naquela manhã foi o seu coração partido. Para entender o fato teremos que voltar para terça-feira, mais precisamente às 09:45, poucos minutos antes do fim do intervalo. 

Donghyuck andava pelos corredores do colégio apressado por querer encontrar Mark, no entanto, não o encontrava em lugar nenhum. Estava inquieto olhando para todos os lados a procura dele, seus pés sapateavam no piso mostrando sua agitação e por não aguentar aquela lentidão acabou desviando de todas as pessoas que andavam como lesmas a sua frente. 

Onde ele estaria? Aquela hora já deveria estar voltando para sala. Tentava se lembrar o que ele havia dito poucos segundos antes de deixar a mesa, refazendo toda aquela cena ele tentou se concentrar e conseguiu uma resposta. Donghyuck teve um lampejo e tudo foi revelado, por isso um sorriso se abriu em seus lábios, ao mesmo tempo, em que a velocidade de seu andar aumentou. 

Chegando na biblioteca, Hyuck sorriu para alguns rostos familiares e caminhou até o setor de romances polícias. Mark os adorava, a um tempo estava viciado no gênero desde que leu Os crimes do ABC, de Agatha Christie, Donghyuck confessa que era muito bom, entretanto, ainda preferia seu primeiro contato com o gênero Um estudo em vermelho, de Arthur Conan Doyle.

Sobre Sherlock Holmes, havia se tornado um marco para os dois, já que todo sexta-feira iam até à casa de Mark assistir um episódio de Sherlock. Era quase um ritual, eles faziam pipoca e mais alguma besteira, pegavam o edredom de Mark, se aconchegavam no sofá da sala e ligavam na Netflix. 

E a cena que viu o fez lembrar do último episódio que assistiram, não era tão esperto quanto Sherlock, naquela situação se colocava no papel de Lestrade. Queria acreditar, gostaria mesmo, mas daquele ângulo era difícil de defender. 

Como já anunciado, Donghyuck encontrou Mark, mas não estava sozinho. Ele ria de forma espontâneo e conversava alegremente com Jihye, que mantinha o sorriso aberto em cada palavra que escutava dele. Formavam um casal bonito, não podia negar por mais que sentisse raiva em admitir. Foi ali que seu coração foi partido em vários pedaços, quando Jihye chegou mais perto e Mark não estava recuando. Não teve coragem para ver o resto, mas era fácil advinha o que aconteceu depois. 

Do mesmo que havia chegado Donghyuck foi embora, só que de forma literal, como passou o dia inteiro fingindo que estava passando mal foi simples sair. Ao chegar em casa, seus olhos já não aguentaram segurar as lágrimas grossas, que escorreram pelos seus olhos sem parar. Passou parte do dia assim, desligou o celular e fingiu que não existia. 

[ ♪ ]

Sentado em sua cadeira, Mark olhava na direção da porta esperando Donghyuck entrar, mas o tempo passou e nada do mais novo aparecer e foi aí que começou o surto. Jeno havia contado, que Renjun tinha ouvido, que Kibum havia explanado que Mark havia beijado Jihye na biblioteca. Não era verdade. Jurava por sua vida. Nunca faria isso com Donghyuck. Além do mais não havia interesse nenhum nem na parte de Mark, nem na parte de Jihye e para melhor ilustração do caso voltaremos para terça-feira, às 09:20, quando Mark chega na biblioteca. 

Haviam sido dispensados mais cedo para o intervalo, devido a uma reunião de professor que precisava acontecer, já que o direito não queria pagar hora extra. Esses poucos minutos a mais deram a Mark a oportunidade de ir até à biblioteca devolver o livro que havia terminado e olhar outro que poderia fazer o empréstimo caso tivesse interesse.