Capítulo 2

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— Você está bem?

Ouço alguém dizer, minha vista ainda está um pouco embaçada, estou deitada no sofá e minha cabeça doí demais. Tento me levantar e ouço de novo uma voz grossa de homem:

— ei, vai com calma! Você está bem? consegue me ouvir e me ver?

Minha visão finalmente volta ao normal, olho pro lado e vejo um homem Alto, moreno de cabelos negros e olhos claros dou uma leve olhada rápido para seu corpo e ele usa camisa preta com outra de mangas longas por cima de flanela azul, calças azul escuro quase preto e tênis. Ele fica ali a minha frente me encarando e percebo que a porta está aberta e tem outros dois homens na porta.

— Ham... quem é você e o que aconteceu?

Pergunto tentando lembrar o que aconteceu, mas nada me vem a memória. Apenas lembro de estar sentada no chão e chorando.

— eu estava tirando as coisas do caminhão, quando eu ouvi alguém gritar por socorro e vi você sentada no chão batendo a cabeça na parede e então arrombei a porta e entrei, foi quando você desmaiou — responde ele — você está bem? Quer que eu chame um médico?

— Não, não precisa... vou ficar bem obrigada!

— Me chamo Bellamy, Bellamy Mitchel — diz ele ao estender a mão — sou o novo morador da casa ao lado.

— Ah sim! prazer Violet... Péssimo jeito de conhecer a nova vizinha maluca né — dou um sorriso meio sem jeito, estou morrendo de vergonha.

— Ah! tudo bem, só espero que esteja tudo bem com você e me desculpa pela porta, posso conserta pra você assim que eu terminar de levar as coisas para dentro da casa.

— ah! não precisa se preocupar, a fechadura já estava quebrada antes.

Isso é uma mentira totalmente, mas quanto menos ele ficar, não vou ter que ficar explicando esse mico e menos vergonha passo. Só de pensar já me dá tremedeira.

— e como disse, vou ficar bem, foi apenas estresse.

— entendo, bem já vou indo então, foi um prazer conhecer você Violet e cuidado com o estresse.

Ele pisca para mim com o olho direito e meu Deus sinto meu coração acelerar, seus olhos são de um tom de verde água tão lindo que me lembra às águas cristalinas das praias do Caribe, onde eu, Abby e Sam passamos o verão passado.

— Foi um prazer conhece-lo também.

Então escoro a porta com uma cadeira que está ao lado com casacos em cima e vou para a cozinha. Ele já foi embora, mas meu coração continua acelerado e vou rapidamente à cozinha beber uma água e tomar o meu remédio. Não tem tempo que tive uma crise de ansiedade tão forte assim, a última vez Abby estava comigo e me ajudou antes que eu pudesse arrancar minha própria cabeça.

Sou assim, tem dias que penso que tenho poderes, que posso destruir paredes, mover objetos com a mente, entorta um talher só de olhar para ele. E tem outros dias que apenas quero desaparecer, sumir, chorar histericamente até secar. Eu não sei o porquê.

Estou sentada na cadeira da bancada da cozinha quando tomo um leve susto com a campainha tocando, talvez seja Abby deve ter esquecido a chave de novo, mas ainda falta duas horas até ela chegar. Me levanto e vou até à porta, tiro a cadeira e coloco no canto e abro a porta e vejo Sam parado com uma mochila:

— Irmão! Que saudades estava de ti! — dou lhe um abraço e o encho lhe dê beijos na cara — entra logo!

— também estava morrendo de saudades de vocês duas, fiquei apenas dois meses na Coreia, mas, parece que estou lá a anos — fala ele entrando e indo para a sala — Cadê Abby?

— Ela ainda não chegou do trabalho, você deu sorte que estou em casa, porque a essa hora estaria na faculdade.

— E como você está? Quando viajei você não estava muito bem, sentimental e mentalmente. Me senti mal em viajar e deixa você aqui com a louca da Abby.

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