Capítulo 4

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Já são quase sete da noite, arrumo-me e pego o meu notebook, os meus cadernos e livros e coloco na bolsa com a carteira e o meu celular. Ouço a voz de Abby chamar-me vou até o quarto dela e parece que nunca arrumei aquele lugar, com toda a certeza um tornado passou por ali.

— me chamou donzela?

Pergunto a tentar passar por um monte de roupas e sapatos amontoados pelo chão.

— Chamei sim irmã, como estou?

— Tem certeza que é a Kim que se veste com roupas esquisitas? — brinco com ela.

— hahaha! Muito engraçadinha você hein, já trabalhou no circo?

— Você está ótima Abby — digo — Mas não vou arrumar essa bagunça outra vez. Um som de buzina soa pelo ar — sua carruagem chegou princesa.

— Estou tão nervosa, nem parece que já tive milhares de encontros.

— é porque você não teve tantos assim — ela me dá um, tapa e diz.

— me deseje sorte Albert Einstein.

— Boa sorte cabeça de vento e me traga um milk shake quando volta.

Grito ao ver ela descer pelas escadas correndo. Através da janela vejo Abby entrar no carro preto. E elas se vão.
Pego minha bolsa e desço também, pego às chaves do carro e da porta. Ao abrir a porta do carro vejo outro carro cinza sair da casa ao lado, uma mulher o dirigi. Olho para a casa e vejo Bellamy entrando. Provavelmente é a namorada dele. Entro no carro e vou direto para cafeteria no centro, sento ao lado da janela o tempo está nublado e assim que sento começa a chover bastante. O local não está tão cheio, gosto assim, consigo me concentrar mais em meus estudos.

Peço para a garçonete uma água e um Cappuccino de chocolate, não demora muito para ela me trazer. Leio textos, artigos e notícias e faço anotações diversas vezes. Escrevo e apago diversas vezes ideias que escrevo no Notebook, é totalmente frustrante você ter uma grande ideia e em seguida achar ela totalmente tola. Estou com tanta raiva nesse momento por não conseguir pensar em nada realmente bom.

Por quê sou tão burra e tola? Não consigo escrever um pequeno texto imagina passar na prova, mas que raiva! Olho ao meu redor e está todos olhando para mim, achei que tinha dito tudo isso na minha cabeça, mas acho que pensei alto demais. Levo um susto quando vejo Bellamy parado a minha frente:

— deixa eu adivinhar, você está estressada? — diz ele sorrindo para mim — Posso me sentar aqui?

— Claro, fique à vontade — respondo e ele senta na cadeira em frente a mim.

— Me desculpa, é que eu estava estudando e preciso criar um texto para a redação.

— relaxa, eu entendo.

Vejo ele mexendo nas papeladas atrás do notebook e pega um folheto sobre a prova da NASA.

— Você está estudando para prova da NASA né?!

— Sim, estou me preparando desde o ensino médio.

— E você conseguiu achar sua escova de dente? — sinto meu rosto ficar corado de vergonha.

— Não, comprei outra.

Ele me entrega uma pequena sacola de papel.

— o que é isso?

— abre e verá

Abri a sacola e nela há uma escova de dente vermelha, agora me enterro de vez na vergonha.

— ia na sua casa te entregar, mas como você está aqui resolvi te dar logo para garantir que você vai ter uma de reserva caso perca de novo.

— a meu Deus que vergonha.

The colors of love Where stories live. Discover now