* Sem revisão *
Não tem forma melhor de começar o dia do que uma boa caminhada no calçadão da praia para relaxar. Sentir a brisa do mar contra o rosto, o sol aquecendo a pele...
— Admirar belos homens correndo seminus...– sussurro, baixando os meus óculos escuros para ver a bunda durinha que corre a minha frente— Que delícia!
Sorrio de lado voltando para o meu apartamento enquanto imagino como seria delicioso comer aquela bundinha empinada a noite toda.
— Bom dia seu Erick.– Antônio, o porteiro, cumprimenta quando entro no pátio do prédio
— Bom dia Antônio. Como vai as coisas? A esposa e as filhas ainda dando trabalho?
— Estão me deixando de cabelos brancos meu rapaz. Ainda mais agora que a mais nova tá com uma história de namorar. Vê se pode uma coisa dessa!?
— É meu amigo por isso que não tenho filhos– riu batendo no seu ombro— E você, como anda o trabalho? Ainda com problema pra terminar aquelas pinturas?
Bufo só de lembrar o que me espera no meu apartamento.
Trabalhar como pintor sempre me proporcionou um grande prazer. Sentir o pincel entre os dedos, ver as cores se misturando e criando formas em uma tela em branco...
Eternizar paisagens e momentos em uma pintura sempre foi natural para mim, assim como respirar, até três meses atrás quando um bloqueio enorme me limitou. Nada flui, simplesmente a paixão pela pintura sumiu. As encomendas estão atrasadas e sem prazo previsto para entrega.
— Ainda na mesma. Não consegui produzir nenhum quadro desde... você sabe.– um gosto amargo invade minha boca quando lembro o motivo da falta de criatividade— Já tentei de tudo mas não consigo voltar a pintar como antes.
— Você já tentou resolver sua história com o...— Não.– interrompo incomodado, não querendo tocar nesse assunto — Eu já estou indo, Antônio. Tenho muita coisa para fazer.– saio andando sem esperar que ele diga algo
O bom humor que eu estava se foi e deu lugar para a raiva. Raiva daquele filho da puta que me estragou para os outros homens. Não fodo a três messes enquanto isso ele tá lá no apartamento dele fazendo orgias noite sim e na outra também.
Urgh!! Estou morrendo de ciúmes. Eu odeio sentir ciúmes, ainda mais por alguém que nem é e nunca foi meu.
— ESPERA!– grito quando vejo as portas do elevador se fechando e no mesmo instante uma mão bronzeada de dedos longos se interpõe entre as portas de aço impedindo que se fechem.
Diminuo os passos sem precisar olhar para o homem de terno dentro do elevador para saber de quem se trata.
— Obrigado.– agradeço sucinto quando entro na caixa de metal e aperto o botão do meu andar mantendo o máximo de distancia entre nós.Não o olho, mas posso sentir os seus olhos sobre mim. Me avaliando como sempre gostou de fazer, do mesmo jeito irritante que fez quando nos conhecemos.
Estou prestes a reclamar para que pare quando o elevador sofre um solavanco e as luzes se apagam por um momento e se ascendem de novo. Aperto novamente o botão do meu andar mas nada do elevador voltar a subir.
— Era só o que me faltava.– reclamo não acreditando que essa merda tinha que quebrar logo agora e justo quando ele está aqui.
— Seu Erick tá tudo bem com vocês aí?– a voz do Antônio invade a caixa de metal, parecendo preocupada— Eu não consigo mais ver vocês, acho que as câmeras deram curto.
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Delírios de uma mente devassa
RandomDelírios de uma mente devassa é uma coletânea de contos eróticos inspirados, e fantasiados, em situações vivenciadas por uma mente completamente corrompida por devassidão. Minha melhor amiga; O noivo da minha prima; E nasce um devasso; O elevador; O...